A raiva é uma doença transmitida para humanos e pode matar. Vacinando anualmente cães e gatos, você pode evitar essa doença.
28 de setembro é Dia Mundial de luta contra a Raiva. A data marca a importância de conscientizar as pessoas sobre a prevenção da doença, que pode ser transmitida para qualquer mamífero – animal e humano. No Brasil, a raiva é mais conhecida por quem tem animal de estimação, por conta da vacinação.
Esta medida é fundamental para o controle da doença no país. “A raiva transmitida por animais domésticos está bastante controlada no Brasil. As pessoas costumam vacinar seus bichos”, explica o coordenador de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Sérgio Nishioka.
Mas é importante ficar alerta porque a raiva é altamente letal. A transmissão se dá normalmente pela mordida de animais infectados. Mas também existe a possibilidade de se contrair a doença pelo contato da saliva do animal raivoso diretamente nos olhos, mucosas ou feridas.
Prevenção
Atualmente, a segurança e a eficácia das vacinas para pessoas e animais são uma das estratégias mais importantes para o controle da raiva. Por isso, animais domésticos devem ser vacinados anualmente contra a doença. Também é importante evitar aproximação de cães e gatos sem donos, não mexer ou tocar neles, sobretudo quando eles estiverem se alimentando ou dormindo. Além disso, nunca toque em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.
Contudo, se você for agredido por um animal, lave o ferimento abundantemente com água e sabão e passe um antisséptico. Mas isso não é o suficiente. É fundamental procurar assistência médica e informar detalhes do acidente ao profissional de saúde, se o animal tem dono, o local do acidente, entre outros.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza vacina e soro antirrábico, que serão prescritos pelo médico ou enfermeiro de acordo com cada caso. Esse tratamento deve ser seguido até o fim. O animal deve ficar em observação por 10 dias, se possível, para identificação manifestação de raiva ou morte.
“A vacina só é dada em casos de pessoas gravemente infectadas ou em casos particulares, como para profissionais que têm contato com um animal raivoso, para pessoas que trabalham, por exemplo, em laboratórios e que podem então adquirir a raiva por atividades ocupacionais, como os veterinários”, explica o Nishioka. Apesar de a doença ser 100% evitável, ainda hoje, milhares de pessoas morrem da doença a cada dia em todo o mundo. Em 2017, foram registrados 3 óbitos de pessoas por raiva no Brasil. Todos relacionados à transmissão por morcego.
Sintomas
O período entre o acidente com o animal e o aparecimento dos sintomas é extremamente variável. Pode ser de alguns dias a até anos, com uma média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2 meses, no cão. Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor que no adulto.
Os sintomas são parecidos com os da gripe, incluindo fraqueza geral, desconforto, febre ou dor de cabeça. Mas à medida que a doença avança, ocorrem alucinações, espasmos musculares involuntários e paralisia leve ou parcial, que pode levar à pessoa a morte. “Existem alguns casos de pacientes em que houve sobrevida, mas sempre com sequelas neurológicas graves”, ressalta Nishioka.
Vacina para animais
O Ministério da Saúde oferece para estados vacinas para cães e gatos. “Distribuímos a vacina a animais porque é reconhecido que a proteção desses animais domésticos previne a transmissão da raiva em humanos”, explica o coordenador. “Destaco que mesmo que a pessoa seja mordida por um bicho vacinado, isso não muda a conduta da pessoa procurar uma unidade de saúde para avaliar se é necessária a proteção da vacina humana”, completa.
A estratégia de realização de campanhas de vacinação de cães e gatos contra raiva é definida pelas secretarias de saúde de estados e municípios. Ou seja, cada município define a própria estratégia de vacinação. “O Ministério da Saúde faz a compra desses insumos e distribui, mas a coordenação das campanhas é descentralizada. O ideal é que a vacinação ocorra todo ano", destaca.
Fonte do texto: Blog da Saúde
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