segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Fiocruz anuncia nova fase de vacina para esquistossomose


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dará início aos estudos clínicos de Fase II da vacina brasileira para esquistossomose, chamada de Vacina Sm14, em etapa realizada em parceria com a empresa Orygen Biotecnologia S.A. A vacina é um dos projetos de pesquisa e desenvolvimento em saúde priorizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), visando garantir o acesso da população dos países pobres a ferramentas de medicina coletiva com tecnologia de última geração.

Uma das doenças parasitárias mais devastadoras socioeconomicamente, atrás apenas da malária, a esquistossomose infecta mais de 200 milhões de pessoas, de acordo com a OMS, essencialmente em países pobres. Relacionada à precariedade de saneamento, a doença tem áreas endêmicas em mais de 70 países, onde 800 milhões de pessoas vivem sob risco de infecção, sobretudo na África. No Brasil, 19 estados apresentam casos, especialmente os da região Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo.


Vacina inédita

Desenvolvida e patenteada pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a vacina foi produzida a partir de um antígeno – substância que estimula a produção de anticorpos, evitando que o parasita causador da doença se instale no organismo ou que lhe cause danos. Foi utilizada a proteína Sm14, sintetizada a partir do Schistosoma mansoni, verme causador da esquistossomose na América Latina e na África. “Esta é a primeira vez no mundo que uma vacina parasitária produzida com tecnologia brasileira de última geração chega à Fase II de estudos clínicos. Estamos trabalhando para contribuir para o enfrentamento de um problema de saúde pública que afeta populações pobres de diversas localidades do mundo”, destaca Miriam Tendler, pesquisadora do Laboratório de Esquistossomose Experimental do IOC/Fiocruz, que lidera os estudos.

Baseada em uma tecnologia inovadora, a vacina Sm14 possui patentes depositadas no Brasil, Europa, Estados Unidos, Austrália, Japão, Nova Zelândia, África do Sul, Canadá, Cuba, Egito e Índia, além das organizações africanas de propriedade intelectual ARIPO e OAPI. De acordo com o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, a vacina para esquistossomose desenvolvida pela Fundação representa mais um decisivo passo no objetivo de fortalecer, no Brasil, uma base tecnológica capaz de assegurar o atendimento das demandas do sistema público de saúde. “A vacina traduz uma conjunção de valores significativos, pois reúne competência científica e capacidade de transformação, levando a um processo de inovação voltado para a resolução de uma doença negligenciada, com impacto mundial extremamente significativo. Este imunizante, o primeiro para a doença em todo o mundo, é fruto de uma iniciativa enraizada na Fiocruz, com liderança da pesquisadora Miriam Tendler, além da criação de parcerias exemplares da relação público/privado”, pontua.

A etapa final de desenvolvimento da Vacina Sm14 é alvo de uma parceria público-privada (PPP) entre a Fiocruz e a empresa Orygen Biotecnologia S.A., agora parceira no desenvolvimento e produção da vacina humana. “Essa pesquisa poderá trazer um enorme impacto social e científico para o Brasil, que é a grande missão da Orygen desde sua criação. A Sm14 é uma daquelas iniciativas que mostram a capacidade de inovação do país e nós estamos orgulhosos em participar ativamente”, afirma Andrew Simpson, diretor científico da Orygen Biotecnologia S.A.


Prioridade para a Organização Mundial da Saúde

É crescente a preocupação da OMS com o contraste entre os países ricos e pobres na área de insumos tecnológicos para a saúde. Em 2010, a Assembleia Mundial da Saúde anunciou a criação de um grupo de trabalho com consultores experts em financiamento e coordenação de pesquisa e desenvolvimento científico, que em inglês tem a sigla CEWG. Em maio de 2013, o CEWG divulgou um plano estratégico de ação com vistas a proporcionar aos países pobres o acesso a plataformas para a solução de questões crônicas em saúde pública específicas desses países. Poucos meses depois, o grupo tornou pública uma lista preliminar com 22 projetos candidatos, para, enfim, em dezembro de 2013, anunciar os 7+1 projetos de inovação selecionados para serem apoiados política e estrategicamente pelo fundo cooperado gerenciado pela OMS – entre os quais, a Vacina Sm14, que assim tem assegurado o seu desenvolvimento final.

Uma particularidade relacionada à Vacina Sm14 é o fato de desequilibrar e mudar o paradigma de transferência de tecnologia que tradicionalmente segue uma lógica vertical onde o Hemisfério Norte ‘fornece’ conhecimento para o Hemisfério Sul. O Sm14 inaugura uma premissa horizontal, onde o Hemisfério Sul desenvolve uma tecnologia para o próprio Hemisfério Sul, começando com a colaboração Brasil-África nos Testes Clínicos de Fase II da vacina contra esquistossomose.


Estudos clínicos de Fase II

Os estudos clínicos da Fase II A serão realizados em adultos moradores da região endêmica no Senegal, na África, local atingido simultaneamente por duas espécies do parasito Schistosoma, causador da doença. Essa característica, que não existe em nenhuma região brasileira, é muito importante para que se possa verificar a segurança da Vacina Sm14 com escopo ampliado em relação a estes dois agentes. A área escolhida é hiperendêmica, ou seja, possui alta taxa de prevalência da doença, que afeta a população de forma continuada. Nessa etapa, a segurança do produto será avaliada, bem como a sua capacidade de induzir imunidade nas pessoas vacinadas. Está prevista a participação de 350 voluntários, entre adultos, inicialmente, e em crianças, ao longo de três etapas de Fase II. Os estudos foram aprovados por comitê de ética no Senegal.

Enquanto os estudos de Fase I foram realizados em área não endêmica, com voluntários saudáveis, nos estudos de Fase II os voluntários serão moradores de áreas endêmicas, que já tiveram contato com a doença, o que reflete a situação real onde a vacina será utilizada efetivamente. A Vacina Sm14 será administrada em três doses, com intervalos de um mês entre cada uma.

A Fase II A de estudos clínicos será realizada em parceria com a organização não-governamental senegalesa Espoir pour La Santé, sendo coordenada em campo pelo pesquisador Gilles Riveau, do Instituto Pasteur de Lille, na França, e diretor geral do Centre de Recherche Biomedicale Espoir pour La Santé. “Esta fase será conduzida por uma entidade respeitada internacionalmente, em uma estrutura de laboratório de última geração, composta por profissionais altamente qualificados”, ressalta Miriam. Estão previstas auditorias independentes de instituições locais, seguindo as regras internacionais de pesquisa com seres humanos e que incluirão o acompanhamento por um conselho assessor composto por especialistas de vários países. Os testes acontecerão entre setembro e dezembro de 2016, período que corresponde à mais alta endemicidade da doença em território africano. Tanto o protocolo de pesquisa quanto a documentação regulatória foram submetidos às autoridades senegalesas. A conclusão e os resultados dos estudos estão previstos para 2017.

“Temos orgulho da importante contribuição que a Vacina Sm14 representa, não apenas por seu caráter científico inovador, mas por inovar também no fluxo criativo, em que um país endêmico é capaz de gerar uma tecnologia que responde a um desafio, ao mesmo tempo, local e global. Isso é, de fato, fazer ciência para a sociedade”, avalia o diretor do IOC/Fiocruz, Wilson Savino.


Expectativas

Na etapa de estudos clínicos de Fase I, conduzido junto ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), que teve os resultados publicados em janeiro de 2016 na revista científica internacionalVaccine, os pesquisadores já haviam comprovado um dos mecanismos específicos da resposta imune provocada pela Vacina Sm14: a ativação de anticorpos e da citocina Interferon-gama, que é produzida pelo organismo em resposta ao agente infeccioso. A partir desta etapa, os especialistas irão mapear os mecanismos que atuam para que a pessoa adquira proteção contra a doença.

Os casos de esquistossomose acontecem em ambientes onde não há infraestrutura adequada de saneamento básico: fezes de pessoas infectadas com o verme Schistosoma, quando despejadas inapropriadamente em rios e outros cursos de água doce, podem infectar caramujos do gênero Biomphalaria. Por sua vez, os caramujos liberam larvas do verme na água, podendo infectar outras pessoas por meio do contato com a pele, reiniciando o ciclo da doença. “A vacinação tem o potencial de interromper o ciclo de transmissão. A vacina Sm14 foi desenvolvida para induzir uma imunidade duradoura”, completa a pesquisadora Miriam Tendler.


Financiamento e parcerias

A pesquisa é financiada pelo IOC/Fiocruz, Fiocruz, OMS e Orygen Biotecnologia S.A., por meio de recursos próprios e também através de recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A etapa de desenho da molécula contou com a parceria do pesquisador Richard Garret, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC). 


Fonte:  FIOCRUZ

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Opas lança edital para zika na América Latina e no Caribe


A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) lançou um edital de pequenas subvenções para pesquisas sobre o vírus zika. A convocatória está aberta até o dia 15 de setembro e concederá até 20 mil dólares por projeto de pesquisa.

Os subsídios serão concedidos a pesquisadores e profissionais de saúde que trabalhem em países de rendimento baixo ou médio afetados por zika da América Latina e do Caribe. Os profissionais devem trabalhar em programas de ministérios da saúde, universidades, centros de pesquisa e organizações não governamentais (ONGs). As propostas devem ser dirigidas por jovens investigadores qualificados. Inscrições por mulheres são incentivadas.

São prioritárias cinco áreas de pesquisa:
1) Características epidemiológicas da transmissão do zika, incluindo a transmissão por vetores ou de humano a humano que ocorre como resultado de contato íntimo ou sexual; consequências clínicas e epidemiológicas da interação do zika com outras arboviroses; fatores de risco da transmissão de humano a humano, desenvolvimento de infecções e doenças.

2) Estudos sobre o uso de novas ou melhores intervenções de controle dos vetores do zika orientadas para as comunidades, incluindo em combinação com a dengue, febre amarela urbana e chikungunya.

3) Testes no terreno dos kits de diagnóstico sorológico do ZIKV, com foco em abordagens inovadoras para o acesso aos testes por diferentes populações, em especial aquelas servidas deficientemente pelos sistemas existentes.

4) Percepções, comportamentos, acesso e uso de métodos modernos de contracepção, cuidados à gravidez precoce e cuidados ao aborto seguro no contexto do zika, incluindo membros das comunidades (mulheres, adolescentes) e representantes políticos, diretores de programas e prestadores de serviços de saúde.

5) Sistema de saúde e estudos sobre políticas de saúde relacionados à prestação e procura de cuidados pré-natais, prevenção e cuidados a prestar relacionados a doenças infecciosas, contracepção/planejamento familiar e abortos seguros.

O edital é uma iniciativa entre a Opas, o Programa Especial para a Investigação e Formação em Doenças Tropicais (TDR) – copatrocinado pela Unicef, Pnud, Banco Mundial e OMS –  e o Programa Especial de Investigação, Desenvolvimento e Formação em Investigação sobre Reprodução Humana do Pnud/UNFPA/Unicef/OMS/Banco Mundial (HRP).

O edital e o formulário para inscrição podem ser acessados no site da Opas.



Fonte:  Fiocruz

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Butantan inicia a terceira etapa de testes humanos da vacina contra a dengue


Os primeiros 1,2 mil voluntários serão selecionados em São Paulo. No total, 17 mil pessoas participam dos testes realizados por institutos de cinco regiões do país


Começou por São Paulo a terceira etapa dos testes humanos da primeira vacina brasileira contra a dengue, produzida pelo Instituto Butantan, unidade da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo, em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).

Nesta etapa iniciada no dia 17 de agosto na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo participam 1,2 mil voluntários. No total, o estudo envolverá 17 mil pessoas, de 18 a 59 anos de idade, em 13 cidades de cinco regiões do Brasil.

Na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, os ensaios clínicos serão conduzidos pelo professor José Cassio Moraes. Os voluntários serão selecionados por meio do programa Estratégia de Saúde da Família, desenvolvido pelo centro de Saúde da Escola da Santa Casa de Misericórdia, criado em 1967.

Essa é a terceira e última etapa de testes antes de a vacina ser submetida à aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O objetivo é comprovar a eficácia da vacina. Caso aprovada, ela passa a ser produzida em larga escala pelo Instituto Butantan e será utilizada em campanhas de imunização em massa na rede pública de saúde em todo o Brasil.

Nas etapas anteriores, a vacina foi testada em 900 pessoas: 600 na primeira fase de testes clínicos, realizada nos Estados Unidos, pelos NIH, e 300 na segunda etapa, realizada em São Paulo, em parceria com a Faculdade de Medicina da USP, através do Hospital das Clínicas e do Instituto da Criança, com o Instituto Adolf Lutz.

Os testes já estão em andamento em Manaus (AM), Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO), na região Norte, em mais dois centros no Estado de São Paulo (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto), em um centro de pesquisa de Fortaleza (CE) e outro em Porto Alegre (RS). Ao todo são 14 centros de pesquisa credenciados pelo Butantan para a realização dos estudos.

Os testes envolvem 17 mil voluntários. São convidadas a participar pessoas saudáveis que já tiveram ou não dengue em algum momento da vida e que se enquadrem em três faixas etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos.  Os participantes do estudo são acompanhados pela equipe médica por um período de cinco anos para verificar a duração da proteção oferecida pela vacina.

A vacina desenvolvida pelo Butantan, em parceria com o NIH, é produzida com vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos, incapazes de provocar a doença. 

Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem efeito. Tanto a equipe médica quanto os participantes não saberão quem vai receber a vacina ou o placebo. Só posteriormente, a partir de exames coletados dos voluntários é que será possível saber se quem recebeu a vacina ficou protegido ou quem tomou o placebo contraiu a doença.

Os dados disponíveis até agora das duas primeiras fases indicam que a vacina é segura, que induz o organismo a produzir anticorpos de maneira equilibrada contra os quatro vírus da dengue e que é potencialmente eficaz.



OMS: 70 países e territórios já notificaram transmissão do zika por mosquitos



Desde 2007, quando foi detectada a primeira grande epidemia do zika, em Yap, na Micronésia, 70 países e territórios já notificaram a transmissão do vírus por mosquitos — sendo 67 deles a partir do ano passado.

Os dados estão no mais recente relatório de situação sobre zika, microcefalia e Síndrome de Guillain-Barré, divulgado na quinta-feira (18) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a análise, de modo geral a avaliação de risco não mudou. O vírus continua se propagando geograficamente a áreas onde os vetores, como o Aedes aegypti, estão presentes. Além disso, os recentes casos de zika na África destacam a necessidade de se compreender melhor a virologia do surto global.

Até agora, surtos da estirpe asiática do vírus zika parecem estar mais associados a distúrbios neurológicos e congênitos do que os casos históricos da linhagem africana. No entanto, devido aos poucos casos conhecidos dessa linhagem, é possível que na verdade essas complicações nunca tenham sido identificadas.

Assim, o relatório afirma que continua a ser crucial sequenciar o zika isoladamente, particularmente nos casos da África, para entender se realmente houve uma verdadeira mudança nas manifestações clínicas da infecção por zika desde o primeiro surto identificado em 2007.

A OMS avalia que mais estudos entomológicos (sobre mosquitos) devem ser priorizados em regiões recentemente afetadas para compreender a dinâmica da transmissão, informar avaliações de risco localizadas e focar em intervenções de controle de vetores, incluindo o fornecimento de mensagens de promoção da saúde apropriadas.

O relatório também aponta que 17 países e territórios reportaram casos de microcefalia e/ou malformação do sistema nervoso central e 18 registraram casos de Síndrome de Guillain-Barré potencialmente associados à infecção pelo vírus zika.


Prevenção

O Aedes é um mosquito que pode transmitir o vírus zika, dengue e chikungunya. Ele vive no interior e nos arredores de domicílios, reproduzindo-se em qualquer recipiente artificial ou natural que armazene água limpa e parada.

Para combater esse mosquito, é necessário limpar potes de vasos de plantas e vasilhames na parte externa do domicílio, tampar tanques e caixas d’água, evitar o acúmulo de lixo e desentupir calhas e ralos que impeçam o escoamento de líquidos, além de descartar recipientes em desuso que possam acumular água.

A prevenção é a melhor forma de evitar a infecção por zika, dengue e chikungunya. Para se proteger, a pessoa deve cobrir a pele com roupas de mangas compridas e calças; dormir em locais protegidos por mosqueteiros; e usar telas nas janelas e portas para reduzir o contato com mosquitos. Durante relações sexuais, é importante também a utilização de preservativos para evitar a transmissão por meio de fluidos corporais.

O uso de repelentes também é um meio de prevenção eficaz. No caso de gestantes, a OPAS/OMS recomenda aqueles que contêm o princípio ativo DEET (N N-dietil-3-metilbenzamida), IR3535 (3-[N-acetil-N-butil]-éster etil ácido aminopropiónico) ou Icaridina (ácido-1 piperidinecarboxílico, 2-(2-hidroxietil)-1-metilpropilester). Esses produtos podem ser aplicados na pele exposta e devem ser usados em conformidade com as instruções do rótulo.



Fonte:  Ministério da Saúde  /Blog da Saúde

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Aedes aegypti é tema de Sala de Espera na Unidade Básica de Saúde do Centro





Com o objetivo de efetivar a troca de informações e orientar sobre os cuidados necessários para se evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti no ambiente familiar e de convívio, o setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde  –  do Centro de Controle de Zoonoses  –  realizou nesta semana (15 a 18/08) atividade de sala de espera na Unidade Básica de Saúde Dr. Eduardo Imbassay, no Centro.

A ação educativa em saúde teve como mote a prevenção das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya), visando alertar os usuários sobre possível epidemia de uma ou mais dessas doenças no próximo verão.

A equipe do IEC percorreu os diversos espaços da unidade, abordando quem aguardava atendimento para, então,  desenvolver bate-papo sucinto e interativo, além de distribuir panfletos informativos.

Por meio de perguntas e dúvidas, as pessoas mostraram interesse em conhecer mais a temática.  Alguns relataram situações cotidianas de vizinhos que, apesar de bem informados, não cuidam dos próprios quintais,  acumulando água limpa e parada em locais e objetos que servem como criadouros de mosquitos.  Os profissionais diretamente envolvidos consideraram a atividade positiva.


Equipe:  Antônio Pessoa, Jonas Queiróz, Hugo Costa, Maria Cristina Crisóstomo, Rodolfo Matta e Rosani Loureiro.









quinta-feira, 18 de agosto de 2016

CCZ promove ação educativa na Clínica da Família de Várzea das Moças





Nesta quarta-feira (17/08) usuários da Clínica da Família de Várzea das Moças participaram da atividade de sala de espera promovida pela equipe do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde, do Centro de Controle de Zoonoses.

A ação educativa em saúde teve como objetivo reforçar orientações sobre os cuidados necessários para evitar a proliferação do Aedes aegypti no ambiente familiar e de convívio, além de alertar sobre possível epidemia no próximo verão.

Para isso, os agentes Élcio Nascimento e Rita de Cássia Costa realizaram um bate-papo interativo, nos moldes de palestra sucinta, e distribuição de material informativo.  A abordagem temática envolveu orientações sobre medidas preventivas e de combate ao mosquito, além de informações sobre as principais arboviroses transmitidas pelo inseto no país (dengue, zika e chikungunya).

Enquanto aguardava atendimento, o público participou ativamente, demonstrando interesse pelo assunto.  Dúvidas e questionamentos sobre as doenças e seus sintomas foram as que prevaleceram, especialmente sobre a chikungunya.  A maioria se comprometeu a cuidar de seus quintais e falar com vizinhos e familiares. A equipe considerou o resultado da atividade bem positivo.  








Ação educativa na Unidade de Urgência Mário Monteiro reforça prevenção ao Aedes aegypti






Reforçar orientações sobre os cuidados necessários para evitar a proliferação do Aedes aegypti.   Esse foi o objetivo da atividade de sala de espera realizada pela equipe do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde, do Centro de Controle de Zoonoses, na Unidade Municipal de Urgência Dr. Mário Monteiro nesta terça-feira (16/08).

Com abordagem sucinta e objetiva, os agentes Élcio Nascimento e Rita de Cássia Costa buscaram sensibilizar os usuários que aguardavam atendimento a estarem vigilantes quanto às medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti em todas as estações do ano. Para isso, desenvolveram bate-papo interativo e distribuição de panfletos.  

Segundo Élcio, a resposta do público à ação educativa em saúde foi positiva. “Tiramos dúvidas sobre as doenças [arboviroses dengue, zika e chikungunya] e seus sintomas. Utilizamos o material informativo que exemplificava possíveis criadouros para sensibilizar os usuários. As pessoas se comprometeram a cuidar de seus quintais e falar com vizinhos e familiares”, disse o agente.





segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Países da América Latina realizam pesquisas para identificar lacunas no conhecimento sobre zika



Países da América Latina estão realizando uma série de pesquisas em nível comunitário para identificar lacunas no conhecimento sobre o vírus zika e, deste modo, definir as mensagens para alterar o comportamento da população na prevenção da infecção e controle do mosquito transmissor. As pesquisas serão realizadas no Brasil, Peru, Colômbia, Guatemala, Honduras e El Salvador até setembro deste ano, sob a liderança da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e em coordenação com os Ministérios da Saúde e outras agências internacionais parceiras.

Os resultados desses estudos de conhecimento, atitudes e práticas (conhecidos como CAP) permitirão que os países alterem suas estratégias de comunicação na resposta ao zika e adequem suas mensagens e o conteúdo de seus materiais. Dessa forma, serão incentivadas mudanças comportamentais que contribuam na eliminação dos criadouros do mosquito e nas medidas para evitar a infecção pelo vírus.

Até o momento, 45 países e territórios das Américas confirmaram a circulação do vírus zika, que pode causar malformações congênitas em bebês e outras complicações.

A realização dessas pesquisas é uma das ações que a OPAS/OMS está apoiando para fortalecer a comunicação de risco nos países das Américas. O objetivo é promover uma comunicação de forma oportuna e transparente sobre o zika e suas consequências sobre a saúde, assim como sobre medidas de prevenção.


Ação comunitária

A participação ativa da comunidade é fundamental na resposta ao zika, algo que a OPAS/OMS promove junto com a assistência técnica na preparação de estratégias e planos de comunicação de risco.

Com o objetivo de mobilizar toda a região, a Organização está convidando os países para participar da Semana de Ação contra os Mosquitos, com o slogan “Juntos venceremos o mosquito!”.

O objetivo é que durante a Semana a população, os profissionais de saúde, as autoridades e outros atores-chave sejam sensibilizados sobre as doenças transmitidas por mosquitos e os riscos que elas trazem – propiciando uma maior vontade política, de gestão e envolvimento nacional no controle dos mosquitos e incentivando a população a mudar seus comportamentos de forma sustentável.

Neste ano, considerando o contexto do surto na região, o tema será o vírus zika. Serão feitos esforços para reforçar as mensagens de prevenção e controle das doenças transmitidas por mosquitos e incentivar as comunidades a fortalecerem as ações para a eliminação do vetor, assim como as medidas de prevenção individual contra o zika e doenças como dengue e chikungunya.

A Semana de Ação contra o Mosquito já teve início nos países do Caribe e será estendida agora para a América Latina. Nos países da América Central, o lançamento deve ocorrer entre os dias 22 e 26 de agosto, enquanto Colômbia, Honduras, Costa Rica, Argentina, Uruguai, Chile e outros países planejam lançar a iniciativa no último trimestre de 2016.


Estratégias de comunicação de risco

Como parte da resposta ao zika nas Américas, especialistas da OPAS/OMS realizaram missões de assistência técnica aos países para capacitar as autoridades, comunicadores e educadores institucionais, epidemiologistas, gerentes de serviços de saúde, líderes comunitários, jornalistas e acadêmicos, entre outros parceiros e aliados estratégicos na comunicação de risco. Até agora, foram feitas missões no Uruguai, República Dominicana, Peru, El Salvador, Honduras, Colômbia, Guatemala, Brasil, Panamá e Caribe anglófono, entre outros.

A OPAS/OMS apoia os Ministérios da Saúde a identificar mecanismos de coordenação interna e externa para fornecimento de informações oportunas, transparentes e baseadas em evidências sobre o vírus zika. Também oferece apoio na coordenação e preparação de porta-vozes que compartilham essas informações para garantir transparência e mensagens consistentes sobre os riscos associados ao vírus, eliminação dos criadouros de mosquitos, como evitar a infecção e prevenir a transmissão sexual. Também é possível segmentar os públicos aos quais essas mensagens serão dirigidas, como mulheres em idade fértil, grávidas e seus parceiros/companheiros.


Nesse sentido, a OPAS/OMS continua a prestar cooperação técnica direta aos países no desenvolvimento de suas estratégias e planos operacionais para a comunicação de risco, levando em consideração as possíveis ameaças à saúde da população.


Fonte:  Ministério da Saúde /Blog da Saúde

sábado, 13 de agosto de 2016

Agentes Comunitários apresentam projetos de saúde e meio ambiente






Na tarde desta quarta-feira (10/08) vinte e três agentes comunitários de saúde que atuam em módulos do Programa Médico de Família comemoraram o encerramento do Curso de Formação Básica de Agentes de Vigilância em Saúde Ambiental em solenidade de formatura, realizada na Câmara dos Diretores Lojistas de Niterói.

Durante o evento os formandos apresentaram seus trabalhos de conclusão de curso para uma banca examinadora composta pelos colaboradores:  Almir Medeiros, chefe do Laboratório de Zoonoses, e Maria da Glória Moreira, coordenadora do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde – ambos do Centro de Controle de Zoonoses; Eleinne Felix Amim, enfermeira e supervisora de saúde coletiva de Praias da Baía II; e Faiana Morais, assistente social e supervisora dos agentes comunitários da região oceânica.

Cerca de setenta pessoas – entre familiares, amigos e profissionais da Fundação Municipal de Saúde – prestigiaram a exposição de projetos de intervenção propostos pelos agentes para as áreas onde atuam.  Atividades educativas, esportivas, de sensibilização e de pesquisa aprofundada das necessidades comunitárias foram as ideias apresentadas, aliando saúde e meio ambiente.

Os agentes mostraram que atitudes simples promovem transformações significativas e melhoram a qualidade de vida num bairro, e que a comunidade engajada pode gerar ações e soluções para o desperdício da água, o descarte correto dos resíduos sólidos, o esgotamento sanitário incorreto, e o incentivo à prática de esportes.

“Este curso começou com primeiros agentes comunitários de saúde e ganhou um novo impulso com o projeto Enseada Limpa. Como os agentes comunitários são moradores da região e a maioria nunca atuou em vigilância em saúde, é importante que eles sejam preparados para ter um olhar diferenciado da comunidade. Eles recebem formação em vigilância epidemiológica, sanitária, saúde do trabalho e ambiental. Além de estudarem, eles vão colocar em prática todos os projetos desenvolvidos, beneficiando a comunidade”, destaca Cláudio da Silva Moreira, coordenador do curso.

O agente comunitário Victor Vinícius da Silva, que atua no Preventório, em Charitas, faz parte da equipe que desenvolveu o projeto “O consumo consciente e o desperdício de água na comunidade do Preventório”.  Ele explica que os profissionais saíram capacitados, enxergando melhor os detalhes que influenciam na qualidade de vida dos moradores, e prontos para aprimorar o atendimento para a população. “Tivemos aulas de legislação do SUS, comunicação, vigilância epidemiológica e sanitária. O mais importante não é pensar em um projeto, e sim colocá-lo em prática, como todos estão fazendo”, frisou.

Jaqueline Nascimento, agente comunitária que atua na área do Badu, na Região de Pendotiba, apresentou um trabalho sobre conscientização do descarte correto do lixo. Entre as propostas da equipe estão:  a instalação de lixeiras em pontos estratégicos, campanhas de conscientização e a pintura de grafites em muros da região.  “O curso e o desenvolvimento do projeto são importantes porque aproveitam o vínculo dos agentes com a comunidade para melhorar a qualidade de vida dos moradores”, pontua a agente.


Formandos

Dayse Felix de Souza Lima, Jaqueline Gonçalves Nascimento, Rafaella Mendonça da Silva e Vanessa Almeida da Silva – Clínica Comunitária da Família do Badu.

Jamilde Jesus Teixeira Alves, Karen Luz Abreu e Victor Vinícius Belarmino da Silva – PMF Preventório II.

Adriana Rodrigues da Silva e Paula Valéria Costa de Oliveira Chagas – PMF Preventório I.

Aline França da Silva, Júlia Oliveira Silva e Kelly Barros Braga – PMF Grota II.

Rosemeri José de Mendonça Santos – PMF Jurujuba.

Ariela Ramos Caes e Silva, Marianna Rosa de Faria Souza, Sara Toledo de Souza e Vilma Chapetta – PMF Teixeira de Freitas.

Adriana Alcântara de Souza Moura e Otávio Gonçalves Panzemback – PMF Grota I.

Alessandra Melo Lopes, Cristiane Ribeiro da Costa e Igor Alves Santos – PMF Ilha da Conceição.


















O curso

O curso foi uma iniciativa do Núcleo de Ensino Permanente e Pesquisa (NEPP) em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) – este, através do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde, e da Seção de Controle Ambiental.  Teve como objetivo formar profissionais de nível médio, responsáveis pela execução das ações de Vigilância em Saúde que atuam no âmbito do Programa Médico de Família, oferecendo-lhes subsídios teórico-práticos relativos à globalidade do processo de trabalho que contribuam para a adoção de uma prática mais crítica, reflexiva e inovadora.

Iniciado em abril deste ano, o curso, desenvolvido com base no PROFORMAR, foi dividido em oito módulos com um total de 36 horas /aula e ainda 100 horas /aula destinadas à produção dos trabalhos de campo e de conclusão.  As reuniões foram quinzenais, no auditório do NEPP, com duração de três meses.

Os profissionais Cláudio da Silva Moreira (Seção de Controle Ambiental) e Devylson da Costa Campos (Laboratório de Zoonoses), ambos do CCZ, ministraram aulas envolvendo as seguintes temáticas:  “O SUS e a Vigilância em Saúde”, “O Processo de Trabalho da Vigilância em Saúde”, “O Território e a Vigilância em Saúde”, “Trabalho e Ambientes Saudáveis”, “Informação e Diagnóstico de Situação”, “Planejamento em Saúde e Práticas Locais” e “Educação e Ação Comunitária”.


PROFORMAR

O Programa de Formação de Agentes Locais de Vigilância em Saúde (Proformar) resulta de uma parceria entre a Fundação Nacional de Saúde/Funasa e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz.

O Curso contribui para a construção de um projeto político-pedagógico dentro do SUS e conta com o apoio de estados e municípios; da Educação a Distância da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca e do Canal Saúde.

Com educação continuada e permanente, o Proformar conjuga o ensino a distância com o presencial, por meio de uma rede de articuladores pedagógicos, de suporte logístico, dos Núcleos de Apoio à Docência e de materiais didáticos que estabelecem estreita relação entre teoria e prática, ensino e serviços, escola e comunidade. (Fonte:http://www.ead.fiocruz.br/curso)


Programa Enseada Limpa

O Programa ENSEADA LIMPA, de iniciativa da Prefeitura de Niterói, foi lançado em 2013, no início da atual administração, e tem como objetivo maior fazer com que a Enseada de Jurujuba seja a primeira área da Baía de Guanabara a ser totalmente despoluída.

Coordenado pelo vice-prefeito Axel Grael, o programa envolve diversas secretarias municipais e a concessionária Águas de Niterói.  Abrange ações de urbanização e instalação de banheiros nas residências nas quais foi constatada a ausência; ampliação da rede coletora de esgoto e das ligações domiciliares à rede; iniciativas para a gestão de resíduos sólidos, como a não colocação de lixo nas encostas; entre outras medidas.

O Enseada Limpa tem como base territorial a bacia hidrográfica da Enseada de Jurujuba, que abrange os bairros de São Francisco, Charitas, Jurujuba, Cachoeira e parte do Largo da Batalha, além das comunidades de Gavião, Jamelão, Igrejinha, Ponte Velha, Maceió, Preventório, Peixe Galo, Cascarejo e Salinas, entre outras. O programa visa a melhor qualidade das águas e do meio ambiente de modo geral e, sobretudo, a melhoria da qualidade de vida da população desses locais.  (Fonte:  http://www.niteroi.rj.gov.br)



Fonte dos depoimentos:  Prefeitura de Niterói


quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Ação educativa sobre arboviroses na Policlínica do Largo da Batalha






Informar, discutir e esclarecer o que são arboviroses, os riscos envolvidos, cuidados e tratamento.  Esse foi o objetivo da palestra realizada pela equipe do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – do Centro de Controle de Zoonoses – para os usuários da Policlínica Regional do Largo da Batalha na última segunda-feira (01/08).

Desenvolvendo um diálogo interativo com o público – formado pelo grupo de idosos da policlínica –, a agente Patrícia de Oliveira falou sobre as principais arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti no país (dengue, zika e chikungunya), características do mosquito, dados atuais sobre a situação da microcefalia no país, a Síndrome de Guillain-Barré, e medidas de prevenção e combate ao vetor.

A resposta dos participantes foi bem positiva.  Todos demonstraram interesse na temática e desejaram saber a respeito das melhores formas de prevenção. Ao término da atividade, agradeceram a iniciativa.





Pais de alunos da UMEI Vasconcelos Torres participam de palestra sobre pediculose




Com o objetivo de sensibilizar pais e responsáveis sobre os cuidados básicos para prevenir e tratar possível infestação de piolhos em seus filhos, o setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) – realizou palestras sobre pediculose no evento de encerramento semestral da UMEI Senador Vasconcelos Torres, em Santa Rosa, na última sexta-feira (29/07).

A ação educativa em saúde foi desenvolvida pela agente Daniele Caviare por meio de diálogo interativo com exibição de slide-show, e abordou tópicos como:  tipos de piolhos, o piolho capilar, ciclo de vida, principais dificuldades causadas nas crianças e jovens, prevenção e tratamento.

Cerca de 100 pessoas estiveram presentes, a maioria participando ativamente e demonstrando interesse pelo tema.  Segundo a palestrante, a atividade foi muito produtiva.