segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Países da América Latina realizam pesquisas para identificar lacunas no conhecimento sobre zika



Países da América Latina estão realizando uma série de pesquisas em nível comunitário para identificar lacunas no conhecimento sobre o vírus zika e, deste modo, definir as mensagens para alterar o comportamento da população na prevenção da infecção e controle do mosquito transmissor. As pesquisas serão realizadas no Brasil, Peru, Colômbia, Guatemala, Honduras e El Salvador até setembro deste ano, sob a liderança da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e em coordenação com os Ministérios da Saúde e outras agências internacionais parceiras.

Os resultados desses estudos de conhecimento, atitudes e práticas (conhecidos como CAP) permitirão que os países alterem suas estratégias de comunicação na resposta ao zika e adequem suas mensagens e o conteúdo de seus materiais. Dessa forma, serão incentivadas mudanças comportamentais que contribuam na eliminação dos criadouros do mosquito e nas medidas para evitar a infecção pelo vírus.

Até o momento, 45 países e territórios das Américas confirmaram a circulação do vírus zika, que pode causar malformações congênitas em bebês e outras complicações.

A realização dessas pesquisas é uma das ações que a OPAS/OMS está apoiando para fortalecer a comunicação de risco nos países das Américas. O objetivo é promover uma comunicação de forma oportuna e transparente sobre o zika e suas consequências sobre a saúde, assim como sobre medidas de prevenção.


Ação comunitária

A participação ativa da comunidade é fundamental na resposta ao zika, algo que a OPAS/OMS promove junto com a assistência técnica na preparação de estratégias e planos de comunicação de risco.

Com o objetivo de mobilizar toda a região, a Organização está convidando os países para participar da Semana de Ação contra os Mosquitos, com o slogan “Juntos venceremos o mosquito!”.

O objetivo é que durante a Semana a população, os profissionais de saúde, as autoridades e outros atores-chave sejam sensibilizados sobre as doenças transmitidas por mosquitos e os riscos que elas trazem – propiciando uma maior vontade política, de gestão e envolvimento nacional no controle dos mosquitos e incentivando a população a mudar seus comportamentos de forma sustentável.

Neste ano, considerando o contexto do surto na região, o tema será o vírus zika. Serão feitos esforços para reforçar as mensagens de prevenção e controle das doenças transmitidas por mosquitos e incentivar as comunidades a fortalecerem as ações para a eliminação do vetor, assim como as medidas de prevenção individual contra o zika e doenças como dengue e chikungunya.

A Semana de Ação contra o Mosquito já teve início nos países do Caribe e será estendida agora para a América Latina. Nos países da América Central, o lançamento deve ocorrer entre os dias 22 e 26 de agosto, enquanto Colômbia, Honduras, Costa Rica, Argentina, Uruguai, Chile e outros países planejam lançar a iniciativa no último trimestre de 2016.


Estratégias de comunicação de risco

Como parte da resposta ao zika nas Américas, especialistas da OPAS/OMS realizaram missões de assistência técnica aos países para capacitar as autoridades, comunicadores e educadores institucionais, epidemiologistas, gerentes de serviços de saúde, líderes comunitários, jornalistas e acadêmicos, entre outros parceiros e aliados estratégicos na comunicação de risco. Até agora, foram feitas missões no Uruguai, República Dominicana, Peru, El Salvador, Honduras, Colômbia, Guatemala, Brasil, Panamá e Caribe anglófono, entre outros.

A OPAS/OMS apoia os Ministérios da Saúde a identificar mecanismos de coordenação interna e externa para fornecimento de informações oportunas, transparentes e baseadas em evidências sobre o vírus zika. Também oferece apoio na coordenação e preparação de porta-vozes que compartilham essas informações para garantir transparência e mensagens consistentes sobre os riscos associados ao vírus, eliminação dos criadouros de mosquitos, como evitar a infecção e prevenir a transmissão sexual. Também é possível segmentar os públicos aos quais essas mensagens serão dirigidas, como mulheres em idade fértil, grávidas e seus parceiros/companheiros.


Nesse sentido, a OPAS/OMS continua a prestar cooperação técnica direta aos países no desenvolvimento de suas estratégias e planos operacionais para a comunicação de risco, levando em consideração as possíveis ameaças à saúde da população.


Fonte:  Ministério da Saúde /Blog da Saúde

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