quinta-feira, 28 de setembro de 2017

28 de setembro - Dia Mundial de Luta contra a Raiva


A raiva é uma doença transmitida para humanos e pode matar. Vacinando anualmente cães e gatos, você pode evitar essa doença.






28 de setembro é Dia Mundial de luta contra a Raiva. A data marca a importância de conscientizar as pessoas sobre a prevenção da doença, que pode ser transmitida para qualquer mamífero – animal e humano. No Brasil, a raiva é mais conhecida por quem tem animal de estimação, por conta da vacinação.

Esta medida é fundamental para o controle da doença no país. “A raiva transmitida por animais domésticos está bastante controlada no Brasil. As pessoas costumam vacinar seus bichos”, explica o coordenador de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Sérgio Nishioka.

Mas é importante ficar alerta porque a raiva é altamente letal. A transmissão se dá normalmente pela mordida de animais infectados. Mas também existe a possibilidade de se contrair a doença pelo contato da saliva do animal raivoso diretamente nos olhos, mucosas ou feridas.

Prevenção

Atualmente, a segurança e a eficácia das vacinas para pessoas e animais são uma das estratégias mais importantes para o controle da raiva. Por isso, animais domésticos devem ser vacinados anualmente contra a doença. Também é importante evitar aproximação de cães e gatos sem donos, não mexer ou tocar neles, sobretudo quando eles estiverem se alimentando ou dormindo. Além disso, nunca toque em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.

Contudo, se você for agredido por um animal, lave o ferimento abundantemente com água e sabão e passe um antisséptico. Mas isso não é o suficiente. É fundamental procurar assistência médica e informar detalhes do acidente ao profissional de saúde, se o animal tem dono, o local do acidente, entre outros.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza vacina e soro antirrábico, que serão prescritos pelo médico ou enfermeiro de acordo com cada caso. Esse tratamento deve ser seguido até o fim. O animal deve ficar em observação por 10 dias, se possível, para identificação manifestação de raiva ou morte.

“A vacina só é dada em casos de pessoas gravemente infectadas ou em casos particulares, como para profissionais que têm contato com um animal raivoso, para pessoas que trabalham, por exemplo, em laboratórios e que podem então adquirir a raiva por atividades ocupacionais, como os veterinários”, explica o Nishioka. Apesar de a doença ser 100% evitável, ainda hoje, milhares de pessoas morrem da doença a cada dia em todo o mundo. Em 2017, foram registrados 3 óbitos de pessoas por raiva no Brasil. Todos relacionados à transmissão por morcego.

Sintomas

O período entre o acidente com o animal e o aparecimento dos sintomas é extremamente variável. Pode ser de alguns dias a até anos, com uma média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2 meses, no cão. Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor que no adulto.

Os sintomas são parecidos com os da gripe, incluindo fraqueza geral, desconforto, febre ou dor de cabeça. Mas à medida que a doença avança, ocorrem alucinações, espasmos musculares involuntários e paralisia leve ou parcial, que pode levar à pessoa a morte. “Existem alguns casos de pacientes em que houve sobrevida, mas sempre com sequelas neurológicas graves”, ressalta Nishioka.

Vacina para animais

O Ministério da Saúde oferece para estados vacinas para cães e gatos. “Distribuímos a vacina a animais porque é reconhecido que a proteção desses animais domésticos previne a transmissão da raiva em humanos”, explica o coordenador. “Destaco que mesmo que a pessoa seja mordida por um bicho vacinado, isso não muda a conduta da pessoa procurar uma unidade de saúde para avaliar se é necessária a proteção da vacina humana”, completa.

A estratégia de realização de campanhas de vacinação de cães e gatos contra raiva é definida pelas secretarias de saúde de estados e municípios. Ou seja, cada município define a própria estratégia de vacinação. “O Ministério da Saúde faz a compra desses insumos e distribui, mas a coordenação das campanhas é descentralizada. O ideal é que a vacinação ocorra todo ano", destaca.


Fonte:  Blog da Saúde




segunda-feira, 25 de setembro de 2017

CCZ participa do I Encontro Estadual de Políticas Públicas de Proteção Animal






O Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) participou na última quinta-feira (21/09) do 1º Encontro Estadual de Políticas Públicas de Proteção Animal, no Caminho Niemeyer.

O evento da Coordenadoria Especial de Direitos dos Animais da Prefeitura de Niterói reuniu todos os órgãos que têm atribuição ou que assumiram responsabilidades com a causa.  O objetivo foi discutir ideias e projetos acerca do tema e estabelecer uma rede estadual de informações relevantes.

A mesa de abertura foi composta pela deputada estadual Márcia Jeovani, pelo secretário executivo da Prefeitura de Niterói Axel Grael, o coordenador de Direitos dos Animais Daniel Marques e o diretor do Departamento de Proteção Animal Marcelo Pereira.








Na sequência, foram expostos casos de sucesso executados nos municípios dentro dos principais eixos da proteção animal, como controle populacional, campanhas de adoção, fiscalização e educação. Os participantes tiveram a possibilidade de ouvir e trocar informações sobre abrigos, crimes de maus tratos, castrações, educação e conscientização de adoção e também sobre doenças e zoonoses.




Pelo CCZ, Flávio Moutinho ministrou palestra sobre o tema Saúde Única e Zoonoses.  O veterinário abordou questões como meio ambiente saudável, relação homem e animais de companhia, zoonoses, descontrole populacional de cães e gatos, e globalização e defesa sanitária animal.




“A relação do homem com os animais é muito antiga. Os animais podem funcionar como reservatório de infecção para uma série de doenças, assim como os homens podem servir como reservatório de infecção para uma série de doenças para eles. É uma realidade. A forma como a gente deve trabalhar isso é que importa. E a forma que se recomenda hoje em dia é uma abordagem de saúde única, ou seja, saúde humana e saúde animal de mãos dadas porque é uma coisa só. Todos vivem no mesmo ambiente, então esse ambiente tem que ser saudável, a cidade tem que ser saudável, o animal precisa ter saúde e o ser humano precisa ter saúde. Essa é a visão que a gente tem de Zoonoses hoje em dia”, afirmou o palestrante.




Para Moutinho, a esporotricose é uma doença de caráter eminentemente ambiental:  “Praticamente no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, hoje em dia, o gato vem sendo taxado como vilão, quando na verdade ele é uma vítima como a gente. Não podemos negligenciar que existe uma porção de gatos com esporotricose, e quando a pessoa descobre que o tratamento demora de 6 a 8 meses e tem que dar remédio todos os dias – e dar remédio para gato é muito complicado –, então muitas vezes ela solta o animal, que vai para outro local e carreia o fungo”, assegurou.




“60% das enfermidades humanas são zoonoses. 75% dos agentes patogênicos de enfermidades emergentes também estão relacionados a zoonoses, doenças emergentes que estão ressurgindo, como a febre amarela. No mundo, a globalização é total, não só econômica, as pessoas vão e vem, e isso tem uma interferência na saúde geral. É gente indo e vindo de todos os lugares. As pessoas carregam patógenos e os animais também, e assim as doenças vão se espalhando pelo mundo, mudando de lugar”. 

“Hoje não se tem a raiva circulando em animal doméstico no Brasil praticamente em lugar nenhum, mas desde 2010 há uma queda acentuada na cobertura vacinal, que antes chegava a quase 100% e hoje em dia gira em torno de 40%.  Porém, existe morcego circulando com vírus rábico praticamente em todas as cidades do Brasil, inclusive em Niterói já tivemos casos publicados; então, para fechar o ciclo da raiva é muito fácil. A população de morcegos vem crescendo e é uma das principais causas de reclamação ao Centro de Controle de Zoonoses, assim como a população de pombos também, sobretudo em decorrência da alimentação feita por pessoas em praça pública. A questão dos pombos é muito difícil de solucionar, é um problema mundial, não apenas brasileiro”, relatou Flávio.




Segundo o veterinário, o enfrentamento do problema dos animais de rua deve ser multifatorial: “É outro problema mundial, tanto os animais abandonados como aqueles que são soltos pelo dono para dar uma voltinha e retornar para casa. O que mantém essa população na rua são os três A’s (alimentação, água e abrigo). Então pesquisas mostram que apenas a castração não resolve o problema, pois as condições para que esses animais sejam abandonados nas ruas continuam existindo. Tem que haver várias ações ao mesmo tempo – como adoção, castração, educação e ação coercitiva – para que deem resultado”.






Marcaram presença no evento os municípios de Barra do Piraí, Cabo Frio, Macaé e Petrópolis.  Representando o Departamento de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses, o diretor Renato Borges.



sexta-feira, 22 de setembro de 2017

CCZ participa da Semana Integrada da Responsabilidade Social na FAMATH




O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) – através do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – participou da Semana Integrada da Responsabilidade Social nas Faculdades Integradas Maria Thereza (FAMATH), que ocorreu no período de 18 a 20 de setembro no campus Gragoatá.

O evento, coordenado pelo professor de biologia Turíbio Tinoco, se deu em participação da faculdade na 13ª CAMPANHA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL DO ENSINO SUPERIOR PARTICULAR.  Nesta edição teve como tema central assuntos pertinentes ao consumo, segurança e saúde da nossa comunidade, além de cultura, educação e meio ambiente.

O IEC atuou com estande educativo onde os visitantes puderam observar maquetes ilustrativas que mostram o ambiente certo e o errado para a proliferação de mosquitos numa residência.  Além disso, a equipe realizou palestra sobre arboviroses (dengue, zika, chikungunya e febre amarela) para 70 pessoas, entre alunos e professores, enfatizando a prevenção ao vetor, o mosquito Aedes aegypti.  Na oportunidade, os agentes falaram sobre a importância da vacinação de cães e gatos contra a doença raiva e divulgaram a data da campanha de vacinação antirrábica animal do município, que será dia 07 de outubro.

“A presença do Centro de Controle de Zoonoses no evento é viabilizada pelo meu ex-aluno Marcos Rosa [Agente de Controle de Zoonoses] há dois anos,  um ser humano maravilhoso, como pessoa e profissional.  Ele é o ponto de ligação entre mim e vocês. E quero agradecer por mais uma vez estarem conosco nesta ação de responsabilidade social”, reconheceu Turíbio Tinoco.

Marcou presença também no evento o Centro de Valorização da Vida (C.V.V.), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Niterói (SMARHS), o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), O Batalhão Florestal, DAVIDA Lar Bom Samaritano, Clinica Hemoterapia Doe Sangue Doe Vida de Niterói, Projeto Clean Up The World (Austrália), Projeto Uçá (Petrobrás), entre outros participantes.

Equipe do IEC:  Antônio Pessoa, Jonas Queiróz, Maria Cristina Crisóstomo, Rodolfo Mata e Rosani Loureiro. 



















quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Educação em Saúde participa do Seminário “Semeando Ideias”





              
O setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) – participou nesta terça-feira (12/09) do Seminário “Programa Saúde na Escola: Semeando Ideias” no Auditório Darcy Ribeiro, Espaço Oswaldo Salles (Rua São Pedro, 108 – Centro).

O encontro foi promovido pela Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (SEMECT) e a Fundação Municipal de Educação (FME), através da Superintendência de Ensino e do Núcleo de Ações Integradas (NAI), em parceria com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), e teve como objetivo oferecer às escolas a participação em debates que abordam questões relacionadas à saúde e educação do município.

Diretores, professores e pedagogos de escolas da rede que são pactuadas no Programa Saúde na Escola (PSE), representantes dos médicos de família e de setores envolvidos com educação em saúde participaram do evento.

Na reunião foram apresentadas ações a serem desenvolvidas no ambiente escolar, tais como:  A nova pactuação do PSE: modificações e desafios; alimentação saudável; saúde bucal no PSE; saúde sexual e reprodutiva; e saúde na adolescência.

O IEC, representado por Rita de Cássia Oliveira Costa, divulgou os serviços oferecidos pelo CCZ /IEC, destacando as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e as atividades educativas em saúde desenvolvidas pelo IEC que integram o PSE.

Após as palestras, e antecedendo os debates finais sobre os assuntos abordados, os participantes ouviram os relatos dos resultados obtidos do PSE na Unidade de Educação Infantil Olga Benário, no Colégio Estadual Guilherme Briggs e no Programa Médico de Família do município.


Programa Saúde na Escola

Criado em 2007 pelo governo federal, o Programa Saúde na Escola surgiu como uma política intersetorial entre os ministérios da Saúde e da Educação, com o objetivo de promover qualidade de vida aos estudantes da rede pública de ensino por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. 
“O ambiente escolar produz resultados, não só imediatos, mas para a vida toda, na medida em que trabalhamos na educação da criança que, quando conscientizada, consegue envolver toda a família”, explica Michele Lessa, coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

O Programa tem como objetivo a integração e articulação intersetorial das redes públicas de ensino, por meio de ações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e redes de educação pública. A iniciativa prevê ações para acompanhar as condições de saúde dos estudantes por meio de avaliações e orientação, fortalecendo o enfrentamento das vulnerabilidades que possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar. (Fonte:http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/27979-semana-na-escola-mobiliza-alunos-no-combate-ao-aedes)



Fonte parcial do texto:  Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia
Foto principal:  Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia
Foto intra texto:  Rita de Cássia Costa



quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Niterói tem disponíveis 135 mil doses para vacinação contra febre amarela


Niterói ainda tem disponíveis, distribuídas entre todas as salas de vacina do município, 135 mil doses de vacinas contra a febre amarela. Com os esforços da Secretaria Municipal de Saúde para ampliar a imunização da população, no comparativo com outros anos, em 2017 foi registrado aumento significativo no número de vacinados no município: nos últimos dez anos, a cidade imunizou 251.752 pessoas contra a febre amarela.

Deste total, 75% das vacinações foram feitas em 2017, totalizando 186.789 imunizações nos últimos oito meses. Nos somatório dos nove anos anteriores, o número de vacinados ficou em 64.963, quase três vezes menos que o ano corrente. Ainda há, contudo, mais de 100 mil pessoas que podem ser imunizadas e 135 mil doses disponíveis na cidade.

É importante destacar que, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, não há registro de circulação do vírus da febre amarela silvestre na cidade, mas o órgão municipal ressalta a importância da imunização contra a doença. A secretária municipal de Saúde de Niterói, Maria Célia Vasconcellos, pontua que a vacinação contra a febre amarela faz parte do calendário de imunizações do município, e convida a população que ainda não se vacinou a se prevenir.

“É importante que as pessoas que ainda não receberam a dose da vacina procurem uma unidade para se proteger contra a doença. Desde o mês de março, quando os primeiros casos da doença surgiram no Estado do Rio de Janeiro, a Prefeitura aumentou a oferta da vacina através da abertura de novas salas de imunização”, frisa.

A Prefeitura aumentou a oferta da vacina através da abertura de novas salas de imunização, solicitando novas remessas de imunizações ao Governo do Estado e destacando duas equipes volantes para vacinar a população que reside em áreas próximas a matas e fronteiras com outros municípios, como Várzea das Moças, Muriqui, Matapaca e Região Oceânica. A média de vacinados na cidade chegou a 5 mil pessoas por dia. No ano passado, eram imunizadas cerca de 300 pessoas por mês.

A imunização ocorre de segunda a sexta, das 8h às 16h, em todas as policlínicas regionais do município, na Policlínica Comunitária de Jurujuba, na Clínica Comunitária da Família de Várzea das Moças e da Teixeira de Freitas, nas Unidades Básica de Saúde (UBS) de Piratininga, Santa Bárbara e do Baldeador (Morro do Castro) e nos módulos do Programa Médico de Família do Engenho do Mato, Cafubá II, Cafubá III, Matapaca, Badu, Maravista, Cantagalo, Sapê e Caramujo. 

A doença – Há duas formas de transmissão de febre amarela: silvestre e urbana. As duas são causadas pelo mesmo vírus, mas se diferem pelo vetor de transmissão. A forma urbana é transmitida pelo Aedes aegypti e, de acordo com o Ministério da Saúde, desde os anos 1940, o Brasil não registra casos deste tipo da doença. Já a silvestre é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, insetos de hábitos estritamente silvestres. Quando o mosquito pica um macaco ou uma pessoa doente, que está com febreamarela, ele torna-se capaz de transmitir o vírus.

Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), problemas no fígado e nos rins, hemorragia e cansaço intenso.

Fonte:  Prefeitura de Niterói - 10/09/17

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Ministério da Saúde declara fim do surto de febre amarela

Último caso da doença foi registrado em junho deste ano. Vacinação continua sendo ferramenta mais importante para prevenir surgimento de casos no próximo verão

O Brasil não registra casos de febre amarela desde junho, quando foi confirmado o último caso da doença no Espírito Santo. O anúncio do fim do surto foi feito nesta quarta-feira (6) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante a apresentação do novo boletim epidemiológico sobre a situação da doença no país. Mesmo com a interrupção da transmissão, o Ministério da Saúde ressalta a importância de manter as ações de prevenção e ampliar a cobertura vacinal para a febre amarela para prevenir novos casos da doença no próximo verão, período com maior probabilidade de ocorrência.
“A situação, hoje, está sob controle, mas é fundamental que os estados e municípios se esforcem para aumentar as coberturas vacinais nas áreas com recomendação, seja com a busca ativa de pessoas não vacinadas ou por meio de campanhas específicas, envolvendo também as escolas. Além disso, é necessário manter as ações de prevenção, como o controle de vetor, capacitação de profissionais de saúde e intensificação das ações de vigilância de epizootias”, afirmou o ministro Ricardo Barros.

Desde o início do surto, em 1º de dezembro do ano passado, até 1º de agosto deste ano, foram confirmados 777 casos e 261 óbitos por febre amarela. Outros 2.270 casos foram descartados e 213 permanecem em investigação. Além disso, 304 casos foram considerados inconclusivos, pois não foi possível produzir evidências da infecção por febre amarela ou não se encaixavam na definição de caso. No total, foram 3.564 notificações. A região Sudeste concentrou a grande maioria dos casos. Foram 764 casos confirmados, seguida das regiões Norte (10 casos confirmados) e Centro-Oeste (3 casos). As regiões Sul e Nordeste não tiveram confirmações.
Para o diretor de vigilância das doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, João Paulo Toledo, o fim do surto se dá pelo fim da sazonalidade da doença e pelo sucesso das ações de vigilância. “Além do fim do período de maior número de casos, que é o verão, todo o empenho do Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, resultaram no controle do surto. Mas isso não significa que devemos encerrar as ações. A vacina está disponível para todos que moram ou viajam para as áreas com recomendação de vacinação”, explicou o diretor.
Para conter a transmissão do vírus e proteger a população, o Ministério da Saúde enviou aos estados brasileiros 36,7 milhões de doses da vacina ao longo deste ano, tanto para a rotina de vacinação como para o reforço nos estados afetados pelo surto. Somente para os estados de MG, RJ, SP, ES e BA foram distribuídas 27,8 milhões de doses extras.
O Ministério da Saúde intensificou a vacinação em 1.121 municípios desses cinco estados. Do total, apenas 205 cidades estão com a cobertura vacinal ideal (igual ou superior a 95%). Atualmente, a média da cobertura vacinal nessas localidades está em 60,3%. A pasta considera atingir a meta fundamental para evitar nova expansão da doença.
AÇÕES – Além da intensificação da vacinação, foram liberados R$ 66,7 milhões aos estados para controlar o surto e reforçar a assistência. Entre as medidas adotadas estão o envio de profissionais da Força Nacional do SUS a Minas Gerais e equipes para investigação de campo no Espírito Santo e Minas Gerais. Também foram realizadas videoconferências semanais para monitoramento dos registros em MG, ES, RJ, BA e SP e ações para eliminação do Aedes aegypti, reduzindo o risco de urbanização nos municípios com registro de epizootias.
A investigação e a notificação de morte e adoecimento de macacos são consideradas a mais importante forma de detectar precocemente a circulação do vírus em determinada região, o que permite que as medidas de prevenção de casos em humanos sejam antecipadas e aplicadas com mais eficácia pelos estados e municípios. Durante o período do surto, foram notificadas ao Ministério da Saúde 5.364 epizootias, das quais 1.412 foram confirmadas para febre amarela.
AMPLIAÇÃO – Em 2018, a vacina para febre amarela será incluída no calendário de vacinação para crianças a partir dos nove meses. Além disso, o Ministério da Saúde estuda a inclusão de outros municípios - que atualmente não fazem parte da área de recomendação -, na vacinação de rotina, para a população de todas as faixas etárias.
“Todas essas mudanças serão discutidas com grupos de especialistas, além de estados e municípios, para que sejam definidas quais cidades serão incluídas e em qual momento isso será possível. A forma como as ampliações serão feitas, a lista de quais cidades terão vacinação e quando isso vai ocorrer será definido até o fim deste ano”, esclareceu a coordenadora geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues.
DOSE ÚNICA - Desde abril deste ano, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, nenhum país utiliza mais o esquema de duas doses. Isso significa que quem já foi vacinado - em qualquer momento da vida - não precisa de dose de reforço.
A vacinação para febre amarela é ofertada na rotina em 20 estados: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além das áreas com recomendação, neste momento, também está sendo vacinada a população do Espírito Santo.
A vacina de febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença e apresenta eficácia de 95% a 99%. Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos como febre, dor local, dor de cabeça, dor no corpo. Ela é contraindicada para crianças menores de seis meses, pessoas imunossuprimidas e pessoas com reação alérgica grave a ovo. Idosos acima dos 60 anos, gestantes, pessoas vivendo com HIV/AIDS ou com doenças hematológicas devem ser avaliadas por um médico antes de se vacinar.
INFLUENZA – Em 2017, foi registrada uma baixa circulação da gripe no país. O número de casos teve redução de 81% em relação ao ano passado, com 2.070 casos e 361 óbitos até 28 de agosto. No mesmo período de 2016, foram 11.062 casos e 2.007 mortes por influenza. Além disso, neste ano o vírus com maior circulação até o momento é o H3N2, quando no ano anterior predominou o H1N1.
Na campanha de vacinação deste ano, foram vacinadas 51,8 milhões de pessoas, uma cobertura de 87,5% do público-alvo definido pelo Ministério da Saúde. A campanha foi realizada entre os dias 17 de abril e 26 de maio, e prorrogada até 9 de junho. Devido à baixa procura dos públicos prioritários, o Ministério da Saúde autorizou estados e municípios a ampliar a vacinação para toda a população. O objetivo foi evitar o desperdício de doses, uma vez que a vacinação é mais efetiva antes do início do inverno, época de maior sazonalidade da influenza.

Distribuição dos casos e óbitos confirmados de febre amarela até 1º de agosto/2017
UF
Casos
Óbitos
Amazonas
1
0
Pará
8
4
Tocantins
1
1
Distrito Federal
1
1
Goiás
1
1
Mato Grosso
1
1
Espírito Santo
252
83
Rio de Janeiro
25
8
Minas Gerais
465
152
São Paulo
22
10
TOTAL
777
261

Fonte:  Ministério da Saúde - 06/09/17