quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

CCZ promove palestra sobre arboviroses e roedores para idosos no CRAS Badu




O grupo de idosos Renascer, do Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) do Badu, participou de palestra sobre arboviroses e roedores promovida pelo setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).  

A ação educativa em saúde ocorreu dia 21/02 em atendimento à solicitação da assistente social Maria das Graças Rodrigues, tendo o objetivo de informar, discutir e esclarecer sobre o que são arboviroses – dengue, zika, chikungunya e febre amarela – e a leptospirose, incluindo os riscos envolvidos, prevenção e tratamento.


Os agentes Delcir Vieira e Patrícia de Oliveira desenvolveram diálogo interativo e exibição de slide-show com os participantes, abordando os seguintes assuntos: roedores – espécies de roedores urbanos, problemas causados por esses vetores, a leptospirose, e prevenção; arboviroses – arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika, chikungunya e febre amarela) e seus sintomas, principais medidas de prevenção, e combate aos possíveis criadouros do vetor.

Segundo Patrícia, o grupo demonstrou considerável interesse, principalmente no que se referia à limpeza das casas após contato com água de enchentes e as dicas de como podemos manter o quintal livre dos criadouros do Aedes.


Usuários da Policlínica do Largo da Batalha participam de ação educativa promovida pelo CCZ





Usuários da Policlínica do Largo da Batalha participaram de atividade de sala de espera sobre o tema Arboviroses promovida pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) – através do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – no dia 20 de fevereiro.

O propósito da ação educativa em saúde foi alertar sobre os perigos à saúde causados pelas arboviroses dengue, zika,  chikungunya e febre amarela urbana.  Como essas doenças tem em comum o mesmo vetor, o Aedes aegypti, é preciso que a população reforce os cuidados para impedir o desenvolvimento de criadouros desse mosquito.

Para isso, os agentes Delcir Vieira e Patrícia de Oliveira desenvolveram um diálogo interativo com as pessoas que aguardavam atendimento, falando sobre quais mudanças de hábitos no cotidiano são necessárias para evitar a proliferação de mosquitos. 

“Os usuários participaram com entusiasmo, aproveitaram para se informar sobre como denunciar casas com focos e conhecer com maiores detalhes os sintomas da Febre de Chikungunya. Contamos com o total apoio da enfermeira Andréa que faz parte da equipe da chefe de Vigilância em Saúde Ilda”, contou Patrícia.


Sala de Espera no PMF Jurujuba debate o tema Arboviroses


Com o objetivo foi alertar sobre os perigos à saúde causados pelas arboviroses dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana e a importância da prevenção, nos dias 5 e 12 de fevereiro o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) – através do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – realizou atividade de sala de espera no Médico de Família de Jurujuba, a pedido da Dra. Wilma.

A ação educativa em saúde desenvolvida por Adriana Heizer e Lílian Barcelos consistiu em bate-papo interativo, exibição de vídeo e distribuição de material informativo. As agentes informaram e orientaram as pessoas que aguardavam atendimento sobre quais medidas são necessárias para se evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti (principal transmissor dessas arboviroses no país) no ambiente domiciliar e demais de convívio.

O interesse pelo tema, segundo a equipe, foi considerável.  “Os usuários participaram ativamente, prestaram atenção à explanação e conversaram sobre o que observam de errado nos locais onde moram. As médicas e enfermeiras também agregaram informações. O mais bacana foi que o público interagiu bastante, não apenas ouvindo, mas questionando e debatendo com todos profissionais. Foi muito produtivo”, contou Lílian.  


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Educação em Saúde participa do Grito de Carnaval da Policlínica do Fonseca



Nesta quarta-feira (26/02) o setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) participou do Grito de Carnaval Hiperdia, evento realizado pela Policlínica do Fonseca aos seus usuários.


O objetivo foi alertar a população quanto às medidas de prevenção e controle do lixo e, em especial, dos recipientes que acumulam água podendo se transformar em criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus causadores das doenças dengue, febre de chikungunya e zika.


Em meio à folia, o agente Marcelo Farias Lins distribuiu folders, revistas, ventarolas e adesivos, reforçando também informações e orientações aos participantes sobre a melhor maneira de se combater os focos do mosquito no período de carnaval.


O evento não se restringiu ao espaço da policlínica, os foliões percorreram também o entorno, incluindo o DETRAN, levando alegria, descontração e mensagens de saúde e bem estar.


Enquanto todos se divertem, o mosquito não descansa. 


Então, não deixe a dengue, a chikungunya ou a zika estragarem a sua folia !!



 














segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Estudo demonstra que Método Wolbachia inibe transmissão do vírus da Febre Amarela


A presença da bactéria Wolbachia em Aedes aegypti tem a capacidade de reduzir a transmissão do vírus da Febre Amarela nesta espécie de mosquito. A descoberta é o tema de um artigo publicado pela Gates Open Research. A pesquisa que resultou no artigo, intitulado "Pluripotency of Wolbachia against Arbovirus: the case of yellow fever", foi supervisionada pelo pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e líder do World Mosquito Program (WMP) no Brasil, Luciano Moreira. O WMP é um programa internacional de combate à doenças transmitidas por mosquitos e, no Brasil é conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).


O artigo é resultado do trabalho conjunto de pesquisadores de três instituições: Instituto René Rachou/ Fiocruz (IRR), Fundação Ezequiel Dias (FUNED) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Clique aqui para acessar.


A transmissão urbana da doença por Aedes aegypti não é relatada no Brasil desde 1942. Entretanto, pesquisadores apontam que o risco de reurbanização da Febre Amarela existe, uma vez que o Aedes aegypti está presente na maioria das cidades de clima tropical e subtropical do mundo e foi o principal vetor no passado. Entre os anos de 2016 e 2018 o Brasil enfrentou alguns surtos de Febre Amarela, arbovirose transmitida pelos mosquitos silvestres dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Houve mortalidade de até 30%.


Atualmente, além da Febre Amarela, o Método Wolbachia é eficiente na prevenção da transmissão das seguintes arboviroses: dengue, Zika, chikungunya e Febre Mayaro.


O estudo


Para realizar a pesquisa foram utilizados dois isolados de vírus da Febre Amarela (YFV), obtidos de humanos e de macacos, originários dos últimos surtos ocorridos no estado de Minas Gerais. Esses vírus foram multiplicados em cultura de células de insetos e adicionados à alimentação sanguínea ministrada a Aedes aegypti com e sem Wolbachia. Como as amostras de sangue usadas na alimentação poderiam conter anticorpos devido a, por exemplo, aplicação da vacina contra a doença, a amostra passou por um processo para assegurar a eliminação desses anticorpos antes de alimentar os mosquitos.

A infecção provocada pelos vírus nos mosquitos foi acompanhada nos tempos de 7, 14 e 21 dias após a alimentação sanguínea, a partir da análise da cabeça e do tórax dos insetos. Foi verificado que, em mosquitos com Wolbachia, a quantidade de YFV foi menor do que nos mosquitos que não possuíam o microorganismo em suas células.

Em outro ensaio, foi realizada a coleta de saliva em Aedes aegypti com e sem Wolbachia, alimentados com sangue contendo o vírus da Febre Amarela ( 7, 14 e 21 dias após a alimentação). Essa saliva foi injetada em mosquitos Aedes aegypti sem a bactéria Wolbachia. Após cinco dias, esses insetos foram analisados, revelando que nenhum dos mosquitos que receberam saliva oriunda de Aedes aegypti com Wolbachia se infectou com o vírus da Febre Amarela. Já entre os mosquitos que receberam a saliva de Aedes aegypti sem Wolbachia, houve infecção.

A saliva dos mosquitos também foi utilizada em um teste com camundongos. Os camundongos que receberam injeção da saliva extraída de Aedes aegypti com Wolbachia que receberam sangue contaminado com Febre Amarela não se infectaram. Já os grupos em que foi aplicada a injeção de saliva extraída de Aedes aegypti sem Wolbachia, houve a infecção.

"Os resultados indicam que, caso a Febre Amarela volte a ter transmissão urbana pelo Aedes aegypti, o Método Wolbachia pode ser uma estratégia complementar para prevenir a transmissão da doença, junto com o programa de vacinação", observou Luciano Moreira.

Na avaliação do médico Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, diretor do Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS), existem condições para que o Aedes aegypti seja um vetor de Febre Amarela. "Existe possibilidade, pois há pessoas suscetíveis, vírus circulando em áreas periurbanas, como regiões de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro próximas a matas. Estudos demonstram que o Aedes aegypti e o Aedes albopictus têm a capacidade de se infectar com o vírus da Febre Amarela", explicou.

No Paraguai, em 2008, houve surtos da doença transmitida pelo Aedes aegypti, com registro de óbitos, na periferia da capital Assunção. Angola enfrentou uma epidemia de casos urbanos em 2016.


Entretanto, Vasconcelos considera improvável o reaparecimento da Febre Amarela urbana no Brasil. "O Aedes aegypti não é um excelente vetor para Febre Amarela e temos uma cobertura vacinal razoavelmente alta", observou o pesquisador. Outro aspecto relevante diz respeito ao vetor. "Estudos sugerem que o Aedes aegypti que circula atualmente, de origem asiática, é menos suscetível ao vírus da Febre Amarela do que o mosquito que circulava nos séculos XVII, XVIII e XIX, de origem africana, que ingressou  no Brasil com o tráfico de escravos", explicou Vasconcelos.



Sobre a doença

A Febre Amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae. Provoca uma infecção febril aguda de curta duração (no máximo 10 dias), de gravidade variável e que pode levar à morte.

No ciclo silvestre da Febre Amarela, que é o que ocorre no Brasil, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus. Os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que possuem hábitos estritamente silvestres. Locais que têm matas e rios, nos quais o vírus, seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente, são consideradas como áreas de risco.


A vacina antiamarílica é fabricada pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É recomendada para as pessoas a partir de 9 meses de idade, que residem ou que se deslocam para os municípios que compõem a área com recomendação de vacina - a lista está disponível no site do Ministério da Saúde.