Transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue, a zika e a chikungunya são doenças que preocupam. Sobretudo no verão, quando a quantidade de casos registrados costuma ser maior. Para se prevenir e evitar surtos e epidemias o mais importante é combater o mosquito transmissor, evitando que ele se reproduza. Mas, sem deixar o combate ao Aedes de lado, há outra medida, esta de proteção individual, que também pode ser adotada, o uso de repelente.
Mas, com tantas opções no mercado, como escolher? Como ele deve ser usado? Para garantir o uso correto do produto, é preciso prestar atenção às orientações do rótulo e, principalmente, se o produto é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Brasil, há mais de cem produtos registrados como repelentes para a pele, todos com eficácia comprovada para ação em mosquito da espécie Aedes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a utilização de repelentes à base de DEET, IR 3535 e Icaridina, que podem ter tempo estimado de duração. No Brasil, existem as seguintes substâncias na composição de produtos cosméticos com ação repelente. São elas:
- DEEDT (n,n-Dietil-meta-toluamida): os produtos podem ser utilizados a partir dos 2 anos e a duração estimada do efeito é de 2 horas.
- IR 3535 (Ethyl butylacetylaminopropionate): os produtos podem ser usados a partir dos 6 meses de idade e seu tempo de ação estimado é de 4h.
- Icaridina (Hydroxyethyl isobutyl piperidine carboxylate): os produtos podem ser usados a partir dos 2 anos de idade e a duração estimada de ação varia entre 5h e 10h.
A aplicação do repelente deve ser feita nas partes do corpo que ficarão expostas, evitando as regiões próximas da boca, olhos, nariz, ou ainda sobre ferimentos. No caso das crianças, não é indicado que o produto seja aplicado nas mãos. O tempo de ação varia de acordo com cada produto e, por isso, é fundamental a leitura do rótulo. A utilização do produto deve ser feita conforme a orientação do fabricante.
Gestantes
Não há impedimento para a utilização de repelentes por mulheres grávidas, desde que estejam registrados na Anvisa e que sejam seguidas as instruções de uso do rótulo. Repelentes à base de n-Dietil-meta-toluamida (DEET) são seguros para gestantes. Repelentes ambientais e inseticidas também podem ser utilizados em ambientes frequentados por gestantes, desde que registrados na Anvisa e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo.
Crianças
Segundo o Ministério da Saúde e a Anvisa, bebês abaixo dos seis meses não devem utilizar nenhum tipo de repelente, usando apenas as barreiras de proteção – roupas de manga comprida, em ambientes onde existam menor chance de circulação do mosquito. Crianças entre seis meses e dois anos de idade podem usar repelentes a base de IR 3535. Já crianças entre 2 e 12 anos, repelentes a base de DEET com concentração de 10% ou então a Icaridina, também de uso infantil.
É importante ter cuidado ao passar o repelente nas crianças, não aplicando o produto nas mãos, pois elas podem levá-las à boca. É importante, também, estar atento ao intervalo de aplicação. A frequência da aplicação em crianças não deve passar de três vezes por dia.
Em adultos a orientação é que não se passe mais de três a quatro vezes por dia. Caso o produto seja utilizado junto com outro, como o filtro solar, os médicos orientam o uso do filtro solar antes do repelente, com um intervalo de pelo menos 15 minutos para que o filtro seja absorvido pela pele com posterior aplicação do repelente.
Fonte: RIO COM SAÚDE
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