A campanha Novembro Azul alerta sobre os perigos do câncer de próstata nos homens, mas é importante também para a prevenção do problema nos animais. Nos animais de estimação, o câncer de próstata atinge cães e gatos – com maior incidência em cães – e pode ser mortal, caso não seja identificado em estágio inicial. Assim como nos humanos, a idade avançada é o principal fator de risco. A doença costuma aparecer com mais frequência em bichinhos com idade acima de seis anos. Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, o problema atinge 80% dos cães não castrados.
Apesar das doenças na próstata poderem se manifestar em todos os machos da classe dos mamíferos, dentre os animais de estimação são os cães de pequeno porte os mais atingidos. No entanto, não existem raças mais propensas a desenvolverem esse quadro e o aparecimento do câncer, geralmente, acontece quando os pets estão mais velhos, na faixa etária entre 9 e 10 anos.
A doença se desenvolve por causas hormonais e um desequilíbrio na produção de testosterona do cão, que estimula o aumento do tamanho da próstata. No entanto, de acordo com o veterinário Adelmo Guilhoto Miguel, que atua na área clínica e cirurgia de cães, gatos e animais silvestres, a maioria dos tumores são benignos - não apresentam riscos à saúde do animal - e podem ser tratados a tempo. O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) ainda não dispõe de números sobre a incidência da doença nos pets no Brasil.
Sintomas
• Dificuldade para defecar e urinar, pois devido à proximidade da próstata ao ânus, seu aumento interfere no canal do reto e dificulta a saída das fezes;
• Movimentos de locomoção limitados, como subir em móveis ou degraus;
• O aumento da quantidade de vezes que o pet faz xixi, com gotejamento;
• Presença de pus ou sangue na urina;
• Constipação;
• Perda de peso;
• Apatia;
• Inchaço ou aumento da região (entre ânus e testículos).
Diagnóstico
O primeiro passo para um diagnóstico preciso é consultar um médico veterinário para exames de prevenção. A palpação retal é um deles. O exame é indolor e dispensa a necessidade de anestesia permite que o veterinário detecte algum aumento significativo da glândula. O toque retal do pet durante o exame físico, geralmente, já é o suficiente para detectar a presença do problema, que é confirmado pela realização de um ultrassom mais específico.
Tratamento
O tratamento consiste na cirurgia de castração ou orquiectomia, que é a retirada dos testículos, que devem então ser enviados para a análise histopatológica para um diagnóstico definitivo. Para os cães que estão em estágio avançado do câncer de próstata, os tutores devem levá-los para fazer um acompanhamento com um oncologista e buscar tratamento suporte paliativo, aumentando o conforto e a qualidade de vida do animal.
Prevenção
A castração é o procedimento mais eficiente para evitar o surgimento do câncer em pets e que pode diminuir a incidência do problema em até 90%. O processo, quando feito nos cães e gatos ainda pequenos, impede a produção excessiva de hormônios. Com isso, não ocorre o desenvolvimento do tecido prostático, evitando assim o crescimento da próstata e a formação de tumores (próstata e testículo).
Todavia, a médica veterinária especializada em oncologia, Daniela Mungioli, explica que o fator genético é muito forte na doença: “Câncer é uma doença de bases genéticas, dessa forma, a gente não consegue evitar a doença. Porém, algumas pesquisas indicam que parte desses tumores seriam evitados através da castração”. Por esta razão, os cães são mais propensos a terem cânceres, quando comparados aos gatos.
Levar o animal ao médico veterinário para checkups é ainda mais importante a partir dos oito anos. É nesta época que as células envelhecem o podem aparecer tumores. Quanto mais cedo detectada a doença, mais eficaz será o tratamento e mais rápida a recuperação.
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