Não bastasse a Covid-19 e a gripe, agora a dengue também está em alta em diversas regiões do Brasil. Só neste ano, o Brasil já registrou mais casos da doença do que em todo o ano passado —com um aumento contínuo em semanas recentes. Ao contrário do que muitos pensam, a dengue não é uma doença apenas do verão e pode gerar surtos no inverno —embora a reprodução do mosquito seja de fato favorecida pelas chuvas que ocorrem normalmente no verão em regiões do Brasil como o Sudeste.
Em meio a isso, é preciso ficar atendo aos principais sintomas da dengue —que, em alguns casos, podem ser semelhantes ao da Covid-19 ou de uma gripe, mas que conta com diferenças importantes. Saiba abaixo as informações mais importantes sobre os sintomas da doença e quando você deve ficar atento. Quais os principais sintomas da dengue? Para boa parte das pessoas, os sintomas da dengue podem não ser sentidos. Para outras, eles podem ser leves e até mais graves como hemorragia ou choque. No entanto, de forma geral, os sintomas da dengue são variados e podem ser observadas as seguintes manifestações:
• Eritema (mancha vermelha parecidas com alergia)
• Dor no corpo Mialgia (dor muscular)
• Fadiga
• Dor de cabeça
• Dor no fundo dos olhos
• Febre (maior que 38,5ºC)
• Perda de apetite
• Dor abdominal.
O infectologista Bernardo Montesanti Machado de Almeida, do Serviço de Epidemiologia do CHC-UFPR (Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná), adverte que, muitas vezes, os sintomas são leves e passam sozinhos (são autolimitados). A febre, por exemplo, pode não ser alta, e nem será acompanhada de dor de cabeça. Como essas manifestações são inespecíficas, elas acabam sendo ignoradas. "O grande problema da dengue é que quando o vírus está disseminado e, portanto, muitas pessoas são acometidas, a frequência dos quadros graves pode ser significativa", observa o médico.
Quais são os sintomas da dengue em casos graves?
Os sintomas da dengue em casos graves são semelhantes ao da doença leve. A diferença é que no terceiro ou quarto dia da infecção ocorre choque hemorrágico (a pessoa perde sangue o que faz com que seu coração perca a capacidade de bombear a quantidade necessária para nutrir vários órgãos do organismo), e desidratação severa. Os sinais de alerta são os seguintes:
• Dor abdominal intensa
• Vômito persistente
• Respiração acelerada
• Sangramento de mucosa ou outra hemorragia
• Fadiga
• Agitação ou confusão mental
Algumas pessoas ainda apresentarão quadros neurológicos, como convulsões e irritabilidade.
Uma lenda comum que circula é que se pegar dengue pela segunda vez, a doença se desenvolverá no tipo hemorrágica —mais grave—, contudo, não é bem assim. Infecções recorrentes podem ter apresentações mais graves, mas não é regra. Há quem possa ficar muito ruim numa primeira infecção e há quem possa nem precisar de internação numa reinfecção, segundo infectologistas.
Como saber se estou mesmo com dengue, covid-19 ou gripe?
Na consulta, o médico poderá solicitar exames laboratoriais para diagnosticar a dengue, que começam por um hemograma. O Ministério da Saúde disponibiliza kits para um teste rápido, de detecção precoce (1 a 3 dias de doença). O ideal é que o exame seja feito no primeiro dia dos sintomas, o que, muitas vezes, permitirá a liberação do resultado antes do momento do aparecimento da febre. Mas existem outros tipos de testes, que podem ser feitos em momentos diferentes do curso da doença. Confira:
Primeiros 5 dias:
• Teste antígeno MS1
• Teste de biologia molecular (PCR)
Após 5 dias
• Teste de anticorpos (IGM)
Para quem já teve
• Anticorpos (IGG)
Caso persistam dúvidas sobre o diagnóstico, o médico poderá pesquisar outras doenças como zika, febre amarela, chikungunya, infecções respiratórias em geral, rinovírus, influenza e a própria Covid-19.
Fonte: Viva Bem/Uol
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