quinta-feira, 30 de outubro de 2025

CCZ promove capacitação sobre Doença de Chagas e Acidentes Ofídicos


Nos dias 10 e 24 de outubro, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), por meio da Seção de Apoio Técnico e Planejamento (SATEP), realizou palestras educativas sobre Doença de Chagas e Acidentes Ofídicos no auditório do Núcleo de Educação Permanente e Pesquisa (NEPP), localizado no Centro da cidade.

As atividades foram voltadas aos agentes de campo do Serviço de Controle de Vetores (SECOV) que atuam nas regiões Oceânica e Pendotiba — áreas próximas a parques e reservas florestais. O objetivo foi atualizar e capacitar os servidores, fortalecendo a atuação preventiva e educativa diante de riscos e possíveis ocorrências relacionadas aos temas abordados.

As palestras foram ministradas pelo médico veterinário Flávio Moutinho, do CCZ, e contemplaram conteúdos importantes para a rotina dos agentes, como:

  • Doença de Chagas: epidemiologia, formas de transmissão, vetores, hospedeiros, sintomas e medidas de prevenção.
  • Acidentes Ofídicos: tipos mais comuns, estratégias de prevenção e identificação de serpentes peçonhentas.

A participação da plateia foi intensa e constante, com perguntas e relatos que enriqueceram o debate. As principais dúvidas concentraram-se no tema dos acidentes ofídicos, especialmente sobre as características biológicas das serpentes peçonhentas e os procedimentos adequados para identificação em situações reais de encontro com esses animais.

Alguns agentes compartilharam experiências pessoais, como o encontro com cobras em ambientes domiciliares — inclusive casos de picadas — evidenciando a importância da capacitação para atuação segura e eficaz.

Informações importantes sobre acidentes com cobras:

  • O soro antiofídico está disponível apenas na rede pública de saúde (SUS); hospitais e clínicas particulares geralmente não o oferecem.
  • A cascavel não habita florestas e não é nativa do Estado do Rio de Janeiro. Seu ambiente natural é o cerrado e regiões áridas. Caso apareça por aqui, provavelmente foi trazida de outra região ou trata-se de uma espécie semelhante.
  • O soro é aplicado em dose única.
  • O efeito do veneno costuma se manifestar cerca de 40 minutos após a picada.
  • Toda cobra que possui fosseta loreal (estrutura entre os olhos e as narinas) é peçonhenta, com exceção da coral verdadeira, que também é peçonhenta, mas não possui fosseta loreal.
  • Uma característica marcante da coral verdadeira é que ela não dá bote.
  • A jararaca é uma das espécies mais comuns em áreas urbanas.
  • Em caso de picada:
    • Lave o local com água e sabão.
    • Mantenha a pessoa deitada, com o membro afetado elevado.
    • Procure imediatamente uma unidade de saúde.
    • Incentive a ingestão de bastante água, pois isso auxilia na eliminação do veneno pela urina.









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