Com o objetivo de promover um espaço de diálogo técnico e científico sobre os desafios atmosféricos enfrentados atualmente, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ), por meio da Câmara Especializada de Engenharia Química (CEEQ), realizou no dia 24 de outubro o evento “Qualidade do Ar no Estado do Rio de Janeiro”. O encontro aconteceu na sede do CREA-RJ, no Centro do Rio, reunindo especialistas, estudantes, gestores e representantes da sociedade civil.
A programação contou com uma mesa de abertura institucional
composta por nomes de destaque na área:
- Miguel
Fernández, engenheiro civil e presidente do CREA-RJ
- Lourival
Arruda Júnior, engenheiro químico e coordenador da CEEQ
- Victoria
Valli Braile, engenheira química e especialista em Sustentabilidade, ESG e
Economia Circular
A palestra principal foi conduzida por Rafael Barbosa Campos, engenheiro químico e gerente de Qualidade do Ar no Instituto Estadual do Ambiente (INEA), que apresentou um panorama detalhado sobre os principais poluentes atmosféricos e suas implicações para a saúde pública e o meio ambiente.
Durante a apresentação, foram destacados os seguintes
contaminantes:
- Material
Particulado (MP): Micropartículas sólidas ou líquidas suspensas no ar,
provenientes de fontes como escapamento de veículos, indústrias, poeiras
minerais e fumaça de óleo. Estão associadas a doenças respiratórias,
câncer de pulmão e complicações na gravidez.
- Óxidos
de Nitrogênio (NOx): Gases tóxicos gerados pela combustão de
combustíveis fósseis e por fenômenos naturais como tempestades. Afetam
diretamente a qualidade do ar urbano.
- Compostos
Orgânicos Voláteis (COVs): Vapores que contêm carbono, como os
derivados da gasolina e solventes. Alguns, como benzeno e tolueno, são
suspeitos de causar câncer e doenças hematológicas.
- Amônia
(NH₃): Gás altamente reativo, com origem principalmente na agricultura
e pecuária, além de fontes urbanas como aterros e esgoto. Contribui para a
eutrofização e acidificação ambiental.
- Poluição sonora: Embora não seja um poluente atmosférico, foi mencionada como um fator crescente de degradação ambiental nas cidades, com impactos diretos na saúde e bem-estar da população.
Além do diagnóstico, o evento também trouxe propostas
concretas para mitigar os impactos da poluição atmosférica. Entre elas,
destacam-se:
- Reflorestamento
de áreas degradadas
- Preservação
de manguezais e florestas urbanas
- Fortalecimento
do monitoramento ambiental
- Incentivo à transição energética e ao uso de combustíveis limpos
O evento contou com a presença de diversos profissionais e
representantes de instituições. Alexandre Flaeshen, agente do Centro de
Controle de Zoonoses de Niterói, compartilhou sua experiência:
“Achei muito interessante a abordagem sobre a qualidade do
ar no Rio de Janeiro. Falaram bastante sobre o monitoramento e sobre as
partículas emitidas na atmosfera, explicando como elas afetam a saúde,
principalmente com relação às doenças respiratórias. Foi uma discussão muito
rica, com uma abordagem excelente sobre possíveis soluções. Achei tudo muito
positivo, muito bacana mesmo. Foi uma experiência maravilhosa!”
O evento reforça a importância da atuação conjunta entre
engenharia, ciência e sociedade para enfrentar os desafios ambientais e
construir um futuro mais saudável e sustentável para todos.
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