quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Governo Federal lança Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia


Com o crescente número de casos de microcefalia no país, o Ministério da Saúde declarou, em novembro, Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no país. Até o último dia 08 de dezembro, 1.761 crianças nasceram com suspeita deste problema grave, que prejudica o desenvolvimento.

Desde então, o Governo Federal está mobilizado para estudar e controlar a situação. Para organizar as ações, foi estabelecido o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa.

Todos os ministérios envolvidos e as Forças Armadas já estão em ação em Pernambuco, estado com o maior número casos, com 200 militares capacitados e mais 800 em treinamento.

Conheça um pouco mais das ações estabelecidas:

Mobilização e Combate ao Mosquito

O combate ao mosquito Aedes aegypti é fundamental para o controle do da transmissão do Zika Vírus, responsável pelo surto de microcefalia em recém-nascidos. Para reforçar a orientação à população sobre o combate ao mosquito nas residências, serão realizadas:


- Mobilizações com agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias com equipamentos para aplicação de inseticidas e larvicidas;
- Uso das Forças Armadas e a Defesa Civil como apoio logístico para transporte e distribuição de inseticidas e de profissionais de saúde. Além de atuarem em visitas a residências para eliminação e controle do vetor;
- O Programa Saúde na Escola mobilizará professores, alunos e familiares no combate ao mosquito; 
- Ações de mobilização entre os profissionais e usuários dos Centros de Referência de Assistência Social, da Rede de Segurança Alimentar e beneficiários do Bolsa Família; 
- Capacitação de profissionais das áreas de saúde, educação, assistência social, defesa civil e militar, além de profissionais de reabilitação e os especializados em resposta epidemiológica e equipes de saúde da família;
- Serão habilitados, ainda, 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública Estaduais para realização de exame para identificação do vírus Zika.


Atendimento às Pessoas

Para garantir o cuidado adequado às gestantes e bebês que nascem com o a microcefalia, o Ministério da Saúde está disponibilizando, a todos os profissionais de saúde, o Protocolo e Diretrizes Clínicas para o atendimento da microcefalia. 

- Ampliação da cobertura de tomografias e apoiar a criação de centrais regionais de agendamento dos exames; 
- Ampliação do atendimento do plano Viver sem Limite, que é voltado à pessoa com deficiência, com a implantação de 89 novos centros de reabilitação, além dos 125 já existentes; 
- Profissionais da Atenção Básica e os profissionais do Programa Mais Médicos envolvidos nas ações de promoção, prevenção e assistência aos pacientes; 
- A Rede Cegonha fortalecida na atenção para gestantes e crianças. Mais de 4 milhões de Cadernetas da Gestante – com orientações fundamentais ao pré-natal – e 37,5 milhões de testes rápidos de gravidez serão enviados às unidades de saúde.


Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa

O Governo Federal vai incentivar a realização de pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias voltadas ao diagnóstico do vírus e suas correlações.
-   Fomentar pesquisas para o controle do mosquito Aedes aegypti, com técnicas inovadoras; 
- Pesquisas sobre microcefalia, outras malformações congênitas, e as síndromes neurológicas, como a Guillain-Barré.



Medidas já adotadas - O Ministério da Saúde mantém equipes treinadas e preparadas para atuar no enfrentamento da microcefalia. Já foram encaminhados técnicos para acompanhar a situação nos estados, feitas reuniões periódicas com as secretarias de saúde dos estados e municípios e divulgadas notas com orientações para gestores e profissionais de saúde. Também foi formado grupo de especialistas para estudar os casos, além da troca de informações constantes com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).


Como forma de mobilizar a sociedade e garantir que a população tenha informações confiáveis e atualizadas, foi desenvolvido um plano de comunicação. Estão previstas intervenções em espaços públicos, estandes em eventos e produção de peças gráficas, como encartes educativos, folders, filipetas, gibis. Está em elaboração uma campanha publicitária voltada a gestantes e mulheres em idade fértil, de forma a manter a população informada de riscos e meios de prevenção da doença. Serão desenvolvidas ações nas redes sociais, seminários on-line, além da criação de hotsite específico para a informação da sociedade, profissionais de saúde e gestores. Comunidades e líderes religiosos serão convidados para formarem parcerias em mutirões de mobilização. Caravanas nos estados com maior registro da doença também serão realizadas para mobilizar gestores, líderes comunitários, imprensa e sociedade.


Fonte:  Ministério da Saúde

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