Com o crescente número de casos de microcefalia no país, o
Ministério da Saúde declarou, em novembro, Situação de Emergência em Saúde Pública
de Importância Nacional no país. Até o último dia 08 de dezembro, 1.761
crianças nasceram com suspeita deste problema grave, que prejudica o
desenvolvimento.
Desde então, o Governo Federal está mobilizado para estudar
e controlar a situação. Para organizar as ações, foi estabelecido o Plano
Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. O plano é dividido em três eixos de
ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas e
Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa.
Todos os ministérios envolvidos e as Forças Armadas já estão
em ação em Pernambuco, estado com o maior número casos, com 200 militares
capacitados e mais 800 em treinamento.
Conheça um pouco mais das ações estabelecidas:
Mobilização e Combate ao Mosquito
O combate ao mosquito Aedes aegypti é fundamental para o
controle do da transmissão do Zika Vírus, responsável pelo surto de
microcefalia em recém-nascidos. Para reforçar a orientação à população sobre o
combate ao mosquito nas residências, serão realizadas:
- Mobilizações com agentes comunitários de saúde, agentes de combate a
endemias com equipamentos para aplicação de inseticidas e larvicidas;
- Uso das Forças Armadas e a Defesa Civil como apoio logístico para transporte
e distribuição de inseticidas e de profissionais de saúde. Além de atuarem em
visitas a residências para eliminação e controle do vetor;
- O Programa Saúde na Escola mobilizará professores, alunos e familiares no
combate ao mosquito;
- Ações de mobilização entre os profissionais e usuários dos Centros de Referência
de Assistência Social, da Rede de Segurança Alimentar e beneficiários do Bolsa
Família;
- Capacitação de profissionais das áreas de saúde, educação, assistência
social, defesa civil e militar, além de profissionais de reabilitação e os
especializados em resposta epidemiológica e equipes de saúde da família;
- Serão habilitados, ainda, 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública Estaduais
para realização de exame para identificação do vírus Zika.
Atendimento às Pessoas
Para garantir o cuidado adequado às gestantes e bebês que
nascem com o a microcefalia, o Ministério da Saúde está disponibilizando, a
todos os profissionais de saúde, o Protocolo e Diretrizes Clínicas para o
atendimento da microcefalia.
- Ampliação da cobertura de tomografias e apoiar a criação de centrais
regionais de agendamento dos exames;
- Ampliação do atendimento do plano Viver sem Limite, que é voltado à pessoa
com deficiência, com a implantação de 89 novos centros de reabilitação, além
dos 125 já existentes;
- Profissionais da Atenção Básica e os profissionais do Programa Mais Médicos
envolvidos nas ações de promoção, prevenção e assistência aos pacientes;
- A Rede Cegonha fortalecida na atenção para gestantes e crianças. Mais de 4
milhões de Cadernetas da Gestante – com orientações fundamentais ao pré-natal –
e 37,5 milhões de testes rápidos de gravidez serão enviados às unidades de
saúde.
Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa
O Governo Federal vai incentivar a realização de pesquisas
para o desenvolvimento de tecnologias voltadas ao diagnóstico do vírus e suas
correlações.
- Fomentar pesquisas para o controle do mosquito Aedes aegypti, com técnicas
inovadoras;
- Pesquisas sobre microcefalia, outras malformações congênitas, e as síndromes
neurológicas, como a Guillain-Barré.
Medidas já adotadas - O Ministério da Saúde mantém
equipes treinadas e preparadas para atuar no enfrentamento da microcefalia. Já
foram encaminhados técnicos para acompanhar a situação nos estados, feitas
reuniões periódicas com as secretarias de saúde dos estados e municípios e
divulgadas notas com orientações para gestores e profissionais de saúde. Também
foi formado grupo de especialistas para estudar os casos, além da troca de
informações constantes com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Como forma de mobilizar a sociedade e garantir que a
população tenha informações confiáveis e atualizadas, foi desenvolvido um plano
de comunicação. Estão previstas intervenções em espaços públicos, estandes em
eventos e produção de peças gráficas, como encartes educativos, folders,
filipetas, gibis. Está em elaboração uma campanha publicitária voltada a
gestantes e mulheres em idade fértil, de forma a manter a população informada
de riscos e meios de prevenção da doença. Serão desenvolvidas ações nas redes
sociais, seminários on-line, além da criação de hotsite específico para a
informação da sociedade, profissionais de saúde e gestores. Comunidades e
líderes religiosos serão convidados para formarem parcerias em mutirões de
mobilização. Caravanas nos estados com maior registro da doença também serão
realizadas para mobilizar gestores, líderes comunitários, imprensa e sociedade.
Fonte: Ministério da Saúde
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