Ministério da Saúde capacitou mais 11 unidades neste mês para realizar o exame, além das unidades de referência que já fazem o teste
O Ministério da
Saúde capacitou mais 11 laboratórios públicos para realizar o diagnóstico de
Zika. Contando com as cinco unidades referência no Brasil para este tipo de
exame, já são 16 centros com o conhecimento para fazer o teste. Atualmente, a
técnica diagnóstica utilizada pelo Ministério da Saúde é o PCR (Biologia
Molecular). Nos dois próximos meses, a tecnologia será transferida para mais 11
laboratórios, somando 27 unidades preparadas para analisar 400 amostras por mês
de casos suspeitos de Zika em todo o país.
O aumento do número
de laboratórios capacitados amplia a capacidade e dar maior agilidade na
detecção do vírus. O repasse da tecnologia está sendo feito pelos laboratórios
sentinelas de referência da Fiocruz, localizados no Rio de Janeiro, Paraná,
Pernambuco, Pará (Instituto Evandro Chagas) e São Paulo (Instituto Adolfo
Lutz).
O Ministério da
Saúde também realizou nesta semana pregão para compra de insumos (primers e
sonda) para a realização de 250 mil exames a um custo de R$ 645 mil. Até a
primeira quinzena de janeiro, todos os laboratórios terão recebido os insumos.
Atualmente, estão
capacitados para realizar os exames, os Laboratórios Centrais (LACENs) dos
estados da Bahia, Amazonas, Alagoas, Goiás, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de
Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. Além dos laboratórios
sentinelas de referência, que também terão sua produção ampliada. Em média,
essas unidades realizam hoje cerca de 80 exames mensalmente em todo o país. No
entanto, devido ao aumento de casos de microcefalia em decorrência do vírus
Zika, essas unidades passarão a usar 100% da sua atual capacidade instalada.
Já está programada
a capacitação em RT- PCR em tempo real para mais 11 laboratórios centrais, que
ficam nos estados do Espírito Santo, Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Roraima e Rondônia.
Atualmente, o
Ministério da Saúde utiliza a vigilância sentinela para o monitoramento dos
casos do vírus Zika. A circulação do vírus em uma região é confirmada em
algumas amostras, por meio de teste PCR. Os Laboratórios de Referência Nacional
(sentinelas) – que atualmente realizam todos os testes de Zika no país – são
unidades laboratoriais de excelência técnica altamente especializada, na
escolha da metodologia a ser utilizada e na capacitação dos outros
laboratórios. Em média, leva-se de 0 a 15 dias para coleta, envio ao
laboratório de referência, processamento, análise e resultado das amostras.
O teste deve ser
feito, de preferência, nos primeiros cinco dias de manifestação dos sintomas. A
partir da confirmação e caracterizada a presença do vírus na região, os outros
diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas. Vale
ressaltar que o vírus Zika é de difícil detecção já que cerca de 80% dos casos
infectados não manifestam sinais ou sintomas.
Independente da
confirmação das amostras para Zika, é importante que os profissionais de saúde
se mantenham atentos frente aos casos suspeitos nas unidades de saúde e adotem
as recomendações do protocolo vigente.
De acordo com o
Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia relacionada à
Infecção pelo Zika, o teste deve ser feito por uma amostra de sangue, cordão
umbilical ou líquor do bebê com microcefalia. Cada Secretaria de Estado
estabelece, de acordo com sua estrutura, em conjunto com os serviços, as
amostras preferenciais para análise. O protocolo estabelece os critérios para
suspeita e confirmação em diferentes situações: gestantes, bebês natimortos,
recém-nascidos prematuros e recém-nascidos de gestação a termo.
A suspeita é
baseada na medida das dimensões da cabeça. Segue-se uma série de avaliações,
com exames clínicos, de imagens, avaliação oftalmológica, auditiva e testes
laboratoriais.
CASOS ATUALIZADOS - Novos casos de
microcefalia, relacionados a infecção pelo vírus Zika, foram divulgados nesta
terça-feira (15) pelo Ministério da Saúde. De acordo com o novo Boletim
Epidemiológico foram registrados 2.401 casos da doença e 29 óbitos, até 12 de
dezembro deste ano. Esses casos estão distribuídos em 549 municípios de 20
Unidades da Federação.
O informe divulgado
detalha, pela primeira vez, os primeiros casos confirmados e descartados. Do
total de suspeitos notificados, foram confirmados 134 e descartados 102.
Continuam em investigação 2.165 casos. Foi confirmado um óbito e descartados
dois. Permanecem em investigação 26 mortes.
A investigação dos
casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika é feito em conjunto com
gestores de Saúde de estados e municípios. O novo informe traz ainda os seis
novos Estados (Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, São Paulo e Rio
Grande do Sul) que notificaram casos suspeitos. Equipes técnicas de
investigação de campo do ministério da Saúde estão trabalhando nos estados de
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Ceará.
COBERTURA DE DIAGNÓSTICO
LABORATÓRIOS JÁ CAPACITADOS
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1) Bahia
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2) Amazonas
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3) Alagoas
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4) Goiás
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5) Pará
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6) Paraná
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7) Pernambuco
|
8) Rio de Janeiro
|
9) Sergipe
|
10)Rio Grande do
Norte
|
11)Distrito
Federal
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LABORATÓRIOS QUE SERÃO CAPACITADOS NOS PRÓXIMOS MESES
|
1) Espírito Santo
|
2) Acre
|
3) Amapá
|
4) Ceará
|
5) Mato Grosso do
Sul
|
6) Minas Gerais
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7) Piauí
|
8) Roraima
|
9) Rondônia
|
10) Rio Grande do
Sul
|
11) Santa
Catarina
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LABORATÓRIOS SENTINELAS DE REFERÊNCIA
|
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Fiocruz Rio de
Janeiro
|
Rio de Janeiro,
Espírito Santo e Minas Gerais
|
Fiocruz Paraná
|
Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul
|
Fiocruz
Pernambuco
|
Pernambuco,
Paraíba e Rio Grande do Norte
|
Instituto Evandro
Chagas/PA
|
Acre, Roraima,
Rondônia, Tocantins, Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Alagoas,
Sergipe e Bahia
|
Instituto Adolfo
Lutz/SP
|
São Paulo, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal
|
Fonte: Ministério da Saúde
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