Iniciativa integra a campanha “Não Crie Mosquito em Casa”, lançada pela prefeitura na semana passada
A Defesa Civil Municipal também está engajada na campanha “Não Crie Mosquito em Casa”, lançada semana passada pela Prefeitura de Niterói. Nesta terça-feira (19/01), 28 voluntários dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudecs) participaram de um treinamento para que possam auxiliar os agentes de controle de zoonoses e agentes de endemias a disseminar informações nas comunidades da cidade. O objetivo é somar esforços na luta para prevenção e controle do Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya – na cidade. O trabalho dos voluntários está previsto para começar na próxima semana.
Os palestrantes foram Cláudio Moreira, chefe do setor de Controle Ambiental, e Maria da Glória Moreira, coordenadora do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde – ambos do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói, da Secretaria Municipal de Saúde. Os dois ressaltaram o perigo do alastramento da microcefalia no Brasil, cujos casos suspeitos chegaram a 3.500 entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, com estimativa de 30 mil casos até o fim do ano. Os voluntários também aprenderam detalhes sobre o ciclo de vida do Aedes aegypti, como combater sua proliferação e ainda receberam orientações sobre as três principais doenças transmitidas pelo mosquito: dengue, zika e febre de chikungunya.
O papel dos voluntários das comunidades será fundamental na disseminação de informações sobre como combater e evitar focos do mosquito nas residências. O pessoal dos Nudecs orientará os moradores das respectivas comunidades durante as vistorias da Defesa Civil. Dessa forma, será possível ao órgão fazer um mapeamento georreferenciado, com o conhecimento de cada casa que foi vistoriada por um agente ou um voluntário. Os dados serão direcionados para o Centro de Monitoramento do órgão municipal.
O subsecretário de Defesa Civil, Walace Medeiros, explica que o órgão já treinou agentes de Zoonoses para identificar situações de risco geológico nas comunidades e que agora a parceria é importante para que as equipes da Defesa Civil saibam identificar focos do mosquito e orientar os moradores sobre formas de prevenção.
“Mais do que nunca, o foco agora é combater o mosquito, em função do aparecimento das novas doenças que ele transmite. A gente vai efetivamente realizar o trabalho para a prevenção das doenças. Esse treinamento nos dá as ferramentas para que possamos agir, partindo do princípio de que a Defesa Civil entra nas residências e fala direto com o cidadão. Com a aceitação que nossas equipes têm nas comunidades, essa informação chegará com peso aos moradores, em função do grau de confiabilidade que a população tem na Defesa Civil”, afirmou Medeiros.
O subsecretário explicou que o engajamento da Defesa Civil no combate ao mosquito também integra um esforço nacional, liderado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, que está mobilizando os órgãos estaduais e municipais.
A voluntária Mônica Marques, do Nudec do Viçoso Jardim, esteve na palestra e conta por que decidiu participar do evento: “Eu espero aprender mais e ajudar moradores próximos da minha comunidade. Os casos de zika são os mais preocupantes agora, principalmente com crianças e grávidas”, afirmou.
A campanha
A campanha “Não Crie Mosquito em Casa” foi lançada semana passada pela Prefeitura de Niterói. Uma grande ação, que envolve várias secretarias e órgãos municipais, será realizada na cidade. As duas principais ferramentas serão uma parceria com a Fiocruz, que terá Niterói como o foco de uma pesquisa que usa mosquitos infectados pela bactéria Wolbachia, capaz de bloquear a transmissão do vírus da dengue no Aedes aegyti, e o lançamento do aplicativo “Sem Dengue”.
Através do novo aplicativo de celular, a população poderá tirar fotos de possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. Como o Sem Dengue é georreferenciado, identificará automaticamente o endereço do local fotografado pelo cidadão. A denúncia do foco será enviada pela internet para a prefeitura e vai ajudar o trabalho dos agentes de controle de endemias. O aplicativo foi desenvolvido pelo Colab, rede colaborativa já utilizada pela prefeitura.
Fonte: Prefeitura de Niterói
Fotos: Bruno Eduardo Alves
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