quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Risco de acidentes com peçonhentos aumenta no verão




O Instituto Vital Brazil alerta a população do Rio de Janeiro para a maior possibilidade de aparecimento de animais peçonhentos (cobras, aranhas e escorpiões) no verão. A atenção deve ser especial para quem mora nas áreas de encosta e no interior do estado, principalmente nas zonas rurais.

Isso porque é nos dias de maior calor que os filhotes das serpentes nascem. No próprio Instituto, os animais já começaram a nascer. Desde o início de dezembro, o plantel já ganhou 17 novos filhotes de jararaca. Nove da espécie Bothrops Moojeni (comum em parte das regiões Sul, Centro Oeste e Central do Brasil) e oito Bothrops jararaca (comum no Rio de Janeiro). -Dependendo da espécie, podem nascer até 50 filhotes, como é o caso da jararacaçu, espécie que tem 16 vezes mais veneno que outras serpentes - afirma Claudio Maurício Vieira, biólogo do Instituto. De acordo com o biólogo, mesmo os animais recém-nascidos já têm o veneno capaz de provocar danos à saúde. Por serem pequenos e em maior número que os adultos, os filhotes representam um risco extra porque a observação é dificultada. O biólogo afirma, ainda, que é importante que o serpentário do Instituto mantenha bichos do mesmo grupo e diferentes espécies para que o pool de venenos usado na produção de soro seja o mais diversificado possível.

Já os escorpiões, que antes eram mais frequentes no inverno, têm sido encontrados no ano todo. Claudio explica que o que ocorre é que atualmente a estação não é mais definida, com períodos de frio intenso.

- Atualmente, há dias no inverno que atingem os 30°C com facilidade - lembra o biólogo.

No caso das aranhas e lacraias, há um aumento da atividade na época de alta umidade, que é o caso do verão. Com a chuva, que provoca a erosão, os animais tendem a descer as encostas e chegar às casas e áreas urbanas. As chances de acidentes aumentam quando há acúmulo de entulhos e de lixo, que atrai insetos e ratos, alimentos para os animais peçonhentos.

Os números do Ministério da Saúde, de 2016, apontam, no Brasil, mais de 160 mil acidentes com animais peçonhentos: 29 mil com aranhas, 26 mil com cobras e 91 mil com escorpiões.


Como evitar acidentes


Para evitar acidentes, o Instituto Vital Brazil informa que deve-se manter a casa sempre limpa, removendo entulhos, madeira e materiais de construção, limpar cantos das paredes, atrás e dentro de armários e guarda-roupas, rebocar paredes e muros. É importante verificar calçados e roupas antes de vestir. Também é recomendável manter gramados aparados e os arredores da casa sempre limpos, evitando o aparecimento de animais que possam servir de alimento para serpentes, aranhas e escorpiões (como baratas e roedores).


Sobre o Instituto


O Instituto Vital Brazil (www.vitalbrazil.rj.gov.br) é uma instituição de ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio de Janeiro ligado à Secretaria de Estado de Saúde. É um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros, um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de animais peçonhentos e produtor de medicamentos estratégicos para o Ministério da Saúde.



Fonte:  Rio Com Saúde

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