quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Ações educativas em saúde: CCZ e Universidade Estácio de Sá se unem para prevenção de leishmanioses

 


No dia 30 de setembro, o setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) participou de ações educativas em saúde sobre Leishmaniose na Sociedade dos Amigos e Moradores de Itacoatiara-SOAMI e na Policlínica Regional de Itaipu a convite do coordenador do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estácio de Sá Marcelo Granja.

O objetivo dessas atividades foi proporcionar aos futuros profissionais de Medicina Veterinária uma imersão no contato social, orientando sobre a prevenção de doenças e manipulação de alimentos. 

O IEC, representado por Cláudio Moreira, atuou de forma colaborativa no projeto unindo forças entre o serviço público, a universidade, e a população.

Durante a Campanha de Vacinação Antirrábica Animal do município, realizada na Policlínica de Itaipu, os alunos abordaram os tutores de cães e gatos após a vacinação dos animais. Eles conversaram sobre a leishmaniose, destacando a importância de conhecer o flebotomíneo, vetor dessa doença, e orientando os moradores a ficarem atentos e utilizarem coleiras específicas para o controle de flebotomíneos em seus animais de estimação.

Já na Sociedade dos Amigos e Moradores de Itacoatiara-SOAMI, também uma região cercada por mata, os alunos aproveitaram o espaço, onde também estava acontecendo a campanha, para sensibilizar os moradores sobre a leishmaniose. 

Com banners ilustrativos, panfletos e folders educativos, os alunos explicaram os riscos da doença e como preveni-la, reforçando a importância de medidas simples, como o uso de coleiras específicas.

A experiência foi um sucesso, segundo Cláudio. A união entre o CCZ, a universidade e a população demonstrou o potencial de ações colaborativas para a promoção da saúde e a prevenção de doenças. Essa parceria possibilitou que os futuros profissionais de Medicina Veterinária colocassem em prática seus conhecimentos e contribuíssem de forma significativa para a sensibilização da comunidade.

Ações como essas são fundamentais para disseminar informações sobre doenças e promover ações preventivas. A união entre instituições e a participação ativa da população são essenciais para construir uma sociedade mais saudável e consciente.


Leishmaniose

A Leishmaniose é uma doença infecciosa causada por um parasita do gênero Leishmania, que se multiplica no interior das células que fazem parte do sistema defensivo do indivíduo, os macrófagos. A transmissão da doença ocorre por meio da picada do mosquito-palha e por insetos hematófagos, conhecidos como flebotomíneos ou flebótomos. A doença é considerada majoritariamente tropical, sendo mais comum em países de clima quente e úmido, como certas regiões do Brasil.

Existem dois tipos principais de Leishmaniose: a visceral e a cutânea. A Leishmaniose visceral é uma doença sistêmica que afeta os órgãos das vísceras, como o baço e o fígado, além da medula óssea. Os sintomas incluem febre, tosse, dor abdominal, anemia, hemorragias, imunodeficiência, perda de peso, diarreia, fraqueza, aumento do fígado e do baço, além de inchaço nos linfonodos. Já a Leishmaniose cutânea causa feridas na pele que podem evoluir para feridas nas mucosas, como a boca e o nariz. As feridas causadas pela Leishmaniose cutânea são avermelhadas, ovaladas e com bordas delimitadas.

Não há vacina contra as leishmanioses humanas até o momento. Para prevenir a doença é recomendado manter as áreas ao redor da residências e os abrigos de animais de estimação limpos e realizar podas de árvores para não se criar ambientes sombreados e evitar acúmulo de lixo orgânico para manter roedores afastados.









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