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quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Celebrando o Dia Mundial dos Animais e o trabalho do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói! 🌍🐾

 


Hoje é o Dia Mundial dos Animais, uma data especial em que honramos todas as espécies que compartilham nosso planeta. 🌍🐾 Mas também é uma oportunidade de reconhecer e valorizar o importante trabalho realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses de Niterói em prol do bem-estar animal e da saúde humana.

O CCZ desempenha um papel fundamental na prevenção, monitoramento e controle de zoonoses, garantindo que nossos animais estejam protegidos e que a saúde da população seja preservada. 🏥💉

Neste Dia Mundial dos Animais, queremos expressar nossa gratidão a toda a equipe do CCZ pelo incansável trabalho realizado, seja na vacinação, no controle de doenças, na educação da população, entre outros. Vocês fazem a diferença! 🙌🐶🐱

Vamos aproveitar essa data para sensibilizar e incentivar a população sobre a importância de adotar medidas preventivas, como a vacinação, a castração e os cuidados básicos com seus animais de estimação. 🩺🐾 Lembrando que no próximo sábado, dia 07/10 será a última etapa da Campanha de Vacinação Antirrábica Animal do município,  oportunidade de colocar a vacinação dos cães e gatos em dia.

Juntos, podemos criar um ambiente mais seguro e saudável para nossos amigos peludos e para nós mesmos. 🤝❤️🐾

Feliz Dia Mundial dos Animais! 🌍🐾



terça-feira, 23 de junho de 2020

Covid-19: pesquisador esclarece quais cuidados devem ser tomados com os animais domésticos




A pandemia do novo coronavírus não afetou apenas os humanos. Em vários países, aumentou o número de animais domésticos abandonados. Uma das causas para isso é, provavelmente, econômica. Mas o receio de que os pets sejam vetores da Covid-19 também pode ter colaborado para o problema. O que é um equívoco: apesar da falta de estudos mais aprofundados sobre o tema, o risco de animais contraírem Covid-19, ou contaminar seus próprios donos, praticamente não existe. É o que explica o médico veterinário Paulo Abilio Varella Lisboa, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz. Que acrescenta: em vez de perigo, animais domésticos podem ser muito benéficos para a saúde, em tempos de isolamento, ao colaborarem para diminuir o estresse e a ansiedade dos humanos. Nesta entrevista, ele explica os cuidados com a higiene dos bichos, que devem ser tomados mesmo fora do período pandêmico.  

Icict: Qual o risco da Covid-19 para cães e gatos domésticos? Eles podem se contaminar e até morrer?
Paulo Abilio Lisboa: Até agora, há menos de 25 relatos em todo o mundo de cães e gatos de estimação infectados com SARS-CoV-2, e nenhum relato de animais positivos no Brasil. Isso apesar de, em 9 de junho, o número de pessoas infectadas ultrapassar 6,2 milhões no mundo e mais de 740 mil casos no Brasil. Além disso, nenhum relatório oficial publicado sugere que animais de estimação sejam fonte de infecção para seres humanos. Há evidências de que as infecções nos animais são geralmente resultado de um contato próximo de pessoas — tutores ou tratadores — infectadas com Covid-19. Mas há pouca ou nenhuma evidência de que os animais domésticos sejam facilmente infectados com SARS-CoV-2. E, considerando que a população mundial de cães e gatos está em torno de 2 bilhões, o número de animais infectados representa menos de 0,001% do total e, por isso, não representa nenhum risco potencial de transmissão para outros animais ou pessoas.

Icict: Mesmo que não se contaminem, cães e gatos domésticos podem transmitir a doença a seres humanos ou levar o vírus para dentro da casa de seus donos, oferecendo risco de contaminação? 
Paulo Abilio Lisboa: Não há evidência ou estudos nesse sentido. Os poucos animais infectados parecem ter adquirido a infecção dos seus donos, pelo contato direto, e não o inverso. Tampouco há evidência de que animais sejam vetores mecânicos ou possam carregar o vírus, ou que o vírus possa se replicar nos animais. 

Icict: O vírus pode grudar no pelo do animal? A sujeira que as patas trazem da rua pode representar risco? E as fezes e urina dos animais, podem transmitir o vírus?
Paulo Abilio Lisboa: Em teoria, um tutor pode infectar os animais através do espirro ou da tosse e a partir de partículas em suspensão. Porém não há estudos que mostrem a permanência do vírus nos tecidos cutâneos (pele e pelos) de cães e gatos. Em teoria, animais que circulam ou possam ter acesso a áreas contaminadas na rua poderiam carregar o vírus para dentro de casa, mas não há estudos demonstrando essa evidência. De qualquer forma, é recomendável a higienização das patas e do focinho com uma combinação de água e sabão neutro em pano umedecido. Mas essa higienização deveria ser feita habitualmente em todos os animais que vão à rua, independentemente da epidemia. Sobre urina, fezes e também saliva, não há nenhum estudo ou evidência cientifica da transmissão do vírus.

Icict: É recomendável os donos adotarem alguma mudança de atitude com seus animais domésticos por causa da epidemia? Como, por exemplo, reforçar alguma medicação preventiva ou mudar a alimentação? 
Paulo Abilio Lisboa: Não há necessidade de nenhuma mudança. Os cuidados de saúde já utilizados pelo dono devem ser mantidos, inclusive os calendários de vacinação e emergências médicas. As clínicas veterinárias e os profissionais veterinários são classificados como atividades essenciais e estão trabalhando normalmente.

Icict: Deve-se usar álcool em gel para limpar cães e gatos domésticos?
Paulo Abilio Lisboa: Não. O álcool em gel ou o álcool líquido em todas as suas concentrações pode ser abrasivo para a pele dos cães e gatos, principalmente se utilizado de forma rotineira ou crônica, e ocasionar lesões alérgicas ou tópicas.

Icict: Cloroquina pode ser usada também para cães e gatos? 
Paulo Abilio Lisboa: Não. Não existe nenhuma indicação da cloroquina ou hidroxicloroquina para uso em animais, assim como os estudos não apontam sua eficácia nas pessoas. 

Icict: É verdade que a epidemia aumentou o abandono de animais domésticos por seus donos?
Paulo Abilio Lisboa: Percebemos um maior abandono por conta de notícias veiculadas pela imprensa e a partir de ONGs e grupos de apoio e cuidados de animais. Há três fatos a considerar. Em primeiro lugar, as notícias iniciais de que cães e gatos foram infectados pelo SARS-CoV-2, o que gerou uma primeira onda de medo e abandonos por conta da desinformação e fake news. Em seguida, houve o abandono intencional, que possui duas características de cunho muito social. Em várias regiões, famílias ou pessoas idosas – que viviam de forma isolada ou sozinhas e que, por conta da quarentena, foram morar com outros parentes – tiveram que migrar ou abandonar sua moradia e, em muitos casos, não tiveram condições de levar o animal que morava com elas. Por outro lado, houve aspectos socioeconômicos: algumas pessoas, por desemprego ou diminuição da renda, abandonaram animais próximos a instituições ou parques públicos, ou mesmo nas ruas, para diminuir a responsabilidade sobre os cuidados do animal. E, por fim, alguns tutores pediram ajuda exatamente por conta de pessoas que abandonaram as casas e deixaram os animais. E isso aconteceu de forma mundial, principalmente nos EUA, que tem os dois maiores abrigos de animais do mundo, em Denver e Nova York.

Icict: A notícia vinda da Europa de que os donos de gatos teriam alguma imunidade contra a Covid-19 faz sentido?
Paulo Abilio Lisboa: Tivemos relatos neste sentido, a partir da publicação de uma médica na Espanha, que observou que tutores de gatos tinham sinais menores em relação à doença ou não apresentavam sintomas. A informação da médica da Espanha é observacional e sem base científica nenhuma. Por isso, não devemos considerar essa hipótese. Mas temos outro aspecto menos falado que é o papel dos animais domésticos na casa das pessoas, diminuindo a sensação de isolamento e criando um momento diário de convívio e felicidade – reduzindo assim o estresse e a ansiedade, contribuindo com a saúde mental em tempos de isolamento. Pessoas felizes tem menos estresse e têm melhor escore imunológico, sendo naturalmente menos suscetíveis a doenças.

Icict: Outros animais domésticos – como papagaios, canários, periquitos, calopsitas, hamsters – podem representar risco de contaminação para seus donos? 
Paulo Abilio Lisboa: Não temos evidências (relatos, estudos ou pesquisas) de outros pets se infectarem pelo SarsCov-2. 

Icict: Morcegos, que eventualmente entram em casas, são um risco de Covid-19 para os humanos? O SARS-CoV-2 veio mesmo de um morcego? 
Paulo Abilio Lisboa: Não, morcegos não representam risco. No Brasil a maior preocupação em relação aos morcegos é a possível transmissão do vírus da raiva. Sobre a origem do SARS-CoV-2, temos dois cenários possíveis. O primeiro tem o vírus evoluindo através de seleção natural em um hospedeiro não humano e pulando para humanos. Não há casos documentados de transmissão de um coronavírus de morcego para humanos. Mas todos os coronavírus anteriores passaram por um hospedeiro mamífero intermediário antes da infecção humana. A identidade do hospedeiro intermediário SARS-CoV-2 é atualmente desconhecida, mas vários animais foram sugeridos, principalmente pangolins. Em um cenário alternativo, uma versão não patogênica do vírus teria pulado de um hospedeiro animal para humano e depois evoluído dentro de humanos para seu estado patogênico atual. Mas nenhuma dessas hipóteses foi confirmada até o momento.

Icict: E os micos que entram pelas janelas em alguns prédios e casas próximo de matas? Apresentam risco? 
Paulo Abilio Lisboa: Também não há qualquer relato de infecção do Sars-CoV-2 em primatas. Assim, não há risco de transmissão de micos ou primatas para o homem. 

Icict: E nas fazendas? Vacas, cavalos, cabras, patos, porcos, esses animais trazem algum risco? 
Paulo Abilio Lisboa: Não temos nenhum relato de infecção de Sars-CoV-2 em animais de produção. Assim, também não há risco de transmissão.


22/06/2020
Por: PH de Noronha (Icict/Fiocruz)


Fonte:  Icict/Fiocruz
Imagem:  Google

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Dúvidas sobre os impactos da Covid-19 em animais de estimação?





Em tempos de pandemia ocasionada pela Covid-19, surgem incertezas sobre como isso pode afetar seu convívio com os animais de estimação (pets). Diante dessa questão, o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói, em parceria com o curso de Residência em Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense (UFF), disponibiliza desde abril um canal de comunicação para esclarecer dúvidas nesse sentido.

O serviço tem como objetivo sanar as principais dúvidas dos tutores de cães e gatos, orientar quanto à melhor maneira de cuidar dos animais nesse momento de pandemia, e informar sobre a relação coronavírus e animais domésticos no que tange à nossa proteção e a dos nossos melhores amigos (pets).

O atendimento é realizado por dois residentes de medicina veterinária, de segunda à sexta-feira, das *9h às 15h, por meio do telefone (21)2613-3246 do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde.

*Novo horário de expediente, em vigor a partir de 28/05/2020, em função da pandemia da Covid-19. 

Veja também:

segunda-feira, 27 de abril de 2020

O que fazer com nossos melhores amigos em tempos da pandemia da covid-19?




Por Natalia Albuquerque, pesquisadora do Laboratório de Etologia Canina do Instituto de Psicologia da USP, e outros*


No último dia 20 de abril, um grupo de 13 pesquisadores do Laboratório de Etologia Canina (Leca) do Instituto de Psicologia (IP) da USP, coordenado pela professora Carine Savalli, docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e orientadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Experimental da USP, tornou público o documento intitulado “Cães e gatos domésticos em tempos da pandemia da covid-19”. Trata-se de um artigo cientificamente fundamentado, atualizado e de linguagem acessível, que conta ainda com o apoio de mais de 60 cientistas de diversas áreas e de outros nove laboratórios que endossam o documento.

Divulgado em formato pdf, teve mais de 500 visualizações no Research Gate (repositório de trabalhos científicos) em menos de 48 horas de ter se tornado público, além das centenas de visualizações e compartilhamentos nas redes sociais. Frente à divulgação de informações equivocadas e dados inconclusivos que sugerem que cães e gatos possam ser agentes transmissores da covid-19, as taxas de abandono e de eutanásia de animais saudáveis vêm aumentando ao redor do mundo.

Por isso, o artigo foi elaborado com o intuito de esclarecer a situação e fornecer informações que vão garantir o bem-estar de todos: cães, gatos e pessoas. O contato com cães e gatos traz uma série de benefícios para nós, físicos, fisiológicos e psicológicos.

Até o momento, todas as evidências mostram que o meio de transmissão do vírus que gerou e vem sustentando a pandemia acontece entre humanos, ou seja, de pessoa para pessoa. Cães e gatos não desenvolvem a covid-19. Cães e gatos não transmitem a covid-19 para pessoas.

Segue trecho extraído do documento original:

Cães, gatos e seres humanos coexistem há milhares de anos. Apesar das prováveis diferenças nos caminhos evolutivos que percorreram até se tornarem cães e gatos domésticos como os conhecemos hoje, o certo é que muito aconteceu durante a domesticação e que as pessoas e esses animais tiveram que se adaptar para tornar a convivência pacífica, harmoniosa, vantajosa, funcional e tão próxima.

Só no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou em 2013 uma população de 52,2 milhões de cães (a segunda maior do mundo em termos de cães domiciliados) e 22,1 milhões de gatos – podemos supor que atualmente esse número é muito maior.

Dados surpreendentes foram apresentados nessa pesquisa: há mais animais de estimação nas casas dos brasileiros do que crianças! E alguns estudos vêm mostrando que a grande maioria dos tutores consideram esses animais membros da família. Agora, em 2020, essa relação parece estar sendo colocada em xeque. E o motivo disso? A pandemia da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus  humano (Sars-CoV-2), que se alastrou pelo mundo inteiro.

Das evidências que existem até agora, o que pode ser concluído é que é preciso muito mais pesquisa para se entender o potencial que o Sars-CoV-2 possui de infectar animais não humanos. Até o momento, podemos afirmar que cães e gatos não são fontes de infecção para outros animais nem para seres humanos. Ou seja, não existe qualquer evidência científica de que cães e gatos possam contrair a covid-19 ou transmitir o novo coronavírus humano para pessoas. O que sabemos é que o vírus é transmitido de pessoas para pessoas.

O ideal é ficar em casa com seus animais de estimação. No entanto, se seu cão, por exemplo, precisa sair para urinar e/ou defecar, é necessário tomar alguns cuidados. Primeiramente, para as pessoas, os cuidados de higiene (lavagem das mãos com sabão e uso de álcool em gel) e de proteção normais (uso de máscara e manter distância de, pelo menos, um metro de outra pessoa), indicados pelos órgãos de saúde nacionais e internacionais.

O máximo de cautela é necessário, como evitar lugares com aglomeração de pessoas, assim como períodos de maior movimentação. Além disso, por mais que não possam ser infectados, os animais podem carregar o vírus nas patas, no pelo, na coleira, no focinho e na boca, se entrarem em contato com alguma superfície contaminada, assim como as pessoas podem carregar o vírus nos sapatos, nas mãos, na roupa, nos acessórios, no celular, na boca, nariz e olhos. Por isso, para os animais, uma medida importante é limpar principalmente as patas antes de entrar em casa: lavar com água e sabão ou sabonete neutro e secar bem depois para evitar que as patas fiquem úmidas. A coleira também deve ser lavada, de preferência com sabão e produtos bactericidas.

Consulte seu veterinário para saber o que é mais apropriado para o seu cão ou seu gato. Por último, se você sai para passear com seu animal de estimação, precisa ter em mente que poderá se aproximar e/ou ter contato com alguma outra pessoa, que pode estar infectada – essa sim será um agente de transmissão ativo da doença.

Durante esta pandemia, além dos cuidados de higiene e distanciamento físico-social, é preciso cuidar do sistema imunológico, manter-se ativo e cuidar da sua saúde mental. E você pode garantir tudo isso com seu animal de estimação! Brincar com seu cão e/ou seu gato pode ser uma ótima atividade, que não somente será benéfica para seu corpo, mas também produzirá hormônios que ajudarão na sensação de bem-estar. Ainda, a interação com seu animal de estimação é uma importante fonte de contato social. Por exemplo, acariciar seu cão e/ou seu gato, auxiliará na produção de hormônios como a ocitocina, que é conhecida como o hormônio do amor, e na redução do cortisol, um hormônio do estresse.  Ou seja, em tempos de incerteza e de crise, ter seu animal de estimação por perto, podendo você ficar em casa ou não, trará grandes benefícios para sua saúde física e mental.

O vínculo afetivo que criamos com nossos cães e gatos nos ajuda a manter nosso equilíbrio emocional nesse momento. Da mesma maneira, interagir positivamente com seu animal de estimação também ajuda na estabilidade emocional e saúde mental deles, reduzindo a ansiedade e estresse do seu cão e/ou gato juntamente com o seu.

Para gatos, é importante que a rotina continue sem muitas mudanças. Então, se você já brincava com seu gato nas manhãs e noites após voltar do trabalho, mantenha essa rotina. Durante a tarde, período naturalmente mais ocioso para eles, deixe-os descansarem e não os acorde. Brinquedos que estimulem a parte cognitiva e alimentar são muito interessantes: caixas com petiscos, comedouros lentos; juntamente com brincadeiras ativas feitas pelas(os) tutoras(es) e que estimulem a caça, como bolinhas de papel, varinhas com penas etc. Permitir arranhadura em locais adequados, escovação (se o gato gostar, claro), novas tocas de papelão e um local de descanso em sua mesa de trabalho são também aspectos importantes e que podem trazer mais bem-estar nessa época em que estamos muito em casa. Esses detalhes na relação podem assegurar o bem-estar dos nossos animais.

Para cães, ensinar alguns truques novos é uma ótima forma de estimulá-los mentalmente, gastar energia e ainda aprender a se comunicar melhor com eles. Mantenha os treinos curtos e recompense com petiscos, brincadeiras e atenção. Atividades envolvendo a parte alimentar, como brinquedos recheáveis ou “quebra-cabeças” com petiscos são muito interessantes, além de atividades que estimulem seus sentidos. Você pode, por exemplo, esconder alguns petiscos em panos, caixas ou ao redor da casa para seu cão farejar. Se vocês tinham um horário de passeio fixo, use esse momento para alguma dessas atividades ou brincadeiras!

Precisamos pensar nos nossos cães e gatos da mesma forma que pensaríamos nas pessoas da nossa família. Manter o bem-estar do seu animal de estimação também deve ser uma prioridade agora. É exatamente nas horas de crise que precisamos estar mais dispostos a cuidar daqueles que nos fazem tão bem.

Quando trazemos um animal para nossa casa e para nossa família, nos tornamos integralmente responsáveis por ele. Isso quer dizer que não somos somente responsáveis por garantir alimento e abrigo, mas, especialmente, que somos responsáveis por assegurar que tenham um bom bem-estar. Mesmo em tempos de dificuldade, você é responsável pela saúde física e mental do seu animal de estimação. Não se esqueça disso. E não se esqueça que abandono é crime, assim como eutanásia de animais saudáveis.

* Carine Savalli, Naila Fukimoto, Adriano Affonso Mariscal, Ana Paula Pupe, Ane Magi, Carolina Wood, Eliane Obata, Flavio Ayrosa Filho, Francisco Cabral, Juliana Werneck, Mariana Hess e Michaella Andrade, do Laboratório de Etologia Canina do Instituto de Psicologia da USP.


Fonte:  Jornal da USP
Imagem cão e gato:  pesquisa Google.



quarta-feira, 15 de abril de 2020

Proex-UFF divulga o vídeo "Animais de estimação e os cuidados na COVID-19"


A Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal Fluminense (Proex-UFF) divulga o vídeo "Animais de estimação e os cuidados na COVID-19" em parceria com o professor Sávio Bruno, coordenador extensionista da Faculdade Medicina Veterinária -UFF.

No vídeo, Sávio Bruno, professor do Departamento de Patologia e Clínica Veterinária e especialista em medicina de animais selvagens, compartilha conhecimentos sobre coronavírus, COVID-19 e as relações das pessoas com animais de estimação.  O acadêmico destaca que nenhum dos coronavírus até hoje descritos foram comprovadamente transmitidos diretamente para os humanos a partir dos animais domésticos, e ainda dá dicas de como cuidar dos pets nesse momento de pandemia.




Veja também:


Fonte:  Proex-UFF



segunda-feira, 13 de abril de 2020

CCZ abre canal para esclarecer dúvidas sobre Covid-19 e os animais de estimação





A partir desta segunda-feira (13/04), o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói vai oferecer à população uma linha telefônica para esclarecimentos sobre a doença Covid-19 e os animais de estimação, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF).

O chefe do CCZ, Fabio Villas Boas, explica que essa ampliação do trabalho é fundamental nesse momento de pandemia.

"Estamos ampliando e qualificando ainda mais o nosso trabalho como órgão de Saúde Pública, atuando na promoção e proteção da saúde das pessoas e preocupados com a proteção e bem estar dos animais", conta Fabio.

O serviço será realizado de segunda à sexta-feira, das 9h às 15h, por dois residentes de medicina veterinária, por meio do telefone (21)2613-3246 do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde.


sexta-feira, 27 de março de 2020

Como lidar com o seu pet durante a pandemia do novo coronavírus?


O virologista Paulo Brandão, da FMVZ, tira dúvidas sobre cuidados com animais de estimação em meio à covid-19; confira o vídeo


O professor explicou que cães e gatos não são hospedeiros do novo coronavírus,
ou seja, não o contraem e nem o transmitem – Foto: via Pixabay

O professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP Paulo Eduardo Brandão, virologista que pesquisa o coronavírus há mais de 20 anos, tira dúvidas e traz informações sobre como lidar com os pets durante a pandemia de covid-19.

No vídeo produzido pelo canal Luz, Câmera e Ciência VPS, Brandão informa que cães e gatos não são hospedeiros do novo coronavírus, ou seja, não o contraem e nem o transmitem. Esses animais possuem outros tipos de coronavírus que não infectam humanos.

Apesar disso, o especialista ressalta que alguns cuidados devem ser tomados, pois os animais podem ser carregadores involuntários do SARS-CoV-2, através do pelo e da coleira, por exemplo. Se você mora sozinho com seu animal de estimação, os dois devem ficar todo o período em quarentena. Já se você mora com outras pessoas e possui um ou mais animais de estimação, a pessoa em quarentena deve ficar isolada tanto do pet quanto das outras pessoas.

Com relação a animais exóticos, como répteis e anfíbios, o professor explica que esse tipo de animal não tem e não transmite o SARS-CoV-2, como também nenhum outro vírus da família coronavírus, que ficam restritos a aves e mamíferos.

Brandão também destaca a importância de não se usar vacina contra coronavírus para cães e bovinos. O coronavírus que infecta humanos é um “primo” geneticamente distante do coronavírus animal. Assim, essas vacinas não dão proteção contra a covid-19. Além disso, vacinas para animais e humanos possuem formulações diferentes, e podem causar efeitos colaterais.


Confira o vídeo completo:   https://youtu.be/2h8vc-voPNQ


Fonte:  Jornal da USP


sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

O uso abusivo de antibióticos em animais de estimação






A população de animais de estimação, os chamados ‘pets’, cresce no Brasil. Em 2013, segundo dados do IBGE, publicado em seu relatório “População de animais de estimação no Brasil”, o país tinha 132,4 milhões de ‘pets’, sendo o terceiro país no mundo em animais de estimação; o segundo em número de cães, gatos e aves canoras e ornamentais. Dados atualizados do Instituto Pet Brasil informam que, em 2018, a população estimada de ‘pets’ era de 139,3 milhões.

Para se ter uma ideia, o crescimento da população brasileira entre 2013 e 2018, conforme os dados do IBGE, foi de 4,25%, já o de animais de estimação para o mesmo período foi de 5,21%. E esse aumento se reflete na indústria, que movimentou em 2018, 20,3 bilhões de reais, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação – Abinpet.

E quando se fala na saúde dos animais, para o período de 2017-2018, esse aumento foi de 10% para o chamado ‘Pet Vet’, que compreende “as indústrias e integrantes da cadeia de distribuição de medicamentos veterinários” (e não estão incluídos aí os atendimentos veterinários, os chamados ‘Pet Serv’, que abrangem o comércio e serviços para animais de estimação).


Saúde animal

Doenças como otites, infecção renal, Erlichiose (a doença do carrapato), dentre outras, são extremamente comuns aos ‘pets’ e o receituário de antibióticos se faz necessário. Contudo, a automedicação de antibióticos feita pelos donos de animais pode induzir a uma falsa cura e piorar a saúde dos ‘pets’. Para falar sobre o tema, o projeto Fiocruz no Ar ouviu o médico veterinário e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Paulo Abílio, que explicou os riscos do uso abusivo de antibióticos nos ‘pets’.


SoundCloud Fiocruz no Ar: https://soundcloud.com/user-881543515/fiocruz-no-ar-antibioticos-e-pets






Sobre o Projeto Fiocruz no Ar

O Projeto Fiocruz no Ar produz podcasts para serem distribuídos para rádios interessadas em veicular – gratuitamente – informação de qualidade, tendo como referência a expertise de 120 anos da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ, do Ministério da Saúde. A distribuição do material também é feita pelo Whatsapp, para que a informação chegue a um maior número de pessoas.

O Projeto é uma iniciativa da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação -VPEIC, da Fundação Oswaldo Cruz/Ministério da Saúde.



Fonte:  Fiocruz