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sábado, 9 de setembro de 2023

Atenção, Niterói! Está chegando a Campanha de Vacinação Antirrábica Animal 2023!

 



Está chegando a Campanha de Vacinação Antirrábica Animal 2023! 🗓️🙌 Marque na sua agenda as datas: 16/09, 23/09, 30/09 e 07/10. Serão 4 etapas para imunizar os nossos queridos pets contra a raiva.

No próximo sábado, dia 16/09, começa a campanha e será a vez da Região Praias da Baía (Centro e Zona Sul), além do Horto do Fonseca, a receber a vacinação. Não deixe de levar o seu animalzinho até um dos postos próximos a você! Procure a unidade do Programa Médico de Família ou Policlínica Regional mais próxima e garanta a proteção do seu pet.

Todos os cães e gatos, machos e fêmeas, a partir dos três meses de idade, devem ser vacinados. A vacina é segura e não possui contraindicações, proporcionando a saúde e bem-estar dos nossos fiéis companheiros.

Lembre-se das orientações importantes: os cães devem estar com coleira, e nos casos de animais de grande porte, é necessário o uso de focinheira. Já os gatos devem ser levados em caixas de transporte, pois eles podem se estressar e fugir. É responsabilidade do condutor fazer a contenção do animal, enquanto o vacinador realizará a aplicação da dose.

Contamos com a sua colaboração para fazer dessa campanha um sucesso! Vamos juntos proteger os nossos amiguinhos de quatro patas da raiva e garantir a segurança de toda a comunidade.

Compartilhe essa informação com seus amigos e vizinhos, para que todos possam participar e cuidar dos seus pets. A saúde deles está em nossas mãos! 🐶🐱💉

CLIQUE NAS IMAGENS PARA CONFERIR A DATA E OS LOCAIS DE VACINAÇÃO DA SUA REGIÃO:






terça-feira, 15 de agosto de 2023

CAMPANHA DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA ANIMAL 2023 EM NITERÓI

 




A Campanha de Vacinação Antirrábica Animal 2023, no município de Niterói, acontecerá em 4 etapas nos meses de setembro e outubro (16/09; 23/09; 30/09; 07/10). As vacinas serão aplicadas sempre aos sábados, das 8 às 17 horas, em uma das quatro regiões da cidade de cada vez.

No dia que a vacinação estiver acontecendo na sua região, é muito importante levar o seu animalzinho em um dos postos próximos a você (procure a unidade do Programa Médico de Família ou Policlínica Regional mais próxima a Você). Os cães e gatos, machos e fêmeas, a partir dos três meses de idade, deverão ser vacinados. A vacina é bastante segura e não tem contraindicações.

Para levar para vacinar, os cães devem ser conduzidos por coleiras e, em casos de grandes, com focinheiras. Os gatos devem ser levados em caixas de transporte, uma vez que esses animais se estressam facilmente e podem fugir. A pessoa que for conduzir um animal para vacinar deve saber fazer a contenção e ter autoridade sobre ele. A contenção é de responsabilidade do condutor, cabendo ao vacinador apenas a aplicação da dose.

REGIÃO PRAIAS DA BAIA (16/09/2023)

• CLUBE PORTUGUÊS - Rua Lara Vilela, 172 – Ingá.
• PMF JURUJUBA - Av. Carlos Ermelino Marins, s/nº - Jurujuba.
• PMF PREVENTÓRIO II - Av. Quintino Bocaiúva, s/nº - Charitas.
• PMF GROTA II - Rua Arcedino Pereira, 335 – São Francisco.
• PMF CAVALÃO - Alameda Paris, s/nº - São Francisco.
• PMF MARTINS TORRES - Rua Martins Torres, nº 281.
• PMF SOUZA SOARES - Rua Lions Club, 37 – Santa Rosa.
• PMF VIRADOURO - Rua Mario Viana, 790 – Viradouro.
• PMF ALARICO - Estrada Alarico de Souza, s/nº - Santa Rosa.
• POLICLÍNICA CARLOS ANTONIO DA SILVA - Av. Jansen de Melo, s/nº - Centro.
• ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO CUBANGO, SANTA ROSA e VITAL BRAZIL - Rua Itaperuna, 19 - Santa Rosa.
• POLICLÍNICA ALMIR MADEIRA - R. Prof. Hernani Melo, 103 - São Domingos.
• POLICLÍNICA REGIONAL SERGIO AROUCA - Praça Vital Brazil, s/nº - Santa Rosa.
• UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE MORRO DO ESTADO - Rua Araújo Pimenta, s/nº.
• HOSPITAL MUNICIPAL CARLOS TORTELLY (ANTIGO CPN) – BAIRRO DE FÁTIMA.
• ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SÃO FRANCISCO - Av. Rui Barbosa, 400 - loja 104.
• ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO MORRO DA PENHA – Ponta D’areia.
• UMEI ROSALDA PAIM - Rua Dr. Celestino, 122 – Centro.
• HORTO DO FONSECA - Alameda São Boaventura, 770 - Fonseca (próximo à quadra).
• CAMPO DE SÃO BENTO – Entrada pelo portão 1, Rua Lopes Trovão, s/nº Icaraí (ref.: Torre Mirante).
• CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES - Coronel Miranda, 18 - Ponta D’Areia.
• CAMINHO DO TEATRO POPULAR (ATRÁS DO TERMINAL JOÃO GOULART) em um posto drive-thru. Rua Jornalista Rogério Coelho Neto, s/nº - Centro.


REGIÃO NORTE (23/09/2023)

• PMF MARÍTIMOS - Av. Machado, s/nº - Barreto.
• PMF MARUÍ - Rua Monsenhor Raeder, 151 - Barreto.
• PMF NOVA BRASÍLIA - Avenida João Brasil, s/nº - Engenhoca.
• PMF BALDEADOR - Loteamento Bento Pestana, s/nº - Baldeador.
• PMF TEIXEIRA - Rua Teixeira de Freitas, s/nº - Fonseca.
• ESCOLA DE SAMBA SABIÁ - Rua Tenente Osório, s/nº - Fonseca.
• PMF CARAMUJO - Rua Pastor José Gomes de Souza s/nº - Caramujo.
• PMF VIÇOSO – Estrada do Viçoso Jardim, s/nº - Viçoso Jardim.
• PMF BERNARDINO - Rua Sá Barreto, 107 – Fonseca.
• PMF JONATHAS BOTELHO - Travessa Jonathas Botelho, 133 – Cubango.
• PMF BOA VISTA - Rua Indígena, 200 - São Lourenço.
• PMF ILHA DA CONCEIÇÃO - Rua Jornalista Sardo Filho, 196 - Ilha da Conceição.
• POLICLÍNICA REGIONAL DA ENGENHOCA - Av. João Brasil, s/nº - Engenhoca.
• POLICLÍNICA DR. GUILHERME TAYLOR MARCH - Rua Desembargador Lima Castro, 238 - Fonseca.
• UBS SANTA BÁRBARA - Rua Jandira Pereira, 625 - Santa Bárbara.
• PRAÇA MAGALDI - Rua Santo Onofre 12 - Riodades - Fonseca. 
ASSOCIAÇÃO FLUMINENSE DE AMPARO AOS CEGOS - Rua Padre Leandro, 18 - São Lourenço (Ponto Cem Réis, ao lado da Paróquia São Lourenço).
• ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO TENENTE JARDIM - Rua Dr. March, s/nº (antiga praça do coreto).
• HORTO DO BARRETO - Av. Dr. Luiz Palmier, s/nº (Parque Palmir Silva).
HORTO DO FONSECA - Alameda São Boaventura, 770 - Fonseca (próximo à quadra).
• CAMPO DE SÃO BENTO – Entrada pelo portão 1, Rua Lopes Trovão, s/nº Icaraí (ref.: Torre Mirante).
• CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES - Coronel Miranda, 18 - Ponta D’Areia.
• CAMINHO DO TEATRO POPULAR (ATRÁS DO TERMINAL JOÃO GOULART) em um posto drive-thru. Rua Jornalista Rogério Coelho Neto, s/nº - Centro.


REGIÃO OCEÂNICA (30/09/2023)

• ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO ENGENHO DO MATO - Estrada Irene Lopes Sodré, s/nº - Engenho do Mato.
• PARQUE RURAL DO ENGENHO DO MATO - Rua São Sebastião, s/nº - Engenho do Mato.
ASSOCIAÇÃO MORADORES MARAVISTA (ao lado do PMF) - Rua Arthur da Costa Menezes Q 209 Lote 41 - Maravista.
• PMF VÁRZEA - Estrada Velha de Maricá, s/nº - Várzea das Moças
• PMF COLÔNIA - Praia de Itaipu – Colônia dos Pescadores.
• PMF CAFUBÁ I - Av. Raul de Oliveira Rodrigues, s/nº – Cafubá.
• PMF CAFUBA II - Rua Vereador Luiz Erthal, Lt. 05, Qd. 69 – Cafubá.
• PMF CAFUBA III - Rua Manoel Pacheco de Carvalho, 107 – Piratininga.
• POLICLINICA REGIONAL DE PIRATININGA - Rua Marcolino Gomes Candau, 111.
• POLICLÍNICA ITAIPU – Estrada do Engenho do Mato s/nº - Itaipu.
• CLÍNICA VETERINÁRIA VETPRIME - Rua Nicarágua, 226 - Itaipu.
• SOPRECAM – Associação dos Moradores de Camboinhas.
• SOAMI – Associação dos Moradores de Itacoatiara.
• VETMAR - Rua José Joaquim Pereira Caldas, 74 - Piratininga.
• ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO JACARÉ - Rua Frei Orlando, s/nº - Jacaré.
• HORTO DO FONSECA - Alameda São Boaventura, 770 - Fonseca (próximo à quadra).
• CAMPO DE SÃO BENTO – Entrada pelo portão 1, Rua Lopes Trovão, s/nº Icaraí (ref.: Torre Mirante).
• CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES - Coronel Miranda, 18 - Ponta D’Areia.
• CAMINHO DO TEATRO POPULAR (ATRÁS DO TERMINAL JOÃO GOULART) em um posto drive-thru. Rua Jornalista Rogério Coelho Neto, s/nº - Centro.


REGIÃO PENDOTIBA (07/10/2023)

• PMF MACEIÓ - Rua José Bento Vieira Ferreira, s/nº - Largo da Batalha.
• PMF CANTAGALO - Avenida Nelson de Oliveira e Silva, 63 - Cantagalo.
• PMF MATAPACA - Rua Aurora Ribeiro, 05 - Pendotiba.
• PMF ATALAIA - Rua Padre José Euger, s/nº - Atalaia.
• BAR DO FRANCISCO TEM TUDO - Estrada Alcebiades Pinto, 989 - (em frente PMF Badu).
• ESCOLA MUNICIPAL VILA COSTA MONTEIRO - Rua Vila Costa Monteiro, s/nº - Ititioca.
• PMF SAPÊ - Rua E, s/nº - Sapê.
• ANEXO DA POLICLÍNICA DO LARGO DA BATALHA - Rua Armando Ferreira, 30 – Largo da Batalha.
• COLÉGIO ESTADUAL PAULO ASSIS RIBEIRO - Estrada Caetano Monteiro, 814 - Pendotiba.
• CENTRO COMUNITÁRIO DE MARIA PAULA - Av. França, 68.
• DESTACAMENTO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO (DPO) VILA PROGRESSO - Vila Progresso.
• ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO RIO DO OURO - Estrada Velha de Maricá (Atual RJ100) nº 194 Rio do Ouro.
HORTO DO FONSECA - Alameda São Boaventura, 770 - Fonseca (próximo à quadra).
• CAMPO DE SÃO BENTO – Entrada pelo portão 1, Rua Lopes Trovão, s/nº Icaraí (ref.: Torre Mirante).
• CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES - Coronel Miranda, 18 - Ponta D’Areia.
• CAMINHO DO TEATRO POPULAR (ATRÁS DO TERMINAL JOÃO GOULART) em um posto drive-thru. Rua Jornalista Rogério Coelho Neto, s/nº - Centro.


segunda-feira, 6 de março de 2023

Anvisa aprova nova vacina para a dengue

 



A vacina Qdenga, da empresa Takeda, está indicada para uso entre 4 e 60 anos de idade.


Foi aprovada nesta quinta-feira (02/03), por meio da Resolução RE 661/23, o registro de uma nova vacina para a prevenção da dengue. A vacina Qdenga da empresa Takeda Pharma Ltda é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, conferindo assim uma ampla proteção contra a dengue.

O produto está destinado à população pediátrica acima de 4 anos, adolescentes e adultos até 60 anos de idade. Estará disponível para administração via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de 3 meses entre as aplicações.

A vacina Qdenga também foi avaliada pela agência sanitária européia (EMA), tendo recebido uma recomendação positiva no âmbito do programa “EU Medicines for all”, um mecanismo que permite a avaliação de medicamentos que se destinam a ser utilizados em países de baixa e média renda fora da União Europeia (UE). Sua comercialização foi aprovada na União Europeia em 20/12/2022.

Durante a análise técnica realizada pela Anvisa, realizou-se um painel para a discussão de alguns pontos do processo de registro com especialistas do país sobre a doença. O painel ocorreu em 10/01/2023 e em seguida os especialistas apresentaram um parecer opinativo sobre o produto e sobre as condições de uso pleiteadas pela empresa, com o objetivo de subsidiar a análise realizada pelos técnicos da Agência.

A concessão do registro pela Anvisa permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas. A vacina, contudo, segue sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da empresa.

A vacina Qdenga é a primeira aprovada no Brasil para um público mais amplo (de 4 a 60 anos de idade). A vacina aprovada anteriormente (Dengvaxia) só pode ser utilizada por quem já teve dengue.


Eficácia

A eficácia contra a dengue para todos os sorotipos combinados entre indivíduos soronegativos para dengue (sem infecção anterior pelo vírus da dengue) foi de 66,2% (IC de 95%: 49,1%, 77,5%). Já para os indivíduos soropositivos (indivíduos que tiveram infecção anterior pelo vírus dengue), esse valor foi de 76,1% (IC de 95%: 68,5%, 81,9%).

Individualmente, a eficácia calculada contra o sorotipo DENV-1 foi de 69,8%, contra o sorotipo DENV-2 foi de 95,1% e contra o sorotipo DENV-3 foi de 48,9%. Para o sorotipo DENV-4, o reduzido número de casos identificados durante os estudos não permitiu estabelecer um resultado de eficácia de forma estatisticamente relevante.

Adicionalmente, no caso específico da DENV-3 o resultado de eficácia para indivíduos soronegativos não se mostrou satisfatório.

Todavia, o valor de eficácia global da vacina, que é o objetivo primário do estudo clínico apresentado, atingiu o patamar de 80,2%, calculado a partir da comparação  dos resultados dos participantes que receberam a vacina e dos que receberam placebo, para todos os 4 sorotipos, e contabilizando todos os casos de dengue identificados, seja em indivíduos soropositivos ou soronegativos.

A demonstração da eficácia da vacina Qdenga tem suporte principalmente nos resultados de um estudo de larga escala, estudo de fase 3, randomizado e controlado por placebo, conduzido em países endêmicos para dengue com o objetivo de avaliar a eficácia, segurança e imunogenicidade da vacina.


Fonte:  ANVISA


quarta-feira, 28 de setembro de 2022

28 de setembro - Dia Mundial de Luta Contra a Raiva

 


A raiva é uma doença transmitida para humanos e pode matar. Vacinando anualmente cães e gatos, você pode evitar essa doença.

A data marca a importância de conscientizar as pessoas sobre a prevenção da doença, que pode ser transmitida para qualquer mamífero – animal e humano.

É importante ficar alerta porque a raiva é altamente letal. A transmissão se dá normalmente pela mordida de animais infectados. Mas também existe a possibilidade de se contrair a doença pelo contato da saliva do animal raivoso diretamente nos olhos, mucosas ou feridas.

Por isso, animais domésticos devem ser vacinados anualmente contra a doença.


Saiba mais:

CAMPANHA DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA ANIMAL 2022 EM NITERÓI

Postos fixos de vacinação antirrábica animal

O que é a Raiva?




terça-feira, 30 de agosto de 2022

O GRANDE DIA PARA O SEU MELHOR AMIGO ESTÁ CHEGANDO!!

 


Poderão ser vacinados cães e gatos com idade a partir de 3 meses.

A vacina é gratuita e muito importante para a saúde do seu animal.

Em breve divulgaremos a relação de pontos de vacinação. Enquanto isso, reserve as datas! 😉🐶🐱💉



segunda-feira, 4 de abril de 2022

Vacina da dengue tem imunogenicidade superior a 90%, mostra ensaio clínico; Butantan deve finalizar fase 3 até 2024

 

Estudo americano mostrou 100% de soroconversão em quem já teve dengue e mais de 90% naqueles sem infecção prévia


Um novo estudo publicado no dia 15/3 na revista científica Human Vaccines & Immunotherapeutics reforçou as descobertas anteriores sobre a imunogenicidade da vacina da dengue, que vem sendo desenvolvida há mais de dez anos pelo Instituto Butantan em parceria com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID). De acordo com o artigo, publicado por pesquisadores da farmacêutica Merck, também parceira do Butantan, a vacina induziu a geração de anticorpos em 100% dos indivíduos que já tiveram dengue e em mais de 90% naqueles que nunca haviam tido contato com o vírus.

Os resultados se referem à fase 1 do ensaio clínico, realizada nos Estados Unidos. Atualmente, a pesquisa já se encontra na fase 3, sendo que as conclusões da fase 2 foram publicadas em artigo na revista The Lancet Infectious Diseases em março de 2020. A segunda etapa da pesquisa mostrou que a vacina induz soroconversão em mais de 70% dos indivíduos contra os quatro subtipos do vírus com apenas uma dose.

O novo artigo demonstra, mais uma vez, que a vacina tetravalente contra a dengue protege pessoas com e sem contato prévio com o vírus. A análise randomizada incluiu 200 adultos que receberam duas doses do imunizante ou placebo, para avaliar a capacidade da segunda dose de aumentar os anticorpos. Após a primeira dose, a soroconversão foi de 100% em quem já teve dengue e 92,6% em quem nunca foi infectado. A dose adicional não induziu diferenças significativas, confirmando que uma única dose é suficiente para produzir resposta imunológica contra a doença.

A imunogenicidade foi analisada durante um ano por meio de testes de neutralização do vírus e se manteve alta em todos os participantes. A vacina também se mostrou segura e sem efeitos adversos graves. As reações mais comuns foram dor de cabeça, fadiga, erupção cutânea e mialgia (dor muscular).




O percurso de mais de dez anos do estudo

O Butantan participa do desenvolvimento da vacina contra a dengue desde 2009. O acordo com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos prevê que o Instituto produza e distribua o imunizante em território brasileiro. O estudo avançou para fase 3 em 2016, com 17 mil voluntários, e hoje está na etapa de acompanhamento – os voluntários serão avaliados durante cinco anos. A previsão é que a pesquisa seja concluída até 2024.


Sobre a vacina da dengue

A vacina é feita com os quatro tipos do vírus da dengue atenuados, ou seja, enfraquecidos, que induzem a produção de anticorpos sem causar a doença e com poucas reações adversas. Quem tem dengue uma vez ainda pode ser reinfectado por outro subtipo do vírus e, quando isso acontece, a doença costuma ser mais grave. “Por isso é muito importante que uma vacina contra a dengue proteja contra os quatro tipos do vírus ao mesmo tempo, para conferir proteção permanente”, afirma o diretor de Alianças Científicas Internacionais do Butantan, Alexander Precioso.

Os vírus atenuados foram cultivados em células Vero de macaco verde africano, uma técnica amplamente conhecida, e depois o material foi purificado e seguiu para a formulação. A última etapa é a liofilização, processo que transforma o líquido em pó, e a criação do diluente para ser adicionado ao pó no momento da aplicação da vacina. Saiba mais sobre o processo de produção da vacina.

Fonte:  Instituto Butantan



quinta-feira, 17 de março de 2022

Vacina da chikungunya é segura e gera resposta imune duradoura em 96% dos voluntários, apontam resultados finais de fase 3 nos EUA

 


Imunizante desenvolvido por farmacêutica parceira do Butantan apresentou 96,3% de soroconversão em ensaio clínico


Os resultados finais do ensaio clínico de fase 3 da vacina contra a chikungunya (VLA1553), desenvolvida em parceria entre o Instituto Butantan e a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva, mostraram que a imunogenicidade alcançada após a vacinação permaneceu por ao menos seis meses, com manutenção da produção de anticorpos durante esse período em 96,3% dos indivíduos avaliados. Além disso, o imunizante é seguro e causa reações adversas mínimas.

O estudo foi conduzido nos Estados Unidos com 4.115 homens e mulheres acima de 18 anos. Em dados divulgados anteriormente, a taxa de soroconversão da vacina foi de 98,5% tanto para adultos quanto para idosos acima de 65 anos, promovendo níveis semelhantes de anticorpos neutralizantes. Passados seis meses da aplicação da vacina, a soroconversão continuou elevada, sendo detectada em 96,3% dos participantes da pesquisa. A duração da imunidade continuará sendo monitorada periodicamente com testes sorológicos durante pelo menos cinco anos.

O indicador é representativo porque os Estados Unidos, onde foi realizado o ensaio clínico, não são uma região endêmica de chikungunya. Ou seja, a presença de anticorpos neutralizantes se manteve alta após a vacinação em um ambiente no qual os voluntários não ficam em contato constante com o vírus – a tendência é que em locais onde a doença é endêmica, a produção de anticorpos seja ainda maior.

O chefe médico da Valneva, Juan Carlos Jaramillo, diz que o estudo confirma a segurança, tolerabilidade e imunogenicidade da vacina em adultos e idosos. “Entregar pela primeira vez os resultados finais de fase 3 de uma vacina contra chikungunya significa que estamos um passo mais próximos de solucionar uma importante e crescente ameaça de saúde pública”, afirma.

A avaliação de segurança foi feita com 3.082 voluntários e a maior parte das reações adversas relatadas foram leves a moderadas. Cerca de 50% dos participantes apresentaram reações sistêmicas como dor de cabeça, fadiga e dor no local da injeção, que se resolveram em poucos dias. Apenas 2% dos participantes reportaram efeitos mais severos, sendo febre o mais comum.

A imunogenicidade e segurança da VLA1553 já haviam sido demonstradas em ensaios clínicos de fase 1 e 2 em 2018, feitos com 120 pessoas de 18 a 45 anos que nunca tiveram contato com o vírus chikungunya. Após 14 dias da dose única, houve 100% de soroconversão e os anticorpos foram mantidos mesmo depois de um ano. Não foi registrado nenhum evento adverso grave até um ano após a aplicação.


Eficácia da vacina será avaliada em adolescentes brasileiros

Ensaios clínicos com a vacina da chikungunya também estão sendo realizados no Brasil. O objetivo é avaliar a vacina em uma região endêmica da doença, algo fundamental para atestar a real eficácia de um imunizante. O estudo terá duração de 15 meses e será feito com 750 voluntários, todos adolescentes de 12 a 17 anos. No final de janeiro, o Butantan iniciou o ensaio clínico em São José do Rio Preto. Também participarão do estudo centros de pesquisa de São Paulo-SP, Salvador-BA, Fortaleza-CE, Belo Horizonte-MG, Aracaju-SE e Campo Grande-MS.

Para o gerente de parcerias estratégicas e novos negócios do Butantan, Tiago Rocca, os resultados de segurança e manutenção de seis meses da imunogenicidade em adultos dos Estados Unidos trazem ainda mais segurança para os adolescentes brasileiros que participarão do estudo. “Os dados trazem uma confiança maior de que estamos no caminho certo e teremos uma vacina em breve”, afirma.

 
Combate à doença no Brasil e em países emergentes

Segundo Tiago, a missão do Butantan na parceria com a Valneva é fazer a transferência de tecnologia para a produção e distribuição nacional da vacina contra a chikungunya e distribuir o imunizante para países de baixa e média renda que também são afetados pela doença, como os da América Latina, Ásia e África.

“Como premissa de negócios, o Butantan tinha interesse de não só trazer a vacina para o Brasil, mas também ter a tecnologia produtiva e colaborar com o desenvolvimento do produto, assim como fizemos com a vacina da dengue e a própria CoronaVac. O Instituto tem uma perspectiva maior de atender grandes populações em países emergentes”, diz.
 

Sobre a chikungunya

A chikungunya é uma doença infecciosa causada pelo vírus de mesmo nome que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (mesmos mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela, respectivamente). Os sintomas incluem febre acima de 38,5°C, de início repentino, e dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dor de cabeça, nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos são assintomáticos.

A circulação do vírus foi identificada no Brasil pela primeira vez em 2014 e ele já está presente em mais de 120 países. Como a transmissão ocorre por mosquitos, é fundamental reforçar as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas residências. As recomendações são as mesmas aplicadas à prevenção da dengue.



sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Por que a vacina da raiva é importante?

 



  • A vacina antirrábica é ainda a única forma de prevenir a enfermidade e manter os pets saudáveis; 
  • A raiva uma doença altamente letal, que devemos prevenir porque após o contágio, se manifesta de forma muito agressiva;
  • Fatal em quase 100% dos casos, a raiva é uma zoonose que pode também afetar o ser humano e por isso os cuidados se redobram no combate e prevenção da doença;
  • Clinicamente conhecida como hidrofobia, a raiva torna os animais agressivos e incapacitados de beberem água. A única forma de prevenir é a imunização;
  • Vacinação ainda é medida mais eficaz contra raiva, doença que pode afetar a maioria dos mamíferos, incluindo, os humanos. 


segunda-feira, 5 de abril de 2021

Pesquisadores explicam como funcionam as duas potenciais vacinas que deram entrada na Anvisa

 

Versamune e ButanVac entraram com pedido na semana retrasada para realização de testes em humanos, para serem produzidas no Brasil




No final da semana retrasada, duas potenciais novas vacinas contra a covid-19 entraram com pedido na Anvisa para realização de testes clínicos: a Versamune, que está sendo desenvolvida pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, em parceria com a startup Farmacore e a estadunidense PDS Biotechnology, e a ButanVac, pelo Instituto Butantan em parceria com o Icahn School of Medicine, no Mount Sinai, em Nova York (EUA).


Versamune

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido para início da fase de ensaio clínico nas fases 1 e 2 da vacina Versamune na última quinta-feira, 25 de março. O imunizante contra covid-19 é uma produção do consórcio formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, com a Farmacore, startup brasileira responsável pelo desenvolvimento tecnológico, e a PDS Biotechnology, que licenciou para a Farmacore o sistema adjuvante/carreador da formulação vacinal.

O trabalho está sendo coordenado pelo professor Celio Lopes Silva do Departamento de Bioquímica e Imunologia da FMRP e conta com apoio e financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Na primeira fase do ensaio clínico, o imunizante será aplicado em 360 voluntários, e os pesquisadores estimam concluir as fases 1 e 2 entre três ou quatro meses com início em maio. Já a fase 3 deverá contar com 20 mil voluntários em diversos estados do Brasil.

A previsão é que todo o estudo clínico seja finalizado entre nove e 12 meses, ou seja, caso tudo dê certo, a vacina desenvolvida na USP em Ribeirão Preto pode estar disponível para a população no início de 2022. No sábado, dia 27 de março, a Anvisa solicitou os resultados do controle de qualidade dos insumos e do ensaio pré-clínico, que estão em fase de finalização pelo consórcio.

“Os resultados dos estudos não clínicos mostraram que ela é segura para animais e, diferentemente das outras vacinas, ela tem a capacidade de ativar todo o sistema imunológico que impede não só a entrada do sars-cov-2 para dentro das células como também matam as células já infectadas. Acreditamos que o imunizante gere uma memória imunológica de até 12 anos”, afirma o professor Célio Lopes Silva.

Além disso, conta o professor, essa vacina induz a memória imunológica de longa duração; é simples e segura (não contém vírus inativados, partículas virais, adjuvantes tradicionais e complexos, DNA, mRNA); tem boa estabilidade e facilidade nas estratégias de produção e distribuição; conta com facilidades tecnológicas para que possa ser produzida integralmente no Brasil nas fases de vacinação em massa; e permite estabelecer uma base tecnológica nacional para ajudar a vencer futuros desafios de novas pandemias que possam impactar significativamente a saúde da população.

Os pesquisadores produziram uma formulação vacinal composta do antígeno S1 do sars-cov-2, obtido na forma recombinante, e associado a uma nanopartícula lipídica denominada Versamune que é usada como carreador/adjuvante vacinal. Essa formulação composta da S1 e Versamune, induz ativação da imunidade humoral (ativação de linfócitos B para produção de níveis elevados de anticorpos neutralizantes que impedem a entrada do vírus para dentro das células), imunidade celular (ativação de linfócitos T CD8 e T CD4 que eliminam as células infectadas) e imunidade inata (ativação da via de sinalização de IFN tipo I, que é crítica para manter o sistema imunológico ativado e a geração de respostas imunes adaptativas sustentadas contra infecções virais). Além disso, a Versamune participa da ativação de células NK, macrófagos e células dendríticas que são importantes para ativação geral do sistema imune e combater infecções virais.

“No geral, podemos definir essa como uma vacina nanoparticulada, que contém o antígeno S1, veiculada com um carreador. É um imunizante que, ao entrar na célula, estimula todo o sistema imunológicoo”, resume Silva ao Jornal da USP.

O investimento reúne recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Farmacore Biotecnologia Ltda. e da americana PDS Biotechnology.


ButanVac

Na última sexta (26) Instituto Butantan anunciou que pediria à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para iniciar em abril um ensaio clínico de fases 1 e 2 para o desenvolvimento da ButanVac, mais uma vacina contra a covid-19 que pode se juntar ao plantel dos imunizantes produzidos no Brasil. Uma produção em pequena escala já foi finalizada para ser aplicada nos voluntários dos testes.

Os resultados das fases 1 e 2 visam a determinar se a vacina é segura e tem resposta imune capaz de prevenir o desenvolvimento da doença. Em caso positivo, o estudo pode prosseguir para a fase 3, em que uma quantidade maior de voluntários (milhares) é vacinada e acompanhada.

A ButanVac é diferente da CoronaVac, a vacina produzida pelo Butantan que está sendo aplicada atualmente na população brasileira. Enquanto que a CoronaVac utiliza uma versão inativada do próprio sars-cov-2 inteiro, a ButanVac tem como “princípio ativo” um vírus geneticamente modificado em laboratório para expressar em sua superfície uma única proteína do novo coronavírus – a proteína spike (S), que o sars-cov-2 utiliza para entrar nas células humanas e tem sido a mais utilizada em projetos de vacinas para gerar uma resposta imune específica contra ele. O vírus modificado é o da doença de Newcastle (NDV, em inglês), um patógeno que causa gripe em aves mas é inofensivo aos seres humanos.

Espera-se que a pessoa que receber a vacina gere uma resposta imunológica contra a proteína S. Assim, se ela entrar em contato posteriormente com o sars-cov-2, seu organismo já terá aprendido a combater o vírus da covid.

Figurativamente falando, é como se você colocasse uma máscara com o retrato-falado de um bandido sobre o rosto de uma pessoa inocente (o vírus geneticamente modificado) e soltasse essa pessoa no transporte público de uma cidade (o organismo da pessoa vacinada), para treinar a polícia local (o sistema imunológico) a reconhecer o rosto do fugitivo no meio da multidão e prendê-lo antes que ele tenha tempo de praticar algum crime (causar a covid-19).

A capacidade de gerar resposta imune da vacina é promissora, na perspectiva de Olga Chaim, professora licenciada da UFPR e atualmente pesquisadora na Universidade da Califórnia em San Diego, em razão escolha do vírus Newcastle, que foi “isolado de aves e já se mostrou bastante imunogênico em testes in vitro e nos testes pré-clínicos em animais. É um perfeito candidato. Não gera doença, mas ativa resposta imune”.

No processo de fabricação da vacina, o vírus modificado é injetado em ovos de galinha com os embriões ainda vivos. Uma agulha fura o topo do ovo e outra insere o vírus. Após um intervalo, o vírus se replica dentro do ovo, que é colocado numa câmara fria. O embrião morre e os vírus são liberados para o líquido que fica ao redor do embrião. Depois o líquido é purificado, e o vírus é inativado (para impedir que se replique e cause doença). Finalmente, o líquido é adicionado à formulação da vacina, processado e envasado.

É exatamente o mesmo processo utilizado pelo Butantan para a produção da vacina sazonal da gripe; e é aí que reside o grande trunfo do instituto para desenvolver e produzir essa nova vacina aqui também. Já a CoronaVac não pode ser produzida dessa forma porque o sars-cov-2 não se reproduz em ovos de galinha e precisa ser multiplicado em culturas de células in vitro.

O vírus Newcastle modificado (NDV-S) foi desenvolvido por cientistas da Icahn School of Medicine, no Mount Sinai, em Nova York (EUA). Já a proteína S estabilizada do vírus sars-cov-2 utilizada na vacina foi desenvolvida na Universidade do Texas em Austin. ‬Os testes pré-clínicos, com animais, foram feitos nos Estados Unidos, e a ideia é que os testes clínicos (com seres humanos) ocorram no Brasil, Vietnã e Tailândia.

“A iniciativa faz parte de um consórcio internacional em que o Butantan é o principal produtor, com 85% da capacidade total de produção, e tem o compromisso de fornecer a vacina ao Brasil e a países de baixa e média renda”, informou o instituto, em seu primeiro comunicado, do dia 26 de março.

O Butantan é um dos responsáveis por desenvolver clinicamente o produto, escalonar e padronizar os processos produtivos e produzir a vacina. De acordo com o instituto, todos os processos produtivos, desde a qualificação dos ovos embrionados, inoculação, crescimento viral, processamento e purificação viral, inativação, formulação, qualificação, controle de qualidade, produção em escala, envase, rotulagem e registro sanitário serão realizados em suas instalações.

Segundo Ricardo Palacios, diretor médico de pesquisa clínica do instituto, a nova vacina terá perfil alto de segurança. “Nós sabemos produzir a ButanVac, temos tecnologia para isso e sabemos que vacinas inativadas são eficazes contra a covid-19. Poder entregar mais vacinas é o que precisamos em um momento tão crítico”, explica, em nota publicada pelo Butantan.

“Por isso é tão importante termos nossa própria expertise e fábricas rodando no Brasil”, disse ao Jornal da USP o biólogo Paulo Lee Ho, pesquisador e ex-diretor do Centro de Biotecnologia e da Divisão de Desenvolvimento Tecnológico e Produção do Instituto Butantan. Apesar do vírus modificado ter sido desenvolvido nos Estados Unidos, ele destaca que todo o processo de produção e transformação desse vírus em uma vacina propriamente dita será desenvolvido dentro do Butantan. “Inovação não é uma ideia; inovação é produto”, diz. “E se você não desenvolve produção, você não tem produto.”

É uma situação diferente da CoronaVac, em que o insumo farmacêutico ativo (IFA) contendo o vírus inativado é produzido pela empresa Sinovac, na China, e enviado já pronto ao Brasil para ser processado e envasado no Butantan. No caso da ButanVac, o IFA será produzido aqui desde o início, utilizando a plataforma de cultivo viral em ovos do Instituto.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirma que será possível entregar a ButanVac à população ainda neste ano – dependendo, é claro, do sucesso dos testes clínicos e aprovação dos resultados pela Anvisa. “Após o final da campanha de produção da Influenza, que termina em maio, podemos iniciar imediatamente a produção da ButanVac. Atualmente, nossa fábrica envasa a Influenza e a CoronaVac”, diz.


Fonte:  Jornal da USP

Imagem: Pixabay





terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

VACINA E VACINAÇÃO: PERGUNTAS E RESPOSTAS.

 



O que é vacinação?

A vacinação é uma forma simples, segura e eficaz de proteger as pessoas contra doenças nocivas, antes que entrem em contato com elas. Ele usa as defesas naturais do seu corpo para criar resistência a infecções específicas e tornar o sistema imunológico mais forte.

As vacinas treinam seu sistema imunológico para criar anticorpos, da mesma forma que quando é exposto a uma doença. No entanto, como as vacinas contêm apenas formas mortas ou enfraquecidas de germes, como vírus ou bactérias, elas não causam a doença nem colocam você em risco de complicações.

A maioria das vacinas é administrada por injeção, mas algumas são administradas por via oral (pela boca) ou pulverizadas no nariz.


Por que a vacinação é importante?

A vacinação é uma forma segura e eficaz de prevenir doenças e salvar vidas - agora mais do que nunca. Hoje existem vacinas disponíveis para proteger contra pelo menos 20 doenças, como difteria, tétano, coqueluche, influenza e sarampo. Juntas, essas vacinas salvam a vida de até 3 milhões de pessoas todos os anos.

Quando somos vacinados, não estamos apenas protegendo a nós mesmos, mas também aqueles que estão ao nosso redor. Algumas pessoas, como aquelas gravemente doentes, são aconselhadas a não tomar certas vacinas - portanto, dependem de nós para se vacinar e ajudar a reduzir a propagação da doença. 

Durante a pandemia de COVID-19, a vacinação continua a ser extremamente importante. A pandemia causou um declínio no número de crianças que recebem imunizações de rotina, o que pode levar a um aumento de doenças e morte por doenças evitáveis. 

 

Como funciona uma vacina?

As vacinas reduzem os riscos de contrair uma doença, trabalhando com as defesas naturais do seu corpo para construir proteção. Quando você recebe uma vacina, seu sistema imunológico responde. Isto:

•  Reconhece o germe invasor, como o vírus ou a bactéria.

•  Produz anticorpos. Os anticorpos são proteínas produzidas naturalmente pelo sistema imunológico para combater doenças.

•  Lembra a doença e como combatê-la. Se você for exposto ao germe no futuro, seu sistema imunológico pode destruí-lo rapidamente antes que você se sinta mal.

A vacina é, portanto, uma forma segura e inteligente de produzir uma resposta imunológica no corpo, sem causar doenças.

Nosso sistema imunológico é projetado para lembrar. Depois de expostos a uma ou mais doses de uma vacina, normalmente permanecemos protegidos contra uma doença por anos, décadas ou mesmo por toda a vida. É isso que torna as vacinas tão eficazes. Em vez de tratar uma doença depois que ela ocorre, as vacinas nos previnem, em primeiro lugar, de adoecer.


Como as vacinas protegem indivíduos e comunidades?

As vacinas atuam treinando e preparando as defesas naturais do corpo - o sistema imunológico - para reconhecer e combater vírus e bactérias. Se o corpo for exposto a esses patógenos causadores de doenças mais tarde, ele estará pronto para destruí-los rapidamente - o que previne doenças. 

Quando uma pessoa é vacinada contra uma doença, o risco de infecção também é reduzido - portanto, é menos provável que ela transmita o vírus ou a bactéria a outras pessoas. À medida que mais pessoas em uma comunidade são vacinadas, menos pessoas permanecem vulneráveis e há menos possibilidade de uma pessoa infectada transmitir o patógeno a outra pessoa. Reduzir a possibilidade de um patógeno circular na comunidade protege aqueles que não podem ser vacinados (devido a problemas de saúde, como alergias ou idade) da doença visada pela vacina.

'Imunidade de rebanho', também conhecida como 'imunidade populacional', é a proteção indireta contra uma doença infecciosa que ocorre quando a imunidade se desenvolve em uma população por meio de vacinação ou infecção prévia. A imunidade do rebanho não significa que os indivíduos não vacinados ou que não foram infectados anteriormente sejam eles próprios imunes. Em vez disso, a imunidade de rebanho existe quando indivíduos que não são imunes, mas vivem em uma comunidade com uma alta proporção de imunidade, têm um risco reduzido de doença em comparação com indivíduos não imunes que vivem em uma comunidade com uma pequena proporção de imunidade. 

Em comunidades com alta imunidade, as pessoas não imunes têm um risco menor de doença do que teriam, mas seu risco reduzido resulta da imunidade das pessoas na comunidade em que vivem (ou seja, imunidade de rebanho), não por serem pessoalmente imune. Mesmo depois que a imunidade de rebanho é alcançada pela primeira vez e é observado um risco reduzido de doença entre as pessoas não imunizadas, esse risco continuará caindo se a cobertura de vacinação continuar a aumentar. Quando a cobertura da vacina é muito alta, o risco de doença entre aqueles que não estão imunes pode se tornar semelhante ao daqueles que são verdadeiramente imunes.

A imunidade do rebanho é um atributo importante das vacinas contra poliomielite, rotavírus, pneumococo, Haemophilus influenzae tipo B, febre amarela, meningococo e várias outras doenças evitáveis por vacinas. No entanto, é uma abordagem que só funciona para doenças evitáveis por vacina com um elemento de disseminação pessoa a pessoa. Por exemplo, o tétano é contraído por bactérias no meio ambiente, não por outras pessoas, então aqueles que não estão imunizados não estão protegidos da doença, mesmo que a maior parte do restante da comunidade seja vacinada. 


Por que devo ser vacinado?

Sem as vacinas, corremos o risco de contrair doenças graves e incapacidades devido a doenças como sarampo, meningite, pneumonia, tétano e poliomielite. Muitas dessas doenças podem ser fatais. A OMS estima que as vacinas salvam entre 2 e 3 milhões de vidas todos os anos.

Embora algumas doenças possam ter se tornado incomuns, os germes que as causam continuam a circular em algumas ou todas as partes do mundo. No mundo de hoje, as doenças infecciosas podem facilmente cruzar fronteiras e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida

Duas razões principais para ser vacinado são para nos proteger e proteger aqueles que nos rodeiam. Como nem todos podem ser vacinados - incluindo bebês muito novos, aqueles que estão gravemente doentes ou têm certas alergias - eles dependem de outras pessoas serem vacinadas para garantir que também estejam protegidos contra doenças evitáveis pela vacina.


Quando devo ser vacinado (ou vacinar meu filho)?

As vacinas nos protegem ao longo da vida e em diferentes idades, do nascimento à infância, na adolescência e na velhice. Na maioria dos países, você receberá um cartão de vacinação que informa quais vacinas você ou seu filho tomaram e quando devem ser tomadas as próximas vacinas ou doses de reforço. É importante ter certeza de que todas essas vacinas estão atualizadas.

Se atrasarmos a vacinação, corremos o risco de adoecer gravemente. Se esperarmos até achar que podemos estar expostos a uma doença grave - como durante o surto de uma doença - pode não haver tempo suficiente para a vacina funcionar e receber todas as doses recomendadas.


Por que a vacinação começa tão jovem?

Crianças pequenas podem ser expostas a doenças em sua vida diária de muitos lugares e pessoas diferentes, e isso pode colocá-las em sério risco. O esquema de vacinação recomendado pela OMS é projetado para proteger bebês e crianças pequenas o mais cedo possível. Bebês e crianças pequenas geralmente correm o maior risco de doenças porque seus sistemas imunológicos ainda não estão totalmente desenvolvidos e seus corpos são menos capazes de combater infecções. Portanto, é muito importante que as crianças sejam vacinadas contra as doenças no horário recomendado.


Não vacinei meu filho no tempo recomendado. É muito tarde para recuperar o atraso?

Para a maioria das vacinas, nunca é tarde demais para recuperar o atraso. Fale com o seu profissional de saúde sobre como obter as doses de vacinação perdidas para você ou para o seu filho.


Quem pode ser vacinado?

Quase todos podem ser vacinados. No entanto, devido a algumas condições médicas, algumas pessoas não devem tomar certas vacinas ou devem esperar antes de tomá-las. Essas condições podem incluir:

•  Doenças ou tratamentos crônicos (como quimioterapia) que afetam o sistema imunológico;

•  Alergias graves e com risco de vida aos ingredientes da vacina, que são muito raros;

•  Se tiver doença grave e febre alta no dia da vacinação.

Esses fatores geralmente variam para cada vacina. Se não tiver certeza se você ou seu filho devem tomar uma vacina específica, converse com seu profissional de saúde. Eles podem ajudá-lo a fazer uma escolha informada sobre a vacinação para você ou seu filho.

Como as vacinas são desenvolvidas e testadas?

As vacinas mais comumente usadas já existem há décadas, com milhões de pessoas recebendo-as com segurança todos os anos. Como acontece com todos os medicamentos, toda vacina deve passar por testes extensivos e rigorosos para garantir que seja segura antes de poder ser introduzida em um país.

Uma vacina experimental é testada pela primeira vez em animais para avaliar sua segurança e potencial para prevenir doenças. Em seguida, é testado em ensaios clínicos humanos, em três fases:

•  Na fase I, a vacina é administrada a um pequeno número de voluntários para avaliar sua segurança, confirmar se ela gera uma resposta imune e determinar a dosagem certa.

•  Na fase II, a vacina geralmente recebe centenas de voluntários, que são monitorados de perto quanto a quaisquer efeitos colaterais, para avaliar melhor sua capacidade de gerar uma resposta imune. Nessa fase, os dados também são coletados, sempre que possível, sobre os desfechos da doença, mas geralmente não em números grandes o suficiente para ter uma imagem clara do efeito da vacina sobre a doença. Os participantes dessa fase têm as mesmas características (como idade e sexo) das pessoas para as quais a vacina se destina. Nesta fase, alguns voluntários recebem a vacina e outros não, o que permite fazer comparações e tirar conclusões sobre a vacina.

•  Na fase III, a vacina é administrada a milhares de voluntários - alguns dos quais recebem a vacina experimental e outros não, assim como nos estudos de fase II. Os dados de ambos os grupos são cuidadosamente comparados para verificar se a vacina é segura e eficaz contra a doença contra a qual se destina.

Assim que os resultados dos ensaios clínicos estiverem disponíveis, uma série de etapas é necessária, incluindo análises de eficácia, segurança e fabricação para aprovações de políticas regulatórias e de saúde pública, antes que uma vacina possa ser introduzida em um programa nacional de imunização.

Após a introdução de uma vacina, o monitoramento próximo continua a detectar quaisquer efeitos colaterais adversos inesperados e a avaliar a eficácia no ambiente de uso rotineiro entre um número ainda maior de pessoas para continuar avaliando a melhor forma de usar a vacina para obter o maior impacto protetor. 


O que há em uma vacina?

Todos os ingredientes de uma vacina desempenham um papel importante para garantir que ela seja segura e eficaz. Alguns deles incluem:

•  O antígeno. Esta é uma forma morta ou enfraquecida de um vírus ou bactéria, que treina nosso corpo para reconhecer e lutar contra a doença se a encontrarmos no futuro.

•  Adjuvantes, que ajudam a aumentar nossa resposta imunológica. Isso significa que eles ajudam as vacinas a funcionar melhor.

•  Conservantes, que garantem que a vacina permaneça eficaz.

•  Estabilizadores, que protegem a vacina durante o armazenamento e transporte.

Os ingredientes da vacina podem parecer desconhecidos quando listados no rótulo. No entanto, muitos dos componentes usados nas vacinas existem naturalmente no corpo, no meio ambiente e nos alimentos que comemos. Todos os ingredientes das vacinas - bem como as próprias vacinas - são exaustivamente testados e monitorados para garantir que são seguros.


As vacinas são seguras?

A vacinação é segura e os efeitos colaterais da vacina são geralmente menores e temporários, como dor no braço ou febre baixa. Efeitos colaterais mais graves são possíveis, mas extremamente raros.

Qualquer vacina licenciada é rigorosamente testada em várias fases de testes antes de ser aprovada para uso e regularmente reavaliada assim que é introduzida. Os cientistas também monitoram constantemente as informações de várias fontes em busca de qualquer sinal de que uma vacina possa causar riscos à saúde.

Lembre-se de que é muito mais provável que você sofra lesões graves por uma doença evitável por vacina do que por uma vacina. Por exemplo, o tétano pode causar dor extrema, espasmos musculares (travamento) e coágulos sanguíneos, o sarampo pode causar encefalite (uma infecção do cérebro) e cegueira. Muitas doenças evitáveis por vacinas podem até resultar em morte. Os benefícios da vacinação superam em muito os riscos, e muito mais doenças e mortes ocorreriam sem vacinas.


Existem efeitos colaterais das vacinas?

Como qualquer medicamento, as vacinas podem causar efeitos colaterais leves, como febre baixa ou dor ou vermelhidão no local da injeção. As reações leves desaparecem por conta própria em poucos dias.

Os efeitos colaterais graves ou de longa duração são extremamente raros. As vacinas são monitoradas continuamente para segurança, para detectar eventos adversos raros.

 

Existe uma ligação entre vacinas e autismo?

Não há evidências  de qualquer ligação entre vacinas e autismo ou transtornos autistas. Isso foi demonstrado em muitos estudos, conduzidos em populações muito grandes.

O estudo de 1998, que levantou preocupações sobre uma possível ligação entre a vacina contra sarampo-caxumba-rubéola (MMR) e autismo, foi mais tarde considerado seriamente falho e fraudulento. O artigo foi posteriormente retratado pelo jornal que o publicou, e o médico que o publicou perdeu sua licença médica. Infelizmente, sua publicação criou medo que levou à queda das taxas de imunização em alguns países e subsequentes surtos dessas doenças.

Devemos todos garantir que estamos tomando medidas para compartilhar apenas informações científicas e confiáveis sobre vacinas e as doenças que elas previnem.



Fonte:  Organização Mundial da Saúde

Imagem: Blog da Saúde /Ministério da Saúde


quinta-feira, 30 de julho de 2020

Niterói será primeira cidade do Rio a testar vacina contra o novo coronavírus




A Prefeitura de Niterói assinou nesta segunda-feira (27) uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, de São Paulo, para a realização de pesquisa e ensaio clínico para avaliação da eficácia e segurança da vacina contra a Covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech. O estudo será realizado em profissionais da Saúde em duas unidades municipais: Hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho) e Policlínica Sérgio Arouca. A Secretaria Municipal de Saúde será responsável pelo recrutamento de entre 500 e 900 participantes, coleta de dados e amostras biológicas já em agosto.

Os voluntários passarão por entrevistas e avaliações médicas e, caso concordem com os termos do estudo, receberão duas doses da vacina, com 14 dias de intervalo, e serão monitorados pelos pesquisadores por um ano para análise dos resultados sobre a eficácia da vacina e também sobre a existência ou não de possíveis reações adversas.

O prefeito Rodrigo Neves assinou o termo de anuência para a realização dos testes em Niterói, ressaltando o orgulho para a cidade em participar desse esforço da comunidade científica para a descoberta de uma vacina eficaz e segura contra a Covid-19.

“Todas as medidas que a Prefeitura de Niterói adotou no combate ao novo coronavírus e também no Plano de Transição Gradual para o Novo Normal são baseadas na ciência e nas melhores experiências internacionais desta batalha pela vida contra esse inimigo invisível que infelizmente já tirou a vida de milhares de brasileiros. Eu gostaria de agradecer e parabenizar a Fiocruz, o Instituto Butantan e o governo do estado de São Paulo e desejar êxito na fase 3 da pesquisa. Temos muita esperança de que todos os esforços que a comunidade científica internacional e brasileira serão bem-sucedidos para a descoberta, o mais rápido possível, de uma vacina que seja capaz de imunizar contra a Covid-19”, afirmou o prefeito.

O pesquisador do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz, André Siqueira, disse que Niterói está se destacando nacional e internacionalmente nas ações de prevenção e combate à pandemia. Ele explicou como será feito o estudo clínico em que será avaliada a efetividade da vacina contra o novo coronavírus, ressaltando que é um estudo de fase 3, o que quer dizer que já se passaram duas fases iniciais que mostraram que a vacina é segura e produziu anticorpos efetivos contra o novo coronavírus.

“Outras cidades do Brasil também estão envolvidas no estudo. A prioridade é aplicar em profissionais de saúde, que estão sendo mais expostos. Para as pessoas voluntárias que têm interesse em participar do estudo, vai haver um link, tanto na página do Instituto Butantan, da Fiocruz e da Secretaria de Saúde de Niterói, para que possam se inscrever. Também será disponibilizado, a partir da semana que vem, um telefone. Eles serão convidados a irem ao centro de pesquisa, serão avaliados pela equipe médica e de enfermagem e farão uma série de exames. Consentindo e aceitando participar do estudo, serão feitas duas doses vacina: uma no primeiro dia, e outra, 14 dias depois. Todos serão acompanhados com exames regulares pelo período de um ano. No fim deste período teremos a avaliação se a vacina de fato funciona, como a gente prevê que ela possa funcionar, pelos resultados apresentados nas fases anteriores”.

O secretário de Saúde, Rodrigo Oliveira, informa que a Secretaria dará todo o apoio para a pesquisa e que acredita que em bons resultados.

“Essa parceria com a Fiocruz e o Butantan é um passo muito importante nesta epidemia. Niterói sempre esteve à frente nas medidas de combate ao coronavírus e foi escolhida como polo para pesquisa da vacina contra a Covid-19. Estamos confiantes de que teremos um bom resultado neste trabalho”, afirma o secretário.

A subsecretária de Saúde de Niterói, Camilla Franco, também participou da assinatura do termo de anuência para realização dos testes.


Fonte: