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terça-feira, 26 de agosto de 2025

🦟 Educação em Saúde: Alunos se tornam agentes de prevenção contra o Aedes aegypti

 


Nos dias 11 e 12 de agosto, o Colégio Estadual Dr. Memória, localizado no bairro Cubango, recebeu o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para uma palestra educativa sobre arboviroses — doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

A iniciativa teve como principal objetivo conscientizar os alunos do 6º e 8º anos do ensino fundamental sobre os riscos associados ao mosquito e as formas de prevenção. As turmas envolvidas na ação foram incentivadas a se tornarem multiplicadoras do conhecimento, levando a mensagem de cuidado e prevenção aos demais colegas da escola.

A atividade foi conduzida de forma dinâmica e interativa pelos palestrantes Maria Cristina Crisóstomo, Rodolfo Teixeira e Rosani Loureiro, representantes do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC). Utilizando bate-papo e apresentações em slide-show, os profissionais abordaram temas essenciais como:

  • Arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, zika, chikungunya e febre amarela, com destaque para seus sintomas.
  • Características do mosquito transmissor: ciclo de vida e hábitos do Aedes aegypti.
  • Prevenção e combate ao mosquito: estratégias para evitar a proliferação e eliminar criadouros.

As turmas mais avançadas demonstraram grande interesse e curiosidade. Entre as principais dúvidas levantadas pelos estudantes, destacam-se:

  • “Podemos sentir a picada do Aedes?”
  • “O uso de repelente realmente funciona contra o Aedes aegypti?”
  • “Qual é o alimento da larva do mosquito?”

A ação reforça a importância da educação em saúde como ferramenta de transformação social, despertando nos jovens o senso de responsabilidade e protagonismo na luta contra as arboviroses.





sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Arboviroses: Conhecimento e Prevenção para Gestantes no MMF Matapaca

 


No dia 05/08, o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ), por meio do seu setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), realizou no Módulo Médico de Família do Matapaca uma palestra sobre arboviroses voltada para o grupo de gestantes do Programa Escola da Família. O encontro teve como objetivo despertar a consciência sobre a influência do ambiente na saúde física e mental, especialmente durante a gestação.

As agentes Jorgete Melo e Patrícia de Oliveira iniciaram a atividade abordando o senso de merecimento e a relação entre um lar limpo e organizado e a promoção de um ambiente saudável. Em seguida, apresentaram os hábitos do mosquito Aedes aegypti e os locais mais propícios à sua proliferação. A partir dessas informações, incentivaram as gestantes a realizarem um “detox ambiental”, com ações como o descarte de objetos desnecessários, valorização da luz natural, ventilação cruzada e cuidados especiais com os bebedouros dos animais domésticos — incluindo a lavagem diária dos recipientes e a troca da água, além da eliminação de água parada em pratinhos de plantas e outros possíveis criadouros.

Também orientaram sobre os principais sintomas das arboviroses e reforçaram a importância de procurar atendimento nas unidades de saúde ao identificar qualquer sinal suspeito.

As gestantes demonstraram grande receptividade e participação ao longo da atividade, contribuindo para um diálogo rico e transformador.



sexta-feira, 25 de julho de 2025

AGORA É LEI: RIO TERÁ PROGRAMA DE CONTROLE SUSTENTÁVEL DO AEDES AEGYPTI

 


O Estado do Rio de Janeiro terá um Programa de Controle Sustentável do Aedes aegypti, conforme prevê a Lei 10.890/25, aprovada pela Alerj e sancionada pelo governador Cláudio Castro. O objetivo é reduzir as arboviroses transmitidas pelo mosquito, como Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela Urbana, além de doenças que afetam animais domésticos, como a Dirofilariose.

A lei incentiva métodos inovadores, como a liberação de mosquitos modificados ou infectados com agentes que diminuem a capacidade de transmissão de doenças. Destaca ainda a avaliação contínua dos métodos tradicionais e a redução progressiva do uso de inseticidas químicos, visando preservar o meio ambiente e a biodiversidade local.

O programa será implementado pelo governo estadual e buscará cobertura eficiente em áreas urbanas e rurais, focando especialmente em regiões com maior incidência das doenças.

Um exemplo bem-sucedido é o do município de Niterói, que utilizou o método Wolbachia — um microrganismo que, quando introduzido nos ovos do Aedes aegypti, reduz a capacidade do mosquito de transmitir vírus. Em Niterói, desde 2015, a liberação de mosquitos com Wolbachia levou a reduções expressivas: cerca de 70% nos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de zika nas áreas cobertas. Em 2023, Niterói se tornou a primeira cidade do país com 100% do território coberto por essa tecnologia, apresentando índices muito baixos de casos de dengue em 2025.

Além disso, foi inaugurada em Curitiba a maior biofábrica do mundo para criação de mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia, resultado da parceria entre o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o World Mosquito Program (WMP). A iniciativa conta com apoio do Ministério da Saúde, Fiocruz e WMP e já beneficiou cerca de 5 milhões de brasileiros, com previsão de alcançar 70 milhões nos próximos anos.


📌 Resumo do conteúdo originalmente publicado por A TRIBUNA RJ.


segunda-feira, 23 de junho de 2025

Casa Saudável, Família Protegida: Conversa com Gestantes sobre a Prevenção das Arboviroses

 


No dia 22/05, atendendo ao convite da enfermeira responsável técnica Aline Rodrigues, A equipe do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ), realizou uma palestra sobre arboviroses para o grupo de gestantes participantes do Programa Escola da Família do Médico de Família do Cantagalo.

A roda de conversa teve como ponto de partida o tema “Como manter a casa saudável e segura, livre de vetores”. As agentes Jorgete Melo e Patrícia de Oliveira abordaram aspectos essenciais do ambiente doméstico, como a importância da ventilação cruzada, da entrada de luz natural, da organização dos espaços, evitando excessos e promovendo um lar livre dos 4 As (acesso, abrigo, água e alimento).

“A participação do grupo foi intensa e enriquecedora. As gestantes compartilharam relatos do dia a dia, destacando dificuldades enfrentadas com vizinhos e familiares acumuladores. Foi reforçada a importância do engajamento coletivo de todos os membros da família na limpeza e organização da casa e do quintal. Também discutimos cuidados individuais, como o uso de roupas claras e de mangas compridas, calças e sapatos fechados, além da aplicação de repelentes com icaridina ou DEET como apoio adicional na prevenção das arboviroses. Orientamos ainda sobre as ações a serem tomadas caso a prevenção falhe, ressaltando a importância do acompanhamento médico, da hidratação e do repouso”, relatou Patrícia.

O próximo encontro com o grupo será no dia 09/09 para falar sobre o tema “Boas Práticas na Manipulação de Alimentos”, escolhido pela enfermeira Aline Rodrigues.










segunda-feira, 16 de junho de 2025

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A FEBRE DO OROPOUCHE

 



📌 O que é a febre do Oropouche?
É uma doença causada pelo vírus Oropouche (OROV), um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, transmitido por insetos. Foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960.



📍 Onde a doença ocorre com mais frequência?
Historicamente, os casos se concentraram na Região Amazônica, mas, desde 2023, a doença se expandiu para vários estados brasileiros e países da América Latina e Caribe.



🦟 Como ocorre a transmissão do vírus Oropouche?
A transmissão ocorre principalmente por meio da picada do inseto Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. O ciclo pode ser:

  • Silvestre: envolve bichos-preguiça, primatas e outros animais.
  • Urbano: envolve humanos como principais hospedeiros.


👾 Quem é o vetor principal da doença?
O Culicoides paraensis (maruim). Ele é pequeno, muito incômodo, e tem uma picada dolorosa. Só a fêmea pica, pois precisa de sangue para maturação dos ovos.



🌱 Onde o maruim deposita seus ovos?
Em locais com matéria orgânica e umidade, como:

  • Troncos e folhas em decomposição
  • Cepos de bananeiras
  • Quintais com lixo orgânico


⏱️ Qual é o horário de maior atividade do maruim?
No final da tarde, mas ele pode picar durante todo o dia, se houver pessoas ou animais por perto.



🤕 Quais são os sintomas da Febre do Oropouche?

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares e nas articulações
  • Calafrios
  • Náuseas e vômitos
  • Erupções cutâneas

Obs: Pode ser confundida com dengue. Em casos raros, pode evoluir para meningite asséptica.



👶 Há risco na gestação?
Em 2024, foram investigados casos de transmissão na gravidez, inclusive com microcefalia e perdas fetais, mas os estudos ainda não são conclusivos.



👥 Qual o grupo mais afetado?
Adultos entre 20 e 49 anos, especialmente homens, segundo o Ministério da Saúde.



🧪 Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. O Oropouche é uma doença de notificação compulsória e imediata.



💊 Qual é o tratamento?
Não existe tratamento específico. O cuidado é sintomático, com repouso e acompanhamento médico.



🛡️ Como se prevenir?

  • Usar roupas que cubram o corpo
  • Evitar áreas com maruins
  • Fechar janelas ao entardecer
  • Usar telas finas tipo voil
  • Limpar quintais, recolher folhas e restos orgânicos

Importante: Repelentes e inseticidas comuns não funcionam contra o maruim.



🌍 Onde há casos confirmados?
Além do Brasil, há registros em Peru, Colômbia, Bolívia, Cuba, Guiana, Panamá e outros países. Casos importados foram identificados nos EUA, Canadá, Espanha, Itália e Alemanha.



🇧🇷 E no Brasil?

  • 2023: 834 casos confirmados
  • 2024: 13.856 casos até a Semana Epidemiológica 50
  • 2025: 11.565 casos até a Semana Epidemiológica 23 (4 óbitos confirmados e 3 sob investigação)


🧭 E no Estado do Rio de Janeiro?

  • 2024: 163 casos confirmados
  • 2025: 2.364 casos até a Semana Epidemiológica 22 (3 óbitos confirmados, 2 em investigação)
  • Niterói: 2 casos em 2024, 6 casos em 2025 até maio.



Texto baseado na matéria:

Fonte da Imagem:  IOC/FIOCRUZ



FEBRE DO OROPOUCHE: DOENÇA, VETORES E SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL

 



Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul.

 

Transmissão

A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.

Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

  • Ciclo Silvestre:  No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do OROV em algumas espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus. No entanto, o vetor primário é o Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.



  • Ciclo Urbano:  Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O inseto Culicoides paraenses também é o vetor principal. O inseto Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.

 


Características do vetor

Culicoides paraensis é, possivelmente, um inseto nativo das Américas. Ele foi descrito, pela primeira vez, no Pará, em 1905, por Emilio Goeldi. A nomeação da espécie faz referência ao estado. Atualmente, ele é encontrado na maior parte do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina. No Brasil, acredita-se que esteja presente em todos os estados, apesar de só ter sido efetivamente registrado em 15 estados até o momento.  Outra característica é a picada muito dolorosa. É um inseto que causa incômodo para a população quando há infestação. 

A fêmea do maruim procura locais com bastante matéria orgânica e umidade para depositar seus ovos. Nas florestas, troncos de árvore em decomposição, cascas de frutas caídas no chão, bromélias, beiras de riachos, folhagem do solo são os locais preferenciais. Nos bananais, ela deposita os ovos no cepo da bananeira, parte do caule que fica quando a árvore é cortada para colheita da banana. Na área urbana, ela pode colocar ovos no quintal se houver qualquer tipo de matéria orgânica acumulada no chão. 

Os maruins adultos, machos e fêmeas, se alimentam do néctar de plantas. Porém, somente as fêmeas picam seres humanos e animais, pois precisam de sangue para amadurecimento dos ovos. Estudos sobre insetos do gênero Culicoides apontam que as fêmeas podem colocar de 30 a 450 ovos por postura, dependendo da espécie e da refeição sanguínea. Mas não há informação específica sobre C. paraensis

O ciclo de vida é parecido com o dos mosquitos. Nos criadouros, os ovos eclodem liberando as larvas que se alimentam da matéria orgânica. As larvas passam por quatro estádios de desenvolvimento, depois se tornam pupas, que não se alimentam e se transformam no inseto adulto. Porém, não há dados específicos sobre o tempo de desenvolvimento do C. paraensis

Ele tende a ficar próximo do seu local de reprodução. O voo próprio dele fica em torno de 500 m. Mas, como o maruim é muito leve, ele é dispersado pelo vento. Então, dependendo da velocidade do vento, ele pode alcançar até 2 km voando.

O pico de atividade, em que os maruins se alimentam com maior intensidade, é no final da tarde. Mas eles podem picar em outros horários, durante todo o dia, dependendo da presença do ser humano ou de outro animal no ambiente. 

A título de comparação, o Culicoides paraenses mede até 3 milímetros, sendo cerca de 12 vezes menor do que o mosquito transmissor da dengue e 20 vezes menor do que o Culex quinquefasciatus, que é o pernilongo mais comum no país.

 

Sintomas

O período de incubação (o tempo entre a picada de um inseto infectado e os primeiros sintomas) do vírus Oropouche é normalmente de 3 a 10 dias. Os sintomas da doença incluem febre, dor de cabeça, dor nas articulações (artralgia), dor muscular (mialgia), calafrios, náuseas, vômitos e erupções cutâneas. Os sintomas são parecidos com os da dengue, então, nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle. 

A compreensão das complicações da doença causada pelo vírus Oropouche é limitada. Ocasionalmente, pode ocorrer meningite asséptica.

Em 2024, houve relatos no Brasil descrevendo cinco casos de possível transmissão do vírus Oropouche durante a gravidez (quatro natimortos e um aborto espontâneo), bem como quatro casos de recém-nascidos com microcefalia detectados por meio de investigações retrospectivas. Apesar da detecção do RNA viral, não se pode concluir que a infecção por OROV tenha sido a causa das mortes fetais, e as investigações ainda estão em andamento.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença atinge mais a faixa etária dos 20 aos 49 anos, prevalecendo o sexo masculino.

 

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. Todo caso com diagnóstico de infecção pelo OROV deve ser notificado. O Oropouche compõe a lista de doenças de notificação compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata, em função do potencial epidêmico e da alta capacidade de mutação, podendo se tornar uma ameaça à saúde pública.

 

Tratamento

Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

 

Prevenção

Recomenda-se:

  • Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores.
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo, como blusa de manga longa, calça comprida e sapato fechado.
  • Limpeza de terrenos e de locais de criação de animais.
  • Recolhimento de folhas e frutos que caem no solo.
  • Uso de telas de malha fina, tipo voil, em portas e janelas.
  • Se houver infestação perto de casa, fechar as janelas no horário de pico do vetor (fim da tarde). 

Segundo a pesquisadora e curadora da Coleção de Ceratopogonidae do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Maria Clara Alves Santarém, não adianta usar repelente, inseticida ou tela para se proteger do maruim: “Tanto pela literatura científica como por experiência própria, sabemos que os repelentes não são eficazes contra maruim. Inseticidas também não funcionam. São compostos desenvolvidos contra mosquitos, como Aedes e Culex, que são insetos de uma família diferente. Como os maruins atravessam a tela comum, é recomendado utilizar telas de malhas finas, tipo voil, o que seria tão eficaz quanto fechar as janelas”.

 

A Febre do Oropouche no mundo

Antes do final de 2023, a doença causada pelo vírus Oropouche foi relatada no Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Haiti, Panamá, Peru, Trinidad e Tobago, Guiana Francesa e Venezuela; a maioria dos casos foi relatada perto da floresta amazônica. No entanto, desde dezembro de 2023, houve um aumento no número de casos relatados, inclusive em áreas onde a transmissão não havia sido documentada anteriormente.

Em 2024, a doença do vírus Oropouche, transmitida localmente, foi relatada em sete países da América Latina e do Caribe: Brasil, Bolívia, Colômbia, Cuba, Guiana, Peru e República Dominicana. Além disso, casos da doença do vírus Oropouche foram relatados entre viajantes que retornaram de países com transmissão local para os Estados Unidos, Canadá, Espanha, Itália e Alemanha.

Em 2025, entre as semanas epidemiológicas (SE) 1 e 4, foram registrados 3.765 casos confirmados de Oropouche nas Américas. Casos confirmados foram relatados em seis países: Brasil (3.678), Canadá (1 importado), Cuba (4), Guiana (1), Panamá (79) e Peru (2).

 

A Febre do Oropouche no Brasil

A partir de 2023, houve aumento significativo na detecção de casos de Oropouche no Brasil. Ao longo do ano, 834 amostras tiveram diagnóstico confirmado para o vírus Oropouche (OROV).

Em 2024, observou-se uma expansão da circulação viral para estados extra-amazônicos, com um total de 13.856 amostras positivas registradas até a semana epidemiológica (SE) 50. A transmissão autóctone (teve sua origem no mesmo local de residência do indivíduo) foi identificada em quase todas as unidades federativas, com exceção do Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul.

Já em 2025, até a semana epidemiológica 23 (maio), o Ministério da Saúde contabilizou 11.565 casos confirmados, com 4 óbitos confirmados e 3 sob investigação.


Rio de Janeiro:

Em maio de 2024, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) confirmou o diagnóstico de febre Oropouche em um paciente do Rio de Janeiro com histórico de viagem para Manaus. A confirmação laboratorial foi realizada pelo Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC, que atua como Laboratório de Referência Regional para Arbovírus junto ao Ministério da Saúde. 

Segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde, em 2024 o Estado confirmou 163 casos da doença.  Já em 2025, até a semana 22, foram 2.364, sendo 02 óbitos em investigação e 03 óbitos confirmados.

No município de Niterói foram 02 casos confirmados da doença em 2024; já em 2025, 06 casos até a semana epidemiológica 22 (maio).


Veja também:

Arboviroses Emergentes: FEBRE DO OROPOUCHE


***

Fontes:

Ministério da Saúde

Ministério da Saúde - Painel Epidemiológico

Ministério da Saúde - Nota Técnica Oropouche 2024

CIEVES-RJ Centro de Informação Epidemiológicas de Vigilância em Saúde do Estado do Rio de Janeiro

Agencia Gov

Organização Mundial da Saúde

IOC/FIOCRUZ

IOC/FIOCRUZ matéria


Fontes das imagens:

Ministério da Saúde

Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein



terça-feira, 10 de junho de 2025

CCZ realiza ação educativa sobre arboviroses para alunos do EJA - Educação de Jovens e Adultos

 


Na última quarta-feira, dia 4/6, a equipe do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), realizou palestra sobre arboviroses para alunos do EJA - Educação de Jovens e Adultos, da Unidade Municipal de Educação Infantil Vale Feliz, no Engenho do Mato.

A ação educativa em saúde teve como principal objetivo informar e conscientizar sobre doenças transmitidas por vetores, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela, que são muito comuns no Brasil. Além de trazer conhecimento sobre prevenção e sintomas, a palestra pode empoderar os alunos a adotarem medidas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor dessas arboviroses.

O agente Delcir Vieira desenvolveu a atividade por meio de bate-papo interativo e exibição de slides, abordando os seguintes tópicos: arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) e seus sintomas, principais medidas de prevenção e combate aos possíveis criadouros do vetor.

Durante a palestra, o profissional explicou aos alunos o conceito de Saúde Única, ressaltando a importância do equilíbrio entre saúde ambiental, saúde humana e saúde animal. Destacou como esses fatores estão interligados e influenciam diretamente a qualidade de vida e a prevenção de doenças.

Além disso, abordei também os principais agravos à saúde, enfatizando o papel do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika. Foram apresentadas as diversas estratégias de controle, incluindo medidas preventivas e ações de manejo para evitar a proliferação do inseto.

Outro tema relevante foi o método Wolbachia, um dos métodos biológicos mais eficazes no combate ao Aedes aegypti. Delcir falou como essa técnica inovadora funciona e os impactos positivos que ela tem na redução da transmissão de doenças.

O engajamento dos alunos foi notável, especialmente quando alguns compartilharam experiências pessoais. Relataram casos de dengue grave e febre chikungunya, com alguns mencionando que ainda sofrem com dores persistentes. Esses depoimentos trouxeram uma dimensão real ao debate, tornando a palestra ainda mais interessante e envolvente.

Ao longo da atividade, reforçou-se constantemente a importância da prevenção, destacando que a conscientização e as medidas diárias são essenciais para reduzir riscos e proteger a saúde da população.








quinta-feira, 5 de junho de 2025

5 de Junho: Meio Ambiente, Ecologia e Reciclagem na Prevenção de Zoonoses 🌍♻️🦟



No dia 5 de junho, celebramos três datas essenciais para a preservação ambiental: o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Dia da Ecologia e o Dia Nacional da Reciclagem. Essas celebrações reforçam a importância de cuidar do planeta e alertam sobre os impactos da atividade humana na natureza. No contexto da saúde pública, a degradação ambiental está diretamente ligada ao surgimento e à disseminação de zoonoses, doenças transmitidas de animais para humanos. A poluição, o desmatamento e o descarte inadequado de resíduos contribuem para a proliferação de vetores como o Aedes aegypti, responsável por arboviroses como dengue, zika e chikungunya.

O Centro de Controle de Zoonoses de Niterói desempenha um papel essencial na mitigação desses riscos, promovendo ações educativas, campanhas de prevenção e controle de vetores. Com atividades como palestras, visitas comunitárias e fiscalização de áreas de risco, o CCZ reforça a importância da preservação ambiental na saúde coletiva. A conscientização sobre o descarte correto de resíduos, a eliminação de focos de proliferação de mosquitos e o controle populacional de animais contribuem para um meio ambiente mais equilibrado e seguro para todos. 💚♻️🦟

 

Dia Mundial do Meio Ambiente🌱🌍

No dia 5 de junho, celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, uma data essencial para promover a conscientização sobre a preservação dos recursos naturais e alertar sobre os impactos da atividade humana no planeta.

A importância do Dia Mundial do Meio Ambiente

Todos os anos, as Nações Unidas escolhem um tema para guiar as discussões e incentivar ações globais em prol do meio ambiente. Em 2022, ao completar 50 anos desde sua criação, o tema escolhido foi "Uma Só Terra", reforçando a ideia de que precisamos agir juntos para garantir um futuro sustentável.

Essa data nos lembra da importância de preservar a biodiversidade, reduzir a poluição, combater o desmatamento e promover hábitos mais sustentáveis. Cada pequena atitude faz diferença e contribui para minimizar os danos ambientais.

Origem da comemoração

A celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente começou em 1972, com a realização da Conferência de Estocolmo, o primeiro grande encontro global promovido pela ONU para discutir questões ambientais. O evento reuniu vários governos e ONGs e, desde então, o dia 5 de junho passou a integrar o calendário oficial das Nações Unidas como um momento de reflexão e mobilização.

Para ampliar ainda mais essa conscientização, em 1981, foi criada a Semana Nacional do Meio Ambiente, celebrada na primeira semana de junho, com iniciativas voltadas para a educação ambiental em diversas comunidades.

Como podemos fazer a diferença?

A proteção do meio ambiente é responsabilidade de todos, e pequenas mudanças de hábitos podem gerar um impacto positivo. Confira algumas ações simples que podem ser incorporadas no dia a dia:

Descarte corretamente o lixo – não jogue resíduos no chão e evite despejar óleo no encanamento.
Consumo consciente – compre apenas o necessário e evite desperdícios.
Economize energia – apague luzes desnecessárias e desconecte aparelhos quando não estiver usando.
Reutilize materiais – potes de vidro podem virar objetos decorativos ou recipientes para armazenamento.
Preserve a água – feche a torneira ao escovar os dentes e reduza o tempo de banho.
Evite descartáveis – leve seu próprio copo para o trabalho ou escola.
Separe corretamente os resíduos – faça a separação do lixo reciclável para que ele tenha o destino correto.

 



Dia da Ecologia 🌿🌎

Todo ano, em 5 de junho, celebramos o Dia da Ecologia, uma data fundamental para estimular reflexões sobre os desafios ambientais que enfrentamos e o que podemos fazer para proteger nosso planeta.

A importância do Dia da Ecologia

O objetivo dessa data é gerar debates em diversos grupos sociais sobre os problemas ambientais que já impactam nossas vidas — e aqueles que podem se agravar se não tomarmos medidas urgentes. Questões como poluição do ar, solo e água, desmatamento, diminuição da biodiversidade, destruição da camada de ozônio e extinção de espécies estão entre os temas mais discutidos, além da necessidade de práticas sustentáveis para garantir um futuro mais equilibrado.

Origem da celebração

O Dia da Ecologia surgiu em homenagem à Conferência de Estocolmo, realizada pela ONU em 1972, que reuniu 113 países e 250 organizações não-governamentais para discutir o futuro ambiental do planeta. Essa conferência foi um marco no fortalecimento da conscientização ecológica global.

Nos anos 80, o interesse pela preservação ambiental se intensificou, levando à realização da Rio-92, outra grande conferência, que aconteceu no Rio de Janeiro em 1992. Esse evento trouxe avanços importantes e envolveu governos e cidadãos na construção de políticas ambientais mais eficientes.




Dia Nacional da Reciclagem ♻️🌍

No dia 5 de junho, celebramos o Dia Nacional da Reciclagem, uma data crucial para conscientizar a população sobre a importância da coleta, separação e correta destinação dos materiais recicláveis. Esse processo é fundamental para ajudar o meio ambiente a se regenerar e evitar o esgotamento acelerado dos recursos naturais.

Por que a reciclagem é tão importante?

A reciclagem reduz a quantidade de resíduos descartados de forma inadequada, diminuindo a poluição do solo, da água e do ar. Além disso, ela contribui para a preservação dos ecossistemas, diminui a necessidade de extração de matérias-primas e incentiva a economia circular, gerando empregos e novas oportunidades.

Entre os principais materiais que podem ser reciclados estão:

♻️ Plásticos – embalagens, garrafas PET, sacos e utensílios diversos.
♻️ Papel e papelão – jornais, revistas, caixas e folhas usadas.
♻️ Vidro – potes, garrafas e frascos.
♻️ Metais – latas de alumínio, cobre e ferro.
♻️ Eletrônicos – peças de computadores, celulares e baterias.

Origem e história do Dia Nacional da Reciclagem

A data foi oficializada no Brasil pela Lei nº 12.055, de 9 de outubro de 2009, e foi escolhida para coincidir com o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho desde 1972, quando aconteceu a 1ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo, na Suécia.

Além disso, internacionalmente, existe o Dia Mundial da Reciclagem, comemorado em 17 de maio e instituído pela UNESCO, reforçando a necessidade global de adotar práticas mais sustentáveis.

Como podemos contribuir para a reciclagem no dia a dia?

Cada um de nós pode fazer a diferença adotando hábitos simples e eficazes:
Separe os resíduos corretamente – plásticos, papéis, metais e vidros devem ser organizados para reciclagem.
Evite o desperdício – compre de forma consciente e reutilize materiais sempre que possível.
Reduza o uso de descartáveis – prefira itens reutilizáveis, como copos e sacolas ecológicas.
Descarte corretamente itens eletrônicos – pilhas e baterias devem ser entregues em postos de coleta especializados.
Apoie cooperativas e projetos de reciclagem – muitas iniciativas locais ajudam na destinação correta dos materiais e contribuem para a economia sustentável.





Fonte textual parcial e das três últimas imagens:  Calendarr Brasil





quarta-feira, 4 de junho de 2025

Participação do CCZ no evento PREFEITURA MÓVEL 🦟🚫💚





Entre os dias 26 e 30 de maio, o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) marcou presença no evento Prefeitura Móvel, realizado no Horto do Fonseca! 🌿✨

Nossa equipe do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) preparou um estande educativo especial, levando informações essenciais para conscientizar a população sobre saúde pública, zoonoses e formas de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti. 🚫🦟

Foi um momento de aprendizado e troca, onde tivemos a oportunidade de tirar dúvidas, dar orientações e reforçar a importância dos cuidados no dia a dia. Juntos, podemos construir uma cidade mais saudável e segura para todos! 💪🏽🌎



 

Alunos da Escola Municipal Bolívia de Lima Gaetho participam de ação educativa sobre arboviroses

 


Nos dias 19, 26 e 27 de maio, os alunos da Escola Municipal Bolívia de Lima Gaetho, no Rio do Ouro, participaram de uma atividade especial sobre arboviroses. A ação foi promovida pelo Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ), por meio do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC). 

O objetivo da iniciativa foi sensibilizar os alunos sobre os perigos do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses dengue, chikungunya, zika e febre amarela, além de conscientizá-los sobre os cuidados necessários para sua prevenção. 

A atividade foi conduzida pelo agente Delcir Vieira, que, por meio de contação de história e palestra, estimulou o interesse das crianças pelo tema. Além de proporcionar aprendizado, também incentivou os alunos a se tornarem multiplicadores dos hábitos de prevenção dentro de suas próprias casas. 

“Realizei um trabalho com as crianças por meio de uma palestra, e, para os menores, utilizei a construção de uma história para ensinar sobre as formas de prevenção e os cuidados necessários para evitar a doença. As crianças participaram ativamente, demonstraram interesse, fizeram perguntas e interagiram de maneira muito envolvente. Foi uma experiência bastante enriquecedora. Além disso, tivemos um momento no pátio onde apresentei alguns focos para ilustrar melhor a importância da prevenção”, contou Delcir.







quinta-feira, 24 de abril de 2025

Alunos da UMEI Therezinha Calil Petrus participam de contação de história sobre arboviroses

 


Na última semana, no dia 15 de abril, os alunos da Unidade Municipal de Educação Infantil Therezinha Calil Petrus, localizada no Barreto, participaram de uma atividade especial de contação de história sobre arboviroses. A ação foi promovida pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), por meio do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC). 

O objetivo da iniciativa foi sensibilizar os pequenos sobre os perigos do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses dengue, chikungunya, zika e febre amarela, além de conscientizá-los sobre os cuidados necessários para sua prevenção. 

A atividade foi conduzida pela agente Maria Cristina Crisóstomo, que, por meio da história Turma da Mônica e o Aedes e de um slide-show interativo, estimulou a imaginação, as emoções e o interesse das crianças pelo tema de forma lúdica e divertida. Além de proporcionar um aprendizado envolvente, a metodologia também incentivou os alunos a se tornarem multiplicadores dos hábitos de prevenção dentro de suas próprias casas. 

Apesar da pouca idade, os alunos demonstraram grande engajamento, participaram ativamente da atividade e responderam com entusiasmo às perguntas temáticas.

 


quinta-feira, 17 de abril de 2025

Educação em Saúde: CCZ leva conhecimento sobre arboviroses aos alunos da Escola Municipal Portugal Neves

 


No dia 4 de abril, o setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) participou do evento Saúde na Escola, promovido na Escola Municipal Portugal Neves, em Piratininga. 

Durante a ação, a agente Adriana Heizer conduziu uma palestra interativa e apresentou maquetes sobre arboviroses aos alunos do ensino fundamental. Com uma metodologia dinâmica, baseada em bate-papo e exibição de slides, os estudantes aprenderam sobre dengue, zika e chikungunya, seus sintomas, as características do mosquito transmissor (Aedes aegypti) e as principais medidas de prevenção e combate aos criadouros do vetor. 

A iniciativa contou com a parceria do Módulo Médico de Família Cafubá III e a participação da técnica de enfermagem Luzia, que contribuiu enriquecendo o debate com informações complementares.