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quinta-feira, 15 de abril de 2021

TOXOPLASMOSE

O que é?

Doença infecciosa, não contagiosa, sistêmica causada pelo Toxoplasma gondii, constituindo-se numa importante zoonose do ponto de vista da saúde pública. Tem como agente infeccioso o Toxoplasma gondii,  uma espécie de protozoário, parasito intracelular obrigatório, da família Sarcocystidae, que infecta grande variedade de aves e mamíferos, inclusive o homem.

O parasito foi descoberto em 1908, por Nicolle & Manceaux, no Gondi, roedor do norte da África, porém sabe-se que quase ao mesmo tempo Splendore descobriu o parasito em coelho no Brasil (REY, 2008). Devido à sua morfologia arqueada, o T. gondii recebeu o nome toxoplasma que vem do grego toxo (arco) e plasma (molde), sendo a palavra gondii referente ao roedor.



É encontrada mundialmente, exceto em algumas ilhas do Pacífico onde não existem gatos. A existência destes animais, ainda que em pequeno número, é o suficiente para que haja ampla dispersão dos oocistos. 

Não é transmitida diretamente de um indivíduo a outro, exceto no útero. A carne contaminada com os cistos permanece infectante enquanto apresentar condições de ser consumida, exceto quando congelada por vários dias.


Ciclo da doença

No intestino delgado dos gatos (hospedeiros definitivos) ocorre a reprodução assexuada (esquizogônica) e sexuada (gametogonia), produzindo oocistos não esporulados. Quando liberados no solo e no meio ambiente pelas fezes, necessitam de 1 a 5 dias, em condição ideais de temperatura e umidade, para esporularem, ou seja, tornarem-se infectantes. Nessa espécie, o protozoário completa o seu ciclo, sendo que o felino contrai a infecção ao comer carnes cruas, ratos ou pássaros contaminados.

O homem, cão, aves domésticas e outros animais são hospedeiros intermediários e se infectam por meio da ingestão de cistos em carnes cruas ou malcozidas, ingestão de oocistos presente em alimentos mal higienizados, água contaminada ou transmissão congênita.

Os casos agudos são geralmente, limitados e têm cura, porém o protozoário persiste por toda a vida da pessoa e pode ou não manifestar em outro momento, com sintomas variados.


Transmissão

A infecção pelo Toxoplasma é muito comum no homem, nos animais domésticos e silvestres. A toxoplasmose pode ser transmitida de forma adquirida ou congênita, sobressaindo 3 formas de contágio: pela ingestão de carne crua ou mal cozida de animais parasitados contendo cistos teciduais, especialmente do porco, do boi e do carneiro; pela ingestão de oocistos contaminantes na água e alimentos, provenientes do solo, lixo e de qualquer local onde os felinos, principalmente gatos defecam, ou por transmissão direta, afetando sobretudo as crianças pelo manuseio da terra e areia, em suas brincadeiras, e pela transplacentária do protozoário, acontecendo quando as mulheres se infectam entre a concepção e o sexto mês de gestação.




Sintomas

A maioria dos indivíduos adultos tolera o parasitismo, tornando a infecção primária frequentemente assintomática ou pouca sintomática. Portanto, a forma adquirida é geralmente benigna, com linfadenopatia localizada ou generalizada e, às vezes, febre. As manifestações graves incluem sinais cerebrais, pneumonite, comprometimento muscular generalizado e morte.

A toxoplasmose congênita determina processo fetal agudo, subagudo ou crônico, com altas taxas de morbidade e mortalidade do feto. As lesões oculares e cerebrais são encontradas em alta proporção nos pacientes com toxoplasmose congênita. O diagnóstico depende de uma combinação entre a informação clínica e os dados laboratoriais. Frequentemente são pesquisados os níveis de anticorpos para o Toxoplasma gondii, por imunodiagnóstico.


Diagnóstico

O diagnóstico de toxoplasmose é complexo e, em muitos casos, é difícil diferenciar infecção aguda e crônica. Os métodos utilizados são por meio do rastreamento sorológico de anticorpos das classes IgM, IgG, IgA e Teste de avidez do IgG.

•  Em gestantes, o rastreamento sorológico de anticorpos anti T.gondii é feito no pré-natal e também a cada trimestre da gestação. O Teste de avidez até 16ª semana ajuda avaliar entre infecções aguda e adquiridas recentemente. De acordo com a idade gestacional faz a amniocentese e avaliação do líquido amniótico por PCR, se possível.

•  Em RN, a toxoplasmose é importante causa de morbidade e mortalidade infantil. A triagem sorológica ou rastreamento precoce através das classes de imunoglobulinas, IgG. IgM e IgA é imprescindível para suspeição e a realização de exames complementares. Atualmente foi implantado a pesquisa de anticorpos IgM anti-Toxoplasma gondii no sangue colhido em papel filtro para o teste de triagem neonatal, teste do pezinho ampliado.


Tratamento

A toxoplasmose normalmente evolui sem sequelas em pessoas com boa imunidade, desta forma não se recomenda tratamento específico, apenas tratamento para combater os sintomas. Pacientes com imunidade comprometida ou que já tenham desenvolvido complicações da doença (cegueira, diminuição auditiva) são encaminhados para acompanhamento médico especializado.

Em caso de toxoplasmose na gravidez, é importante o acompanhamento no pré-natal e a pratica das orientações que forem repassadas pelas equipes de saúde.


Prevenção

ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL

•  Não ingerir carnes cruas, malpassadas ou malcozidas, incluindo os frutos do mar como por exemplo mariscos - (restaurantes, açougues, feiras, etc);

•  A maioria das carnes devem ficar congeladas antes do consumo por por 3 dias, a 15º negativos;

•  Após manusear a carne crua, lavar bem as mãos, toda superfície que entrou em contato com o alimento e todos utensílios utilizados;

•  Não consumir leite e seus derivados crus (não pasteurizados);


FRUTAS E VERDURAS

•  Lavar bem frutas, legumes e verduras com água filtrada antes de consumir;

• A lavagem adequada inclui a escovação dos alimentos e a limpeza das superfícies de cozimento e os utensílios após o contato dos alimentos;

ÁGUA

•  Consumo de água 100% potável;

•  Fervura da água: antes de consumir a água é indicado o uso de filtros e a fervura, por 5 minutos, como tratamento adicional, principalmente em situações de surto da doença;

•  Manter os reservatórios bem fechados, limpeza periódica das caixa de água periodicamente, mantê-las bem vedada para minimizar os riscos de contaminação.


MEIO AMBIENTE

•  Cobrir as caixas de areia das crianças quando não usam para evitar que os gatos a utilizem;

•  As mulheres grávidas e os indivíduos com baixa imunidade devem usar luvas ao jardinar;

•  Grávidas tutoras de felinos devem evitar que as fezes nas caixas de areia permaneçam por mais de 1 dia;

•  Cuidados para quem tem gatos: Alimentar os gatos com carne cozida ou ração, não deixando que estes ingiram sua caça; a caixa de areia com dejetos deve ser renovada a cada 3 dias e colocada no sol com frequência; evitar contato com lixo que tem presença de fezes de gato;

•  Não alimente gatos com carne crua ou malpassada;

•  Mulheres grávidas e indivíduos com baixa imunidade devem evitar manusear as caixas de areia;

•  Se não houver mais ninguém disponível para trocar a areia, use, se possível, máscaras faciais e luvas, além de lavar bem as mãos com sabão e água tratada adequadamente;

•  Usar fontes de água com qualidade e adequadamente tratadas para os animais.



Fontes:

Ministério da Saúde

Fiocruz

Secretaria de Saúde /Prefeitura de São Paulo


Imagens:

http://lineu.icb.usp.br/~farmacia/ppt/Toxoplasmose_2013.pdf




quarta-feira, 26 de junho de 2019

CCZ participa de ação conjunta sobre esporotricose no Cantagalo




Na terça-feira da semana passada (18/06), agentes do Serviço de Controle de Vetores (SECOV), do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), participaram de uma ação conjunta sobre esporotricose no bairro do Cantagalo, região de Pendotiba.

Graduandos em medicina e docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) uniram-se aos agentes do CCZ e aos agentes comunitários de saúde do Médico de Família do Cantagalo para dar continuidade às ações de prevenção e controle da esporotricose, parceria da PMF/FMS com a UFF. Na atividade, durante visita domiciliar, foram feitas orientações aos moradores assistidos pelo PMF.  Os agentes de combate às endemias, Pierri Boçard da Veiga e Wanderley Duarte Canellas acompanharam o trabalho que, por coincidência, era na mesma área onde realizariam um serviço de desratização.

Antes da atividade de campo, todo o grupo participou, sem agendamento prévio, de uma reunião sobre estratégias de combate à pediculose na Creche Comunitária Eulina Félix marcada por Delcir Vieira e Patrícia de Oliveira, ambos da equipe do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), também do CCZ, com a instituição e os agentes comunitários. Na oportunidade de troca de informações, os alunos e docentes relataram os casos de suspeitas de esporotricose no bairro e a carência de divulgação das unidades de tratamento, tanto animal como humano. O IEC sugeriu um treinamento mais intimista com os agentes comunitários, de endemias e de zoonoses para ajudar na orientação e divulgação da doença à população.

Saiba mais: 

Esporotricose

Vigilância da Esporotricose Animal em Niterói

ESPOROTRICOSE - vídeo da Fiocruz no YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=Fl-V94rLFzw
















sábado, 17 de fevereiro de 2018

17 de fevereiro: Dia Mundial dos Gatos





O Dia Mundial do Gato é comemorado anualmente em 17 de fevereiro.

Esta data foi criada por uma instituição italiana, com o objetivo de ajudar a promover uma campanha contra os maus tratos contra os gatos.

A ideia se espalhou por todo mundo. Diversas ONG’s e instituições de apoio aos animais, aproveitam esta data para promover a adoção de gatos abandonados, que é outra meta essencial.

Mesmo não existindo um Dia do Gato oficial no Brasil, estes animais de estimação são bastante queridos dos brasileiros.

De acordo com censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), existem aproximadamente 22,1 milhões de gatos nas casas do país.



sexta-feira, 2 de junho de 2017

ESPOROTRICOSE


Criado em 02/06/2017 - Atualizado em 10/02/2025.

Causada pelo fungo Sporothrix schenckii, a esporotricose é uma micose que pode afetar animais e humanos. Desde o final da década de 1990, no Estado do Rio de Janeiro, tem sido grande a ocorrência da doença em animais, especialmente em gatos. Há tratamento para a micose, e o diagnóstico dos animais já pode ser feito na maioria das clínicas veterinárias. Por isso, não abandone, maltrate ou sacrifique o animal com suspeita da doença. Procure o tratamento adequado e se informe sobre os cuidados que deve ter para cuidar de seu animal sem colocar em risco a própria saúde. São essas algumas das orientações dos veterinários que estudam o agravo. 


Quais são os principais sinais clínicos e sintomas da esporotricose?
Nos gatos, as manifestações clínicas da esporotricose são variadas. Os sinais mais observados são as lesões ulceradas na pele, ou seja, feridas profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente. A esporotricose está incluída no grupo das micoses subcutâneas.

A esporotricose atinge quais animais? Como é o contágio?
Embora a esporotricose já tenha sido relacionada a arranhaduras ou mordeduras de cães, ratos e outros pequenos animais, os gatos são os principais animais afetados e podem transmitir a doença para os seres humanos. O fungo causador da esporotricose geralmente habita o solo, palhas, vegetais e também madeiras, podendo ser transmitido por meio de materiais contaminados, como farpas ou espinhos. Animais contaminados, em especial os gatos, também transmitem a doença, por meio de arranhões, mordidas e contato direto da pele lesionada.

A esporotricose se manifesta em humanos?
Sim. O homem pega o fungo geralmente após algum pequeno acidente, como uma pancada ou esbarrão, onde a pele entra em contato com algum meio contaminado pelo fungo. Por exemplo: tábuas úmidas de madeira. Outra forma de contágio são arranhões e mordidas de animais que já tenham a doença ou o contato de pele diretamente com as lesões de bichos contaminados. Mas, vale destacar: isso não significa que os animais doentes não devam ser tratados, pelo contrário. A melhor solução para evitar que a doença se espalhe é cuidar dos animais doentes, adotando, para isso, algumas precauções simples, como o uso de luvas e a lavagem cuidadosa das mãos.






Como é possível identificar a esporotricose em humanos?
A doença se manifesta na forma de lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma ferida. Geralmente aparecem nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de carocinhos ou feridas. Como pode ser confundida com outras doenças de pele, o ideal é procurar um dermatologista para obter um diagnóstico adequado.

Os gatos podem transmitir esporotricose para as pessoas?
Sim, por meio de arranhões, mordidas e contato direto com a lesão. Por isso é importante que o diagnóstico seja feito rapidamente e que o animal doente receba o tratamento adequado. Animais doentes não devem nunca ser abandonados. Se isso acontecer, eles vão espalhar ainda mais a doença. Caso suspeite que seu animal de estimação está com esporotricose, procure um médico veterinário para receber orientações sobre como cuidar dele sem correr o risco de ser também contaminado.

É possível que um gato doente contamine outros animais que convivem no mesmo ambiente, como uma casa, quintal ou apartamento?
Sim. Por isso é aconselhável isolar o gato do contato com outros animais, separando-o num ambiente próprio, para que receba os cuidados de que necessita sem comprometer a saúde dos outros bichos da casa. Outro cuidado muito importante: em caso de morte do animal com esporotricose, é essencial que o corpo seja cremado, e não enterrado. Isso porque a micose pode se espalhar pelo solo, espalhando a doença entre outros animais.

Que cuidados podem evitar a transmissão?
Uma boa higienização do ambiente pode ajudar a reduzir a quantidade de fungos dispersos e, assim, novas contaminações. É também importante não manusear demais o animal, usar luvas e lavar bem as mãos. Em caso de morte dos animais doentes, não se deve enterrar os corpos, e sim incinerá-los, para evitar que o fungo se espalhe pelo solo.

Qual o tratamento indicado para gatos? E para humanos?
O tratamento recomendado, na maioria dos casos humanos e animais, é o antifúngico itraconazol, que deve ser receitado por médico ou veterinário. A dose a ser administrada deve ser avaliada por esses profissionais, de acordo com a gravidade da doença. Mas, dependendo do caso, outros fármacos podem ser usados. Reforçamos: a administração do medicamento só deve ser feita após avaliação médica ou veterinária.

Quanto tempo dura o tratamento?
Dependendo do caso, o tratamento pode durar meses ou mais de um ano. É muito importante que o tratamento seja seguido à risca.

É contagiosa apenas por contato ou o fungo também pode ser transmitido pelo ar?
A transmissão do fungo através da inalação é possível, mas é rara.

Já existe ou está sendo desenvolvida alguma vacina contra a esporotricose?
Não existe vacina contra a esporotricose, mas alguns estudos vêm sendo desenvolvidos.

Existe transmissão entre humanos? Ou seja: uma pessoa com esporotricose pode transmiti-la para outra?
Não há registros de casos deste tipo de transmissão. Pelo que se sabe, as pessoas só contraem a doença pelo contato com meios ou animais contaminados.


Onde levar um gato com suspeita de esporotricose para ser atendido?

O animal com suspeita de esporotricose deve ser levado a uma clínica veterinária. 


Há atendimentos de baixo custo e alguns gratuitos. No Rio de Janeiro, o animal pode ser encaminhado à Unidade de Medicina Veterinária da Prefeitura. Para mais informações acesse o site http://www.1746.rio.gov.br/ ou ligue para o 1746 da prefeitura.

A Fiocruz, por meio do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), também oferece atendimento no Ambulatório de dermatozoonoses em animais domésticos. Os proprietários de animais com suspeita ou diagnóstico de esporotricose devem telefonar para (21) 3865.9536 ou 3865.9553 para agendar consulta após responder a uma curta entrevista sobre o animal e iniciar o tratamento.

Em Niterói, o Centro de Controle de Zoonoses, em parceria com o Instituto Biomédico da Universidade Federal Fluminense, disponibiliza um local onde é feito o diagnóstico clínico e laboratorial da doença nos animais. O serviço é gratuito, com demanda espontânea e aberto a toda população da cidade. 
O atendimento é  na sede do CCZ (Rua Coronel Miranda, nº 18 - Ponta D'Areia - Niterói/RJ) e o agendamento é feito pelo telefone (21) 96955-2180 (Sem Whatsapp).



E o atendimento às pessoas, onde é feito?
O atendimento de esporotricose no município do Rio de Janeiro está sendo feito pelos médicos de Postos de Saúde locais e dos Serviços de Atenção Básica do Programa Saúde da Família. Casos que apresentam uma complexidade maior, serão então referendados para o Centro Clínico do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, através de encaminhamento médico, do local de origem. 

Em Niterói, as pessoas com lesões suspeitas devem entrar em contato com o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói através de telefonema para 
(21) 99639-4251 (Sem Whatsapp) ou pessoalmente, rua Coronel Miranda, nº 18 - Ponta D'Areia - Niterói/RJ

Para qual órgão devo comunicar que existem casos de esporotricose na região onde moro?

Ao Centro de Controle de Zoonoses do seu município. Caso não exista um setor como esse no seu município, sugerimos que comunique o caso à Secretaria de Saúde, pois é uma doença que pode contaminar os seres humanos.


Em Niterói, a comunicação pode ser feita ao Centro de Controle de Zoonoses de Niterói através de telefonema, (21) 99639-4251 (Sem Whatsapp), ou pessoalmente, r
ua Coronel Miranda, nº 18 - Ponta D'Areia - Niterói/RJ, e à Coordenação de Vigilância em Saúde (Av. Amaral Peixoto, nº 171 - 3º andar), telefone 96955-9245.



Veja também:


Vídeo CONVERSANDO SOBRE ESPOROTRICOSE, do CCZ de Niterói

Saúde em Quadrinhos:  Esporotricose

Projeto Esporotricose - UFF: O desafio em tratar felinos com esporotricose

VIGILÂNCIA DA ESPOROTRICOSE ANIMAL EM NITERÓI


Projeto Esporotricose UFF/CCZ no Facebook


Encontro sobre Esporotricose com veterinários


Vídeo ESPOROTRICOSE, da Fiocruz, no YouTube




Fontes:

Texto:  Fiocruz
Edição de texto:  CCZ Niterói/RJ
Fotos das lesões humanas:  Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)
Foto do fungo:  artigo do  2.bp.blogspot.com

Fotos do gato e da unidade de diagnóstico:  CCZ Niterói/RJ

terça-feira, 5 de julho de 2016

Unesp desenvolve vacina contra esporotricose


Produto será destinado a gatos, transmissores da doença para seres humanos


03/07/2016

A Unesp está desenvolvendo uma vacina veterinária contra a esporotricose, doença que afeta animais e seres humanos, com presença em todo o País, especialmente no Rio de Janeiro. A enfermidade é causada por fungos do chamado complexo Sporothrix schenckii, que reúne diversas espécies, das quais a mais virulenta é a Sporothrix brasiliensis, exclusiva do Brasil. Em fase de estudos pré-clínicos, a vacina será destinada a gatos, o principal transmissor dessa zoonose, e já teve seu pedido de patenteamento encaminhado para a Agência Unesp de Inovação (AUIN).

O candidato vacinal foi inicialmente desenvolvido no doutorado do estudante cubano Deivys Leandro Portuondo Fuentes, aluno do Programa de Pós-graduação em Biociências e Biotecnologia Aplicadas à Farmácia, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), Câmpus da Unesp de Araraquara. O trabalho teve orientação da professora Iracilda Zeppone Carlos, da FCF, e coorientação do professor Alexander Batista Duharte, docente da Universidade de Ciências Médicas de Santiago de Cuba (Cuba). Contatos da Profa. Iracilda: (016) 3301-5712/carlosiz@fcfar.unesp.br.

Bolsista da Fapesp, Fuentes explica que trabalhou inicialmente com uma espécie do complexo Sporothrix schenckii, selecionando várias proteínas da parede que reveste o fungo e fazendo o sequenciamento de seus aminoácidos. Essas proteínas foram então formuladas e testadas com dois adjuvantes – substâncias que ajudam a estimular a resposta imunológica do organismo.

As formulações obtidas da associação das proteínas com os adjuvantes passaram por testes in vitro e in vivo – feitos em camundongos –, para avaliar sua capacidade imunogênica, ou seja, de induzir a produção de anticorpos e uma resposta celular. Paralelamente, foi avaliada a toxicidade in vitro e in vivo dessas formulações.

“Numa segunda etapa, nós comprovamos que duas das formulações foram bem-sucedidas na geração de uma resposta protetora em camundongos infectados com o fungo”, comenta Portuondo Fuentes.  O pesquisador atualmente está realizando seu pós-doutorado. “Agora, estamos refinando as formulações, utilizando proteínas recombinantes e sintéticas, examinando seu potencial frente às várias espécies do complexo Sporothrix schenckii.”

A pesquisa também tem a colaboração das docentes Ana Marisa Fusco Almeida e Maria José Soares Mendes Giannini do Centro de Proteômica da FCF, da professora Fanny Guzman, da Universidade Católica de Valparaíso (Chile), do docente Julio Cesar Borges do Instituto de Química da USP de São Carlos; e do pesquisador Sandro Antonio Pereira, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Rio de Janeiro (RJ).


A doença

Até recentemente a esporotricose era uma doença negligenciada. Ela está espalhada por todo o mundo, com inúmeras áreas endêmicas, sendo uma das micoses subcutâneas mais frequente em regiões como a América do Sul, principalmente o Brasil. A esporotricose é uma enfermidade causada por fungos do complexo Sporothrix schenckii, que se encontram principalmente em terrenos onde há material vegetal em decomposição, sendo transmitida por espinhos ou gravetos de plantas, daí o nome de “doença de jardineiro”. Nos últimos anos a esporotricose tornou-se uma importante zoonose no Brasil, sendo os gatos os animais mais acometidos pela doença. Quando esses felinos cavam a terra nesses locais, acabam por abrigar os fungos em suas unhas e como têm o hábito de se coçarem, principalmente na face, podem adquirir a enfermidade, tornando-se potenciais transmissores para os homens.

No ser humano, a doença pode ter diversas manifestações clínicas. No caso mais simples, limita-se a uma doença cutânea, apresentando nódulos no local da infecção. Sua manifestação mais comum é como doença linfocutânea, quando atinge os vasos linfáticos, principalmente do braço. Pode também se espalhar pelo corpo, como uma infecção sistêmica.

A ocorrência mais grave dessa zoonose se dá entre pessoas com sistema imunológico comprometido – como os pacientes com diabetes ou portadores do vírus HIV ou, ainda, que se submetem a tratamentos com medicamentos imunodepressores –, podendo até mesmo levar à morte. Geralmente, o contágio se dá pelo contato do fungo com a pele, mas a doença pode também ocorrer por via aérea, no caso de pacientes imunodeprimidos.


Fonte:  UNESP

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

CCZ realiza castração em gatos do Horto do Fonseca




O Serviço de Controle da População Animal, do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói, iniciou nessa quinta-feira (11/09) a castração de gatos abandonados no Horto do Fonseca.  A ação, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, está sendo feita para prevenção desses animais que vivem no local.  O procedimento tem como principal benefício a não procriação dos felinos, ajudando assim a diminuir o número dos mesmos e facilitando a adoção.  Mais de 21 gatos já foram castrados.

Mais informações, acesse o link:





Foto:  jeffersondafonseca.blogspot.com.br