Mostrando postagens com marcador morcegos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador morcegos. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Treinamento para Médicos e Enfermeiros da Rede de APS: Fortalecendo o Combate à Raiva

 


No dia 20 de maio, o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ), por meio da Seção de Apoio Técnico e Planejamento (SATEP), em parceria com a Coordenação de Vigilância em Saúde (COVIG), realizou um treinamento conjunto sobre a Raiva no Núcleo de Educação Permanente e Pesquisa (NEPP). 

O treinamento teve o objetivo de capacitar médicos e enfermeiros da Rede de Atenção Primária à Saúde (APS) para o enfrentamento eficaz da Raiva, doença zoonótica grave e de notificação compulsória. 

A resposta que se pretende com essa capacitação dos profissionais de saúde é aprimorar a identificação, notificação e manejo dos casos de Raiva de forma eficaz, melhorando a qualidade do atendimento aos pacientes, garantindo um atendimento adequado e seguro. Além disso, fortalecer as ações de vigilância epidemiológica e controle da doença, diminuindo o risco de transmissão para a população. Dessa forma, contribuindo para a saúde pública como um todo, prevenindo a ocorrência de casos de raiva e protegendo a comunidade.

Através da atualização em temas relevantes e do aprimoramento de habilidades práticas, os profissionais da saúde estarão aptos a:

1. Dominar a Profilaxia da Raiva Humana:

• Compreender os princípios da profilaxia pré e pós-exposição à Raiva – incluindo a administração da vacina antirrábica e a aplicação da soroterapia, garantindo a proteção eficaz dos pacientes –, fornecer orientações precisas sobre as medidas de profilaxia à população e avaliar cada caso de forma individualizada, considerando os fatores de risco e histórico do paciente, para determinar a profilaxia adequada.

2. Compreender as Mudanças no Perfil Epidemiológico da Raiva:

• Analisar as características da doença no contexto atual, incluindo a predominância de casos em animais silvestres e a importância da vigilância epidemiológica.

3. Aplicar as Diretrizes da Nota Técnica Nº 8/2022-CGZV/DEIDT/SVS/MS:

• Dominar os procedimentos adequados para o manejo de casos suspeitos e confirmados de Raiva humana e animal, em consonância com as diretrizes do Ministério da Saúde.

4. Preencher Metodicamente as Fichas de Atendimento Antirrábico Humano:

• Garantir a coleta completa e precisa de informações relevantes para a investigação epidemiológica e a tomada de decisões adequadas em cada caso.

5. Compreender o Papel do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói no Controle da Raiva:

• Estabelecer uma relação de colaboração com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Niterói, reconhecendo sua expertise na prevenção, diagnóstico e controle da doença.

Os profissionais Flávio Moutinho, médico veterinário do CCZ/UFF, e Marcelo Nóbrega, sanitarista da COVIG, conduziram a atividade por meio de explanação temática e apresentação de slide-show.  O primeiro palestrante ministrou o tema 5; enquanto o segundo, os temas 1 ao 4.

Durante o evento, notou-se que a maior preocupação dos participantes estava relacionada à prevenção da Raiva. Muitas perguntas surgiram sobre a vacinação antirrábica, que é a principal forma de prevenção contra essa enfermidade. Além disso, houve um interesse significativo em saber como proceder em situações onde morcegos são encontrados caídos no chão, uma vez que esses animais são potenciais transmissores da Raiva. As dúvidas incluíam desde a forma segura de se aproximar ou manusear esses animais, até as medidas que deveriam ser tomadas após o encontro, como notificar as autoridades de saúde e buscar orientação médica. Essas questões destacam a necessidade de amplitude da informação e educação em saúde pública para prevenir essa zoonose tão relevante.

O evento contou com a presença do chefe do Centro de Controle de Zoonoses, Fábio Vilas Bôas, e a chefe da Coordenação de Vigilância em Saúde, Ana Eppinghous.



quarta-feira, 13 de março de 2024

RECOLHIMENTO DE MORCEGOS CAÍDOS EM CASA


Encontrar um morcego caído em casa pode ser uma experiência assustadora para muitas pessoas, mas é importante saber como proceder adequadamente para garantir a segurança de todos. Aqui estão algumas etapas a serem seguidas:

1. Manter a distância: Não se aproxime do morcego e mantenha uma distância segura. Morcegos podem transmitir doenças, como a raiva, por isso é importante manter-se afastado.

2. Contatar um profissional: Entre em contato com um profissional especializado ou um resgate de animais selvagens. Eles terão as ferramentas e o conhecimento necessário para lidar com o animal de forma segura e adequada.  O telefone de atendimento em Niterói é o (21) 99639-4251 (Sem Whatsapp), Centro de Controle de Zoonoses, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h. Se o animal for encontrado fora deste horário, deve mantê-lo isolado e ligar na manhã seguinte.  Aos sábados, domingos e feriados, entrar em contato com a Central 153 da Coordenadoria de Meio Ambiente da Guarda Municipal de Niterói.

3. Isolar a área: Enquanto espera a chegada do profissional, isole a área onde o morcego foi encontrado para evitar que outras pessoas ou animais domésticos entrem em contato com ele.

4. Não tentar capturar o morcego: Não tente capturar o morcego por conta própria, pois isso pode ser perigoso para você e para o animal. Deixe essa tarefa para os profissionais treinados.

5. Seguir as orientações do profissional: Quando o profissional chegar, siga as orientações que ele der para garantir a segurança de todos. Ele saberá como lidar com o morcego e como garantir que ele seja transportado para um local seguro.

Ao seguir essas etapas, você estará garantindo a segurança de todos e contribuindo para a preservação dos morcegos, que desempenham um papel crucial no ecossistema como polinizadores e controladores de insetos.


Saiba mais:


Panfleto Digital Morcegos  



segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Educação em Saúde realiza palestra sobre morcegos na Associação Fluminense de Amparo aos Cegos

 


Em 19 de setembro, o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ), através do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), realizou palestra sobre morcegos na AFAC - ASSOCIAÇÃO FLUMINENSE DE AMPARO AOS CEGOS, bairro São Lourenço.

O objetivo foi sensibilizar os funcionários sobre a importância dos morcegos para o meio ambiente e para a saúde pública, desmistificando a imagem negativa que muitas pessoas têm desses animais, mostrando que eles desempenham um papel fundamental na manutenção dos ecossistemas. 

Hugo Costa e Fernanda Azevedo desenvolveram a atividade por meio de bate-papo interativo e apresentação de slide-show e vídeos, abordando os seguintes conteúdos:  O que são morcegos? Características dos morcegos; comportamento e ecologia; importância dos morcegos (polinização de plantas, controle de insetos, fertilizantes naturais); mitos e verdades sobre os morcegos (Morcegos são perigosos? Morcegos são portadores de doenças? Como conviver com morcegos?)

Segundo Hugo, os funcionários da AFAC têm uma casuística relacionada ao mamífero, pois existem muitas árvores frutíferas no entorno do local de trabalho, incluindo a sapoti, preferida dos morcegos.  Os animais dão muitas rasantes, se movimentam muito durante a noite e as pessoas ficam com medo.  “A intenção foi sensibilizar, foi explicar como são os morcegos, como eles vivem, quem são esses animais, para não assustar tanto, desmistificar algumas coisas dos morcegos, algumas informações que as pessoas têm que não são verídicas.  E foi muito bom, muito interessante, uma troca maravilhosa”.  

Os participantes fizeram muitas perguntas a respeito da raiva, da transmissão da doença, o que fazer com o morcego se ele estiver caído no chão. O palestrante explicou como funciona o fluxo do CCZ relativo a morcegos caídos no chão ou mortos, orientou a entrarem em contato com o CCZ caso necessário e a procurarem uma unidade de saúde se forem mordidos por morcegos. Surgiram algumas dúvidas sobre outros animais sinantrópicos, como pombos, roedores e baratas, que foram prontamente esclarecidas.





segunda-feira, 19 de abril de 2021

Epidemiologia da Raiva - A Importância dos Morcegos

 


Neste vídeo vamos assistir a apresentação Epidemiologia da Raiva - A Importância dos Morcegos de Juliana Kawai - Instituto Pasteur - SP para o I Seminário de Saúde Única.



segunda-feira, 5 de abril de 2021

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Coronavírus, COVID-19 e morcegos


Niterói, 03/04/2020
Flavio Moutinho
Médico Veterinário
CRMV-RJ 5495

Os coronavírus pertencem a uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias e intestinais em humanos e animais. Em dezembro de 2019 foi identificada uma nova doença na cidade chinesa de Wuhan, que é capital da província de Hubei. Esta doença vem afetando milhões de pessoas no mundo todo. Apesar da grande maioria dos casos terem sintomas leves, ela pode causar sintomas semelhantes à pneumonia e levar ao óbito, principalmente em pessoas incluídas no grupo de risco, como idosos, diabéticos, hipertensos etc.

Pesquisas epidemiológicas mostraram que a doença teve início possivelmente em um mercado que comercializava diferentes tipos de animais silvestres para consumo. Ao contrário do Brasil, esses tipos de mercados eram legalizados e comuns na China até então.

Ao buscar identificar a origem do vírus causador da doença, agora denominada COVID-19, os pesquisadores perceberam tratar-se de um vírus que teve origem em morcegos. Este vírus depois se adaptou a viver em um outro animal, possivelmente o pangolim, que é um animal que não existe no Brasil, antes de atingir os humanos.




Mas quando surgiu na mídia a notícia da possível origem do vírus causador da COVID-19 a partir dos morcegos teve início quase que instantaneamente, em diferentes partes do planeta, um movimento de eliminação desses animais por parte da população. Sim, com medo dos morcegos espalharem mais a doença as pessoas começaram a destruir abrigos de morcegos e mesmo a matar estes animais mundo a fora, havendo relatos inclusive no Brasil. Além disso, os Centros de Controle de Zoonoses brasileiros também vêm registrando um aumento da demanda da população em relação a morcegos.

O que precisa ficar claro é que os animais podem sim serem portadores de vírus da família coronavírus, mas esses vírus dos animais não causam infecções em humanos, tendo sido esse caso da COVID-19 uma exceção pontual que surgiu na China a partir de um outro hospedeiro animal, que nem era o morcego.
Além disso, espécies de morcego que existem na China são, de modo geral, diferentes das existentes no Brasil.

Por fim, cabe ressaltar que morcegos têm grande importância ecológica atuando, por exemplo, no controle de insetos, na polinização e na dispersão de sementes. Além disso, são protegidos pela Lei de Crimes Ambientais.

Sendo assim, não há risco de contrair a COVID-19 a partir dos morcegos e devemos zelar pela preservação desses animais.

Observação: caso seja observado algum morcego com comportamento alterado como voando durante o dia claro, caído ao solo ou andando no chão, por favor, entre em contato com o Centro de Controle de Zoonoses pelo telefone (21) 99639-4251 (Sem Whatsapp) para que ele seja recolhido para diagnóstico de raiva, mas não de COVID-19.


Para acessar o documento, clique aqui.
https://drive.google.com/open?id=1encTUBoiktK_bKLU_JE0CKe73eyyqO9N



sexta-feira, 11 de outubro de 2019

SAIBA O QUE FAZER AO ENCONTRAR UM MORCEGO EM CASA

Criado em 11/10/19 - Atualizado em 07/03/24

É comum em áreas urbanas a entrada acidental de morcegos nas residências e outros prédios. Estes mamíferos são animais da fauna brasileira e tem grande importância ao meio ambiente para o controle de insetos, polinização e dispersão de sementes, entre outros.

Nas cidades, os morcegos se alojam em telhados, forros, em locais com pouca incidência de luz e com acesso livre ou podem passar por frestas de até 1 cm. Por isso, é importante observar onde eles se abrigam e ligar para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para orientações.

Nem todos os morcegos estão infectados com o vírus da raiva. Possuem hábito crepuscular e noturno, porém quando estão doentes, podem ser vistos durante o dia e caídos no chão, facilitando o contato com animais domésticos, como os cães e gatos.




A população ao encontrar um morcego na residência ou quintal (vivo ou morto) deve isolar o animal com um pano, balde ou caixa sobre ele e entrar em contato com o CCZ por telefone. É necessário ainda evitar que os animais de estimação tenham contato com o morcego e manter em dia a vacinação antirrábica anual em cães e gatos.

A vacinação é a única forma de proteção contra a doença. Incurável nos animais e fatal em 100% dos casos, a doença é uma zoonose e, portanto, também pode afetar os seres humanos. A raiva é letal aos humanos e o vírus pode ser transmitido a partir da mordida, lambidas ou machucados causados por mamíferos contaminados, incluindo morcegos, cães e gatos.

Se uma pessoa entrar em contato direto com morcego ou for mordido por algum animal doméstico ou silvestre, deve procurar, imediatamente, a unidade de pronto atendimento (UPA) mais próxima. Em Niterói, procurar a Policlínica Regional do Largo da Batalha - Av. Reverendo Armando Ferreira, nº 30.  


Vacinação antirrábica

A vacina antirrábica para cães e gatos está disponível o ano todo no CCZ de Niterói nos seguintes locais: 

- Centro de Controle de Zoonoses - Rua Coronel Miranda, nº 18 Ponta D'Areia 
Funcionamento: segunda à sexta-feira, das 9h às 17h; e aos sábados, das 9h às 13h.

- Horto do Fonseca (Horto Botânico de Niterói ou Jardim Botânico de Niterói) - Alameda São Boaventura, 770  Fonseca (próximo à quadra).
Funcionamento:  de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h; e aos sábados, das 9h às 13h.

Administração Regional do Cubango, Santa Rosa e Vital Brazil - Rua Itaperuna, 19 - Pé Pequeno.
Funcionamento:  de segunda à sexta-feira, das 9h às 17h.


Serviço

O telefone de atendimento em caso de morcegos encontrados em residência é o (21) 99639-4251 (Sem Whatsapp), CCZ de Niterói, das 8h às 17h. Se o animal for encontrado fora deste horário, deve manter o morcego isolado e ligar na manhã seguinte.  Aos sábados, domingos e feriados, entrar em contato com a Central 153 da Coordenadoria de Meio Ambiente da Guarda Municipal de Niterói.



Fontes
Blog do Centro de Controle de Zoonoses - Niterói/RJ

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Morcegos com raiva são achados na Zona Sul


Espécie Artibeus é frutífera, típica da região e não oferece riscos a humanos e outros animais


Dois morcegos silvestres diagnosticados com raiva foram encontrados mortos no bairro de São Francisco, na Zona Sul da cidade, na primeira quinzena deste mês. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (18) pela Fundação Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que está realizando o reforço da vacinação nos animais que vivem cerca de 100 metros do local onde os morcegos foram encontrados.

Segundo o CCZ, os morcegos da espécie Artibeus foram encaminhados para o laboratório de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-RJ), que diagnosticou o vírus. Para garantir o bem-estar dos moradores, o órgão emitiu um alerta no bairro e vem orientando os cidadãos sobre a importância de imunizar cães e gatos domésticos contra a doença, tendo em vista que a área é uma região de mata onde vivem muitos animais silvestres.

Ainda de acordo com o CCZ, a espécie de morcego Artibeus é frutífera, típica da região fluminense e não oferece riscos a humanos ou a outros animais. Além disso, desde 1980 a raiva é uma doença controlada no município. No entanto, ainda podem ocorrer casos isolados em animas silvestres.

A prefeitura esclarece que disponibiliza vacinação antirrábica animal de segunda a sexta, em horário comercial, no Campo de São Bento e no Horto do Barreto. O órgão também informa que, ao encontrar um morcego morto, o cidadão não deve tentar pegar o animal ou permitir que cães e gatos tenham contato com a espécie. A orientação é que os moradores acionem o CCZ pelo telefone (21) 99639-4251 (Sem Whatsapp). O cidadão que tiver contato com o animal morto deve procurar uma unidade de saúde. 


POSTOS FIXOS DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA ANIMAL EM NITERÓI:


ARTIGO:
Raiva em morcego não hematófago em área urbana do Município de Niterói – RJ


MATÉRIA:
O que é a Raiva ?




Fonte do Texto:  Jornal O Fluminense



terça-feira, 24 de maio de 2016

Raiva em morcego não hematófago em área urbana do Município de Niterói – RJ


http://dx.doi.org/10.4322/rbcv.2015.359

Raiva em morcego não hematófago em área urbanado Município de Niterói – RJ*


Rabies in a non-vampire bat in urban area of the Municipality of Niterói – RJ

Flavio Fernando Batista Moutinho,**,*** Fabio Villas Boas Borges,** Paulo Mafra Fernandes,** Viviane Moura Azevedo Nunes,**
Maurício Rafael Domingues Rocha,** Cíntia Silva Santos,** Francisco de Faria Neto**


Resumo

A raiva é uma antropozoonose que afeta mamíferos, com letalidade próxima de 100%. O morcego é responsável pelo ciclo aéreo da enfermidade, o qual vem ganhando importância nos últimos anos. O presente manuscrito descreve um caso de raiva em morcego não hematófago ocorrido em 2013 na área urbana de Niterói, RJ. Através de seu sistema de vigilância passiva, o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) recebeu uma notificação de presença de morcego com alterações clínicas em uma escola. O animal foi encaminhado para diagnóstico no laboratório de referência e o resultado das análises foi positivo para raiva tanto por Imunofluorescência Direta como por Inoculação Intracerebral em Camundongos Lactentes. De posse do resultado foi feita a notificação à Secretaria de Estado de Saúde e ao Sistema de Informação de Agravo de Notificação. Além disso, o setor de vigilância epidemiológica municipal procedeu à identificação dos indivíduos que tiveram contato com o animal, os quais foram encaminhados para avaliação médica e realização de soro-vacinação. O CCZ efetuou inspeção do local onde o morcego foi capturado e sugeriu modificações ambientais e realização de atividades educativas. Foi efetuado bloqueio vacinal em cães e gatos num raio de 500 metros do local de captura do animal. Conclui-se que há circulação ativa do vírus da raiva variante de morcegos no município. O ocorrido reforça a necessidade de manutenção da vigilância passiva, intensificação do monitoramento da circulação viral em morcegos e desenvolvimento de ações educativas junto à população em geral e aos profissionais de saúde.

Palavras-chave: vigilância, centro de controle de zoonoses, antropozoonose.

Abstract
Rabies is an anthropozoonosis that affect mammals, with lethality ratio close to 100%. In Brazil bats are deemed as vector for the air cycle of the disease, whose the relevance has been increasing. This essay describes a case of rabies in a non-vampire bat taken place in 2013 in the urban area of Niterói, RJ. The Zoonosis Control Center of Niterói (CCZ) received, by its passive surveillance system, a notice about the presence of a bat with clinical alterations in a school. The animal was taken to the reference laboratory for diagnosis and the result was positive for rabies, by Direct Immunofluorescence and Intracerebral Inoculation in Suckling Mice. Upon such result, a notice was issued to the State Department of Health and to the Notification Aggravation Information System. Besides, the Municipal Epidemiological Surveillance Office proceeded to the identification of the individuals who have had contact with the animal and referred them for medical examination and serum vaccination. CCZ carried out an in-site inspection where the bat was captured and recommended environmental modifications as well as the development of educative activities. Vaccination was applied to cats and dogs within a ratio of 500 meters of the site. We concluded that there is an active circulation of the bat-variant rabies virus in the municipality. Such event reinforces the need of carrying out passive surveillance, intensifying the monitoring of viral circulation among bats and developing educative actions with the population in general, as well as with health care professionals.

Keywords: surveillance, zoonosis control center, anthropozoonosis.


*Recebido em 25 de novembro de 2014 e aceito em 26 de junho de 2015.
**Fundação Municipal de Saúde, Departamento de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses, Centro de Controle de Zoonoses, Niterói, RJ, Brasil.
***Universidade Federal Fluminense, Faculdade de Veterinária, Departamento de Saúde Coletiva Veterinária e Saúde Pública, Laboratório de Vigilância
em Saúde, Niterói, RJ, Brasil. Autor para correspondência: flaviomoutinho@id.uff.br


 Leia o artigo completo, acesse o link: