segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Aedes é ameaça em quase mil municípios


O Governo Federal alerta a necessidade de intensificar as ações de combate ao mosquito





O Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) aponta que, até setembro, 994 municípios brasileiros estão em risco de surto de dengue, zika e chikungunya. Essas cidades apresentaram índices de infestação predial maiores de 4% - taxa considera alta pelo Ministério da Saúde. Diante desse contexto, o Governo Federal alerta a necessidade de intensificar, nessas localidades, as ações de combate ao mosquito. Ao todo, 4,9 mil realizaram o LIRAa, que aponta, ainda, outros 2,1 mil municípios em situação de alerta (com índices de infestação predial entre 1% a 3,9%).

Minas Gerais é a Unidade da Federação com o maior número de municípios em risco. São 129 cidades com altos níveis de infestação. Junto ao estado mineiro, Bahia (104), Rio Grande do Norte (97), Maranhão (76) e Rio Grande do Sul (75) encabeçam a lista. Cerca da metade das cidades em risco (489) está no Nordeste.

E desde 2016, 47 municípios estão em situação de risco. Essa realidade ocorre em 11 estados diferentes. Um exemplo é Surubim, cidade localizada no Agreste de Pernambuco. De acordo com o LIRAa, está desde 2013 com risco de infestação. Em 2019, a taxa de presença do mosquito na cidade atingiu 18,60%. O número é 18 vezes maior do que o Ministério da Saúde considera como satisfatório.

A gerente de Vigilância das Arboviroses da Secretaria de Saúde de Pernambuco, Claudenice Pontes, explica que como a maior parte desses municípios sofre com a falta de chuvas, é comum que a população armazene água em casa. Isso, segundo ela, não é problema, desde que todos os recipientes estejam tampados, o que impede a proliferação do mosquito.

Já no Sudeste do país, o problema da infestação do mosquito preocupa os moradores de Governador Valadares, cidade que fica na região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde municipal, entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados 642 casos prováveis de dengue, 64 de chikungunya e nove de zika.

Além disso, o LIRAa aponta que a taxa de infestação do mosquito atingiu 7,80% nos imóveis da cidade este ano. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lembra que o mosquito não escolhe vítima. Por isso, ele reforça que a vigilância é a melhor forma de combater o Aedes aegypti.

"É preciso monitoramento, não tem nenhuma cidade que possa dizer 'eu não vou ter, eu estou imune', e não é só uma coisa coletiva, esse mosquito é domiciliar. Ele é da casa e vive em torno da casa."

De acordo com o Ministério da Saúde, até agosto deste ano, o Brasil registrou um aumento de quase 600% no número de casos de dengue em todo país, em comparação ao ano passado. Um salto de 180.239 casos para mais de um milhão e 230 mil casos. Os registros de zika e chikungunya também aumentaram em 37,5% e 15,3%, respectivamente, no mesmo período. (Agência do Rádio).


Fonte:  O Fluminense
Foto:  Divulgação / Fiocruz

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Casa Convívio dos Anawin recebe ação educativa sobre roedores e pombos




Com o objetivo de informar e orientar sobre roedores e pombos, os riscos envolvidos e prevenção de doenças relacionadas, o setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) – realizou palestra na Casa Convívio dos Anawin, bairro Santa Rosa, em 11 de novembro.

A ação educativa em saúde se deu por meio de diálogo interativo, nos moldes de palestra, conduzido pelas agentes Daniele Caviare e Leila Neves. Foram abordados os seguintes tópicos: roedores – espécies de roedores urbanos, problemas causados por esses vetores, a leptospirose, e prevenção; pombos - biologia dos pombos, os fatores que favorecem sua presença, quais as principais doenças causadas e como deve ser feito o controle efetivo desses animais.

Segundo a palestrante Leila Neves, a participação do público foi consideravelmente ativa.  “Foi maravilhosa a nossa atividade! Os participantes fizeram várias perguntas sobre os temas, em especial,  como ocorre  a transmissão das doenças”, contou.





segunda-feira, 11 de novembro de 2019

CCZ intensifica combate a roedores nas orlas marítimas de Niterói




Teve início na última semana a intensificação do serviço de combate a roedores nas orlas marítimas do município.  A ação está sendo realizada pelo Serviço de Controle de Vetores (SECOV), do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e pretende minimizar a proliferação desses animais e prevenir doenças relacionadas.

Agentes do SECOV inspecionam os espaços e aplicam raticidas nos pontos necessários, geralmente ninhos de ratazanas – espécie de roedor mais comum encontrada nessas faixas terrestres.

O serviço começou pela Praia Grande, no final da Rua da Lama, Centro da cidade, e prosseguirá até Jurujuba, passando por bairros como Gragoatá, Icaraí e São Francisco.  O prazo estimado para a conclusão é de três a quatro meses.
Roedores Urbanos

O aumento da população de roedores, especialmente no meio urbano, é uma ocorrência mundial.  A ratazana (Rattus norvegicus), o rato de telhado (Rattus rattus) e o camundongo (Mus musculus) são as espécies mais adaptadas ao convívio humano e que habitam as grandes cidades.


Esses vetores consomem e contaminam alimentos, roem e causam abalo de estruturas e transmitem microorganismos causadores de doenças como Leptospirose, Salmonelose, Tifo, Hantavirose, entre outras.

O homem tornou-se o grande responsável por favorecer a proliferação murina.   O crescimento demográfico nos últimos séculos, os problemas de saneamento e infraestrutura urbanos, o acúmulo de lixo e a carência de educação da população são os principais fatores que geram condições ideais para a sobrevivência de ratos e camundongos.
A adoção de medidas, como a utilização de produtos químicos, com planejamento e monitoramento adequados, torna-se necessária para o controle desses animais sinantrópicos.














CCZ participa da Semana Interna de Prevenção de Acidente de Trabalho da CLIN.





O CCZ – através do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) participou, na última sexta-feira (08/11), da Semana Interna de Prevenção de Acidente de Trabalho, promovida pela Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (CLIN) em sua sede, no bairro de São Lourenço. A SIPAT tem como objetivo divulgar, orientar e promover a prevenção de acidentes, segurança e saúde no trabalho.

O IEC atuou com estande educativo sobre zoonoses e doenças de transmissão vetorial, onde desenvolveu explanação temática, exposição de maquetes e distribuição de material informativo. A equipe, representada pelos agentes Hugo Costa e Maria Cristina Crisóstomo,  prestou informações e orientações sobre arboviroses (dengue, zika, chikungunya e febre amarela), roedores, pombos, entre outros, com o propósito de sensibilizar os visitantes sobre a importância da prática de medidas preventivas para se evitar a proliferação de doenças.

O evento contou ainda com a participação de instituições como Associação dos Amigos da Mama (AMA), Defesa Civil, Universo, Instituto de Podologia, entre outras.












sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Parceria CCZ /Fiocruz atualiza equipe de Educação em Saúde para a vigilância em Leishmanioses




Teve início nesta quarta-feira (06/11) o curso “Saberes e Práticas em Leishmanioses - Uma Visão Atual”, uma parceria do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para atualizar a equipe do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC).

O objetivo principal é compartilhar conhecimentos sobre as leishmanioses a fim de que haja multiplicação das informações à população em geral, impactando a vigilância e o controle destas doenças.

A equipe técnica é composta por professores do Laboratório Interdisciplinar de Vigilância Entomológica em Díptera e Hemíptera (LIVEDIH) – órgão que realiza pesquisas e promove a formação de recursos humanos nos estudos sobre os vetores das Leishmanioses e da Doença de Chagas, bem como desenvolve pesquisas na área de Entomologia Forense –, e por uma profissional veterinária da Fundação Municipal de Saúde de Niterói.  LIVEDIH - Dr. Wagner Alexandre Costa, Dra. Margarete Martins dos Santos Afonso, Dr. Maurício Vilela, Dra. Jacenir Mallet e Luiz Henrique Costa;  FMS - Viviane Moura Azevedo Nunes.

O conteúdo programático é dividido em cinco módulos teóricos com duração de quatro horas cada, totalizando vinte horas, nos quais estarão em pauta os seguintes temas:
  • Módulo 1: biologia dos flebotomíneos, ecologia das leishmanioses, principais vetores e situação das Leishmanioses no Brasil, Estado do Rio de Janeiro e município de Niterói; prática de observação de flebotomíneos com lupas e microscópios;
  • Módulo 2: apresentação dos manuais técnicos do Ministério da Saúde (LTA e LVA) e da OPAS; teoria e prática de manejo ambiental;
  • Módulo 3: educação em saúde como medida de vigilância; elaboração conjunta de folheto educativo;
  • Módulo 4: oficina de guia de telagem de portas e janelas; apresentação dos agentes sobre os conteúdos abordados e que julguem importante repassar para a população em suas atividades de educação em saúde (Roda de Conversa);
  • Módulo 5: apresentação feita pela equipe participante para os agentes comunitários de saúde da região de Pendotiba, onde estão sendo realizadas as ações de vigilância entomológica.

O curso será realizado durante os meses de novembro e dezembro no auditório da Secretaria Municipal de Defesa Civil, no Centro.

Módulo 1 – 06/11/19
Nesta apresentação, o biólogo e pesquisador do LIVEDIH, Dr. Maurício Vilela, abordou a aspectos relacionados às seguintes questões:  vetores (os flebotomínios);  biologia; doenças e agravos no contexto brasileiro; ciclo de transmissão das leishmanioses no país,  mostrando toda a sua importância, tanto do ponto de vista entomológico quanto dos hospedeiros, assim como das espécies de parasitas. 

A ocorrência de Leishmaniose Visceral Canina é um sinal de que a enfermidade humana é possível na região.  Hoje em dia existe medicamento para tratamento dos cães, porém é de custo elevado e restrito à rede privada; e mesmo assim, o animal tratado continua sendo reservatório do parasita para sempre, representando risco de novas infecções.  No âmbito silvestre, algumas espécies de roedores são potenciais reservatórios da LVC.  Mudanças climáticas estão favorecendo novos cenários epidemiológicos no mundo, e um exemplo disso é a Europa, onde já foram registrados flebotomíneos na Alemanha e Suíça.

“Nós temos uma das melhores vigilâncias epidemiológicas do mundo, apesar da extensão territorial e dificuldades sócio-econômicas. A Educação em Saúde é peça fundamental nesse processo de controle das leishmanioses. Apesar de haver uma grande produção de estudos referentes não somente ao vetor, mas todos os aspectos relacionados às leishmanioses, a gente ainda se depara com alguns hiatos e indagações que necessitam ser melhor aclarados.  Acredito que as atividades de educação em saúde podem sobremaneira contribuir para mudar isso, porque a gente vai poder elencar aspectos relacionados ao ambiente onde a doença ocorre, correlacionando isso com a produção científica, assim como, evidentemente, com as populações que vivem nessas áreas de risco”, avaliou Dr. Maurício.