O Estado do Rio de Janeiro terá um Programa de Controle
Sustentável do Aedes aegypti, conforme prevê a Lei 10.890/25, aprovada pela
Alerj e sancionada pelo governador Cláudio Castro. O objetivo é reduzir as
arboviroses transmitidas pelo mosquito, como Dengue, Zika, Chikungunya e Febre
Amarela Urbana, além de doenças que afetam animais domésticos, como a
Dirofilariose.
A lei incentiva métodos inovadores, como a liberação de
mosquitos modificados ou infectados com agentes que diminuem a capacidade de
transmissão de doenças. Destaca ainda a avaliação contínua dos métodos
tradicionais e a redução progressiva do uso de inseticidas químicos, visando
preservar o meio ambiente e a biodiversidade local.
O programa será implementado pelo governo estadual e buscará
cobertura eficiente em áreas urbanas e rurais, focando especialmente em regiões
com maior incidência das doenças.
Um exemplo bem-sucedido é o do município de
Niterói, que utilizou o método Wolbachia — um microrganismo que, quando
introduzido nos ovos do Aedes aegypti, reduz a capacidade do mosquito de
transmitir vírus. Em Niterói, desde 2015, a liberação de mosquitos com
Wolbachia levou a reduções expressivas: cerca de 70% nos casos de dengue, 60%
de chikungunya e 40% de zika nas áreas cobertas. Em 2023, Niterói se tornou a
primeira cidade do país com 100% do território coberto por essa tecnologia,
apresentando índices muito baixos de casos de dengue em 2025.
Além disso, foi inaugurada em Curitiba a maior biofábrica do
mundo para criação de mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia, resultado da
parceria entre o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o World
Mosquito Program (WMP). A iniciativa conta com apoio do Ministério da Saúde,
Fiocruz e WMP e já beneficiou cerca de 5 milhões de brasileiros, com previsão
de alcançar 70 milhões nos próximos anos.
📌 Resumo do conteúdo
originalmente publicado por A TRIBUNA RJ.
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