segunda-feira, 16 de junho de 2025

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A FEBRE DO OROPOUCHE

 



📌 O que é a febre do Oropouche?
É uma doença causada pelo vírus Oropouche (OROV), um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, transmitido por insetos. Foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960.



📍 Onde a doença ocorre com mais frequência?
Historicamente, os casos se concentraram na Região Amazônica, mas, desde 2023, a doença se expandiu para vários estados brasileiros e países da América Latina e Caribe.



🦟 Como ocorre a transmissão do vírus Oropouche?
A transmissão ocorre principalmente por meio da picada do inseto Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. O ciclo pode ser:

  • Silvestre: envolve bichos-preguiça, primatas e outros animais.
  • Urbano: envolve humanos como principais hospedeiros.


👾 Quem é o vetor principal da doença?
O Culicoides paraensis (maruim). Ele é pequeno, muito incômodo, e tem uma picada dolorosa. Só a fêmea pica, pois precisa de sangue para maturação dos ovos.



🌱 Onde o maruim deposita seus ovos?
Em locais com matéria orgânica e umidade, como:

  • Troncos e folhas em decomposição
  • Cepos de bananeiras
  • Quintais com lixo orgânico


⏱️ Qual é o horário de maior atividade do maruim?
No final da tarde, mas ele pode picar durante todo o dia, se houver pessoas ou animais por perto.



🤕 Quais são os sintomas da Febre do Oropouche?

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares e nas articulações
  • Calafrios
  • Náuseas e vômitos
  • Erupções cutâneas

Obs: Pode ser confundida com dengue. Em casos raros, pode evoluir para meningite asséptica.



👶 Há risco na gestação?
Em 2024, foram investigados casos de transmissão na gravidez, inclusive com microcefalia e perdas fetais, mas os estudos ainda não são conclusivos.



👥 Qual o grupo mais afetado?
Adultos entre 20 e 49 anos, especialmente homens, segundo o Ministério da Saúde.



🧪 Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. O Oropouche é uma doença de notificação compulsória e imediata.



💊 Qual é o tratamento?
Não existe tratamento específico. O cuidado é sintomático, com repouso e acompanhamento médico.



🛡️ Como se prevenir?

  • Usar roupas que cubram o corpo
  • Evitar áreas com maruins
  • Fechar janelas ao entardecer
  • Usar telas finas tipo voil
  • Limpar quintais, recolher folhas e restos orgânicos

Importante: Repelentes e inseticidas comuns não funcionam contra o maruim.



🌍 Onde há casos confirmados?
Além do Brasil, há registros em Peru, Colômbia, Bolívia, Cuba, Guiana, Panamá e outros países. Casos importados foram identificados nos EUA, Canadá, Espanha, Itália e Alemanha.



🇧🇷 E no Brasil?

  • 2023: 834 casos confirmados
  • 2024: 13.856 casos até a Semana Epidemiológica 50
  • 2025: 11.565 casos até a Semana Epidemiológica 23 (4 óbitos confirmados e 3 sob investigação)


🧭 E no Estado do Rio de Janeiro?

  • 2024: 163 casos confirmados
  • 2025: 2.364 casos até a Semana Epidemiológica 22 (3 óbitos confirmados, 2 em investigação)
  • Niterói: 2 casos em 2024, 6 casos em 2025 até maio.



Texto baseado na matéria:

Fonte da Imagem:  IOC/FIOCRUZ



FEBRE DO OROPOUCHE: DOENÇA, VETORES E SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL

 



Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul.

 

Transmissão

A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.

Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

  • Ciclo Silvestre:  No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do OROV em algumas espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus. No entanto, o vetor primário é o Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.



  • Ciclo Urbano:  Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O inseto Culicoides paraenses também é o vetor principal. O inseto Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.

 


Características do vetor

Culicoides paraensis é, possivelmente, um inseto nativo das Américas. Ele foi descrito, pela primeira vez, no Pará, em 1905, por Emilio Goeldi. A nomeação da espécie faz referência ao estado. Atualmente, ele é encontrado na maior parte do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina. No Brasil, acredita-se que esteja presente em todos os estados, apesar de só ter sido efetivamente registrado em 15 estados até o momento.  Outra característica é a picada muito dolorosa. É um inseto que causa incômodo para a população quando há infestação. 

A fêmea do maruim procura locais com bastante matéria orgânica e umidade para depositar seus ovos. Nas florestas, troncos de árvore em decomposição, cascas de frutas caídas no chão, bromélias, beiras de riachos, folhagem do solo são os locais preferenciais. Nos bananais, ela deposita os ovos no cepo da bananeira, parte do caule que fica quando a árvore é cortada para colheita da banana. Na área urbana, ela pode colocar ovos no quintal se houver qualquer tipo de matéria orgânica acumulada no chão. 

Os maruins adultos, machos e fêmeas, se alimentam do néctar de plantas. Porém, somente as fêmeas picam seres humanos e animais, pois precisam de sangue para amadurecimento dos ovos. Estudos sobre insetos do gênero Culicoides apontam que as fêmeas podem colocar de 30 a 450 ovos por postura, dependendo da espécie e da refeição sanguínea. Mas não há informação específica sobre C. paraensis

O ciclo de vida é parecido com o dos mosquitos. Nos criadouros, os ovos eclodem liberando as larvas que se alimentam da matéria orgânica. As larvas passam por quatro estádios de desenvolvimento, depois se tornam pupas, que não se alimentam e se transformam no inseto adulto. Porém, não há dados específicos sobre o tempo de desenvolvimento do C. paraensis

Ele tende a ficar próximo do seu local de reprodução. O voo próprio dele fica em torno de 500 m. Mas, como o maruim é muito leve, ele é dispersado pelo vento. Então, dependendo da velocidade do vento, ele pode alcançar até 2 km voando.

O pico de atividade, em que os maruins se alimentam com maior intensidade, é no final da tarde. Mas eles podem picar em outros horários, durante todo o dia, dependendo da presença do ser humano ou de outro animal no ambiente. 

A título de comparação, o Culicoides paraenses mede até 3 milímetros, sendo cerca de 12 vezes menor do que o mosquito transmissor da dengue e 20 vezes menor do que o Culex quinquefasciatus, que é o pernilongo mais comum no país.

 

Sintomas

O período de incubação (o tempo entre a picada de um inseto infectado e os primeiros sintomas) do vírus Oropouche é normalmente de 3 a 10 dias. Os sintomas da doença incluem febre, dor de cabeça, dor nas articulações (artralgia), dor muscular (mialgia), calafrios, náuseas, vômitos e erupções cutâneas. Os sintomas são parecidos com os da dengue, então, nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle. 

A compreensão das complicações da doença causada pelo vírus Oropouche é limitada. Ocasionalmente, pode ocorrer meningite asséptica.

Em 2024, houve relatos no Brasil descrevendo cinco casos de possível transmissão do vírus Oropouche durante a gravidez (quatro natimortos e um aborto espontâneo), bem como quatro casos de recém-nascidos com microcefalia detectados por meio de investigações retrospectivas. Apesar da detecção do RNA viral, não se pode concluir que a infecção por OROV tenha sido a causa das mortes fetais, e as investigações ainda estão em andamento.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença atinge mais a faixa etária dos 20 aos 49 anos, prevalecendo o sexo masculino.

 

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. Todo caso com diagnóstico de infecção pelo OROV deve ser notificado. O Oropouche compõe a lista de doenças de notificação compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata, em função do potencial epidêmico e da alta capacidade de mutação, podendo se tornar uma ameaça à saúde pública.

 

Tratamento

Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.

 

Prevenção

Recomenda-se:

  • Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores.
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo, como blusa de manga longa, calça comprida e sapato fechado.
  • Limpeza de terrenos e de locais de criação de animais.
  • Recolhimento de folhas e frutos que caem no solo.
  • Uso de telas de malha fina, tipo voil, em portas e janelas.
  • Se houver infestação perto de casa, fechar as janelas no horário de pico do vetor (fim da tarde). 

Segundo a pesquisadora e curadora da Coleção de Ceratopogonidae do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Maria Clara Alves Santarém, não adianta usar repelente, inseticida ou tela para se proteger do maruim: “Tanto pela literatura científica como por experiência própria, sabemos que os repelentes não são eficazes contra maruim. Inseticidas também não funcionam. São compostos desenvolvidos contra mosquitos, como Aedes e Culex, que são insetos de uma família diferente. Como os maruins atravessam a tela comum, é recomendado utilizar telas de malhas finas, tipo voil, o que seria tão eficaz quanto fechar as janelas”.

 

A Febre do Oropouche no mundo

Antes do final de 2023, a doença causada pelo vírus Oropouche foi relatada no Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Haiti, Panamá, Peru, Trinidad e Tobago, Guiana Francesa e Venezuela; a maioria dos casos foi relatada perto da floresta amazônica. No entanto, desde dezembro de 2023, houve um aumento no número de casos relatados, inclusive em áreas onde a transmissão não havia sido documentada anteriormente.

Em 2024, a doença do vírus Oropouche, transmitida localmente, foi relatada em sete países da América Latina e do Caribe: Brasil, Bolívia, Colômbia, Cuba, Guiana, Peru e República Dominicana. Além disso, casos da doença do vírus Oropouche foram relatados entre viajantes que retornaram de países com transmissão local para os Estados Unidos, Canadá, Espanha, Itália e Alemanha.

Em 2025, entre as semanas epidemiológicas (SE) 1 e 4, foram registrados 3.765 casos confirmados de Oropouche nas Américas. Casos confirmados foram relatados em seis países: Brasil (3.678), Canadá (1 importado), Cuba (4), Guiana (1), Panamá (79) e Peru (2).

 

A Febre do Oropouche no Brasil

A partir de 2023, houve aumento significativo na detecção de casos de Oropouche no Brasil. Ao longo do ano, 834 amostras tiveram diagnóstico confirmado para o vírus Oropouche (OROV).

Em 2024, observou-se uma expansão da circulação viral para estados extra-amazônicos, com um total de 13.856 amostras positivas registradas até a semana epidemiológica (SE) 50. A transmissão autóctone (teve sua origem no mesmo local de residência do indivíduo) foi identificada em quase todas as unidades federativas, com exceção do Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul.

Já em 2025, até a semana epidemiológica 23 (maio), o Ministério da Saúde contabilizou 11.565 casos confirmados, com 4 óbitos confirmados e 3 sob investigação.


Rio de Janeiro:

Em maio de 2024, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) confirmou o diagnóstico de febre Oropouche em um paciente do Rio de Janeiro com histórico de viagem para Manaus. A confirmação laboratorial foi realizada pelo Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do IOC, que atua como Laboratório de Referência Regional para Arbovírus junto ao Ministério da Saúde. 

Segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde, em 2024 o Estado confirmou 163 casos da doença.  Já em 2025, até a semana 22, foram 2.364, sendo 02 óbitos em investigação e 03 óbitos confirmados.

No município de Niterói foram 02 casos confirmados da doença em 2024; já em 2025, 06 casos até a semana epidemiológica 22 (maio).


Veja também:

Arboviroses Emergentes: FEBRE DO OROPOUCHE


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Fontes:

Ministério da Saúde

Ministério da Saúde - Painel Epidemiológico

Ministério da Saúde - Nota Técnica Oropouche 2024

CIEVES-RJ Centro de Informação Epidemiológicas de Vigilância em Saúde do Estado do Rio de Janeiro

Agencia Gov

Organização Mundial da Saúde

IOC/FIOCRUZ

IOC/FIOCRUZ matéria


Fontes das imagens:

Ministério da Saúde

Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein



terça-feira, 10 de junho de 2025

CCZ realiza ação educativa sobre arboviroses para alunos do EJA - Educação de Jovens e Adultos

 


Na última quarta-feira, dia 4/6, a equipe do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), realizou palestra sobre arboviroses para alunos do EJA - Educação de Jovens e Adultos, da Unidade Municipal de Educação Infantil Vale Feliz, no Engenho do Mato.

A ação educativa em saúde teve como principal objetivo informar e conscientizar sobre doenças transmitidas por vetores, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela, que são muito comuns no Brasil. Além de trazer conhecimento sobre prevenção e sintomas, a palestra pode empoderar os alunos a adotarem medidas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor dessas arboviroses.

O agente Delcir Vieira desenvolveu a atividade por meio de bate-papo interativo e exibição de slides, abordando os seguintes tópicos: arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) e seus sintomas, principais medidas de prevenção e combate aos possíveis criadouros do vetor.

Durante a palestra, o profissional explicou aos alunos o conceito de Saúde Única, ressaltando a importância do equilíbrio entre saúde ambiental, saúde humana e saúde animal. Destacou como esses fatores estão interligados e influenciam diretamente a qualidade de vida e a prevenção de doenças.

Além disso, abordei também os principais agravos à saúde, enfatizando o papel do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika. Foram apresentadas as diversas estratégias de controle, incluindo medidas preventivas e ações de manejo para evitar a proliferação do inseto.

Outro tema relevante foi o método Wolbachia, um dos métodos biológicos mais eficazes no combate ao Aedes aegypti. Delcir falou como essa técnica inovadora funciona e os impactos positivos que ela tem na redução da transmissão de doenças.

O engajamento dos alunos foi notável, especialmente quando alguns compartilharam experiências pessoais. Relataram casos de dengue grave e febre chikungunya, com alguns mencionando que ainda sofrem com dores persistentes. Esses depoimentos trouxeram uma dimensão real ao debate, tornando a palestra ainda mais interessante e envolvente.

Ao longo da atividade, reforçou-se constantemente a importância da prevenção, destacando que a conscientização e as medidas diárias são essenciais para reduzir riscos e proteger a saúde da população.








Visita Acadêmica ao CCZ Niterói: Conhecimento e Saúde Pública em Foco



Nesta quinta-feira (5/6), estudantes de medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF) realizaram uma visita institucional à sede do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ), localizada no bairro Ponta D’Areia.

O CCZ é responsável pelo controle de agravos e doenças transmitidas por animais (zoonoses), atuando na gestão de populações de animais domésticos (cães e gatos) e sinantrópicos (morcegos, pombos, roedores, entre outros).

Os alunos foram recepcionados pelo setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) no mini auditório, onde Maria da Glória Moreira e Cláudio Moreira conduziram uma palestra informativa sobre a missão do órgão, seus serviços e atividades. Durante a apresentação, temas como epidemiologia, prevenção de doenças, vigilância sanitária, manejo de animais, controle de zoonoses e o Projeto Wolbachia, realizado em parceria com a Fiocruz, foram discutidos.

Devido às obras no prédio, o tradicional tour pelas instalações não pôde ser realizado, mas o agente Paulo Carriço, do Laboratório de Zoonoses (LABZO), explicou detalhadamente o funcionamento do setor, abordando a identificação de larvas, o monitoramento da qualidade da água e as ações do Projeto Wolbachia.

A visita foi marcada pela participação ativa dos estudantes, que fizeram diversas perguntas e interagiram em discussões enriquecedoras. “Foi um encontro bastante proveitoso, com alunos interessados e muitos questionamentos sobre o controle do mosquito Aedes aegypti e o Método Wolbachia. Também demonstraram grande interesse sobre as atividades de controle populacional de animais”, destacou Maria da Glória.



🧼✨ Educação em Saúde fala sobre higiene pessoal e pediculose na Escola Municipal Noronha Santos! ✨🧼



Com o objetivo de ensinar e estimular hábitos de higiene pessoal, levando as crianças a perceberem a importância de adquirirem comportamentos saudáveis para evitar doenças, o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ), por meio do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), realizou palestra sobre higiene pessoal e pediculose na Escola Municipal Noronha Santos, no Fonseca, no dia 26/05.

A agente Maria Cristina Crisóstomo desenvolveu a atividade por meio de diálogo interativo e exibição de slide-show abordando os seguintes tópicos: conceito de higiene, higiene pessoal e ambiental, lavagem das mãos e pediculose (tipos de piolhos, o piolho capilar, ciclo de vida, principais dificuldades causadas nas crianças e jovens, prevenção e tratamento). A palestrante buscou sensibilizar sobre a importância da higiene para a saúde e a prevenção de doenças, e incentivar a autonomia das crianças no cuidado pessoal.

“A atividade ocorreu com tranquilidade. A diretora foi bem organizada. Os alunos participaram consideravelmente e demonstraram ótimo comportamento. Eles aprenderam que não devem compartilhar objetos de uso pessoal. Alguns relataram que gostam de andar descalço nas ruas, apesar de já terem contraído a doença bicho de pé, então foram orientados a não fazer mais isso por causa de microrganismos”, contou Maria Cristina. 



Educação e Prevenção: Palestra sobre Pediculose na Unidade Municipal de Educação Infantil Renata Magaldi

 


No dia 22/05, na Unidade Municipal de Educação Infantil Renata Gonçalves Magaldi, no Fonseca, o setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizou uma palestra sobre pediculose para os pais dos alunos.

A ação educativa teve como objetivo informar e orientar sobre os cuidados básicos para evitar a infestação de piolhos, incluindo a limpeza e, principalmente, o tratamento em seus filhos. Desenvolvida pela agente Maria Cristina Crisóstomo, a atividade foi conduzida por meio de um diálogo interativo e apresentação de slide-show.

Os tópicos abordados incluíram:

- Conceito de pediculose

- Tipos de piolhos

- Piolho capilar

- Ciclo de vida dos piolhos

- Principais dificuldades causadas nas crianças e jovens

- Prevenção e tratamento

“Fui recebida com muito carinho nessa UMEI. A atividade começou no horário marcado. Os pais foram bem participativos. Todos os participantes não sabiam da existência do piolho corporal e pubiano. Aprenderam que não podem esmagar o inseto com as unhas. Alguns contaram que já fizeram uso do produto químico Raio Mosca para eliminar os piolhos. Foram orientados a não utilizar o produto, que é muito perigoso, podendo causar alergia, cegueira, intoxicação e problema neurológico no futuro”, disse Cristina.





Alunos da UMEI Julieta Botelho participam de ação educativa sobre higiene pessoal


Nos dias 3 e 5 de junho, alunos da Unidade Municipal de Educação Infantil Julieta Botelho, em Santana, participaram de ação educativa sobre higiene pessoal promovida pelo Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ), por meio do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC).

O objetivo foi ensinar e estimular hábitos de higiene pessoal, levando os pequenos estudantes a perceberem a importância de adquirirem comportamentos saudáveis para evitar doenças.

O IEC, representado pela agente Daniele Caviare, desenvolveu a temática com bate papo interativo e exibição de slide-show, abordando a pauta:  conceito de higiene, higiene pessoal e ambiental, lavagem das mãos e saúde, pediculose (tipos de piolhos, o piolho capilar, ciclo de vida, principais dificuldades causadas nas crianças e jovens, prevenção e tratamento).

As crianças demonstraram um carinho genuíno e ficaram extremamente animadas ao visualizar os slides. O entusiasmo era evidente, tornando a interação dinâmica e envolvente. Mesmo sendo pequenos, os participantes mostraram grande interesse, principalmente sobre piolho e de escavação bucal.

“Um dos tópicos de maior relevância foi o alerta sobre a necessidade de evitar o uso de inseticidas na cabeça das crianças. Além disso, algumas professoras destacaram um aspecto interessante: a escovação dos dentes pode funcionar como um incentivo para crianças que nem sempre demonstram interesse em comer. Como a regra estabelecida é que apenas quem se alimenta pode escovar os dentes, a maioria acaba sendo estimulada a se alimentar, motivada pelo hábito de higiene bucal”, pontuou Daniele.


Educação e Prevenção: Palestra sobre Pediculose na Unidade Municipal de Educação Infantil Julieta Botelho

 


No dia 29/05, na Unidade Municipal de Educação Infantil Julieta Botelho, no bairro Santana, o setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizou uma palestra sobre pediculose para os pais dos alunos.

A ação educativa teve como objetivo informar e orientar sobre os cuidados básicos para evitar a infestação de piolhos, incluindo a limpeza e, principalmente, o tratamento em seus filhos. Desenvolvida pela agente Daniele Caviare, a atividade foi conduzida por meio de um diálogo interativo e apresentação de slide-show.

Os tópicos abordados incluíram:

- Conceito de pediculose

- Tipos de piolhos

- Piolho capilar

- Ciclo de vida dos piolhos

- Principais dificuldades causadas nas crianças e jovens

- Prevenção e tratamento

Os pais demonstraram grande interesse.  Ao abordar o tema dos inseticidas que não devem ser aplicados na cabeça das crianças, como o "Raio-Mosca", percebeu-se a preocupação deles. Alguns questionaram sobre o assunto, e a palestrante explicou que esses produtos são altamente perigosos, podendo causar intoxicação e, em casos extremos, levar a óbito.

Paralelamente, a agente utilizou a recomendação da Fiocruz, que sugere a aplicação de vinagre com água como um complemento ao tratamento prescrito pelo médico da unidade de saúde de referência das famílias. “Ressaltamos que, embora não possamos prescrever medicamentos, indicamos práticas seguras, como o uso do vinagre e a inspeção regular da cabeça das crianças. Manter uma rotina de verificação semanal facilita a identificação precoce de qualquer alteração na pele ou no cabelo, possibilitando um cuidado mais eficaz. Uma pergunta feita por uma mãe chamou atenção: ela relatou que sua filha apresenta muitas lêndeas, mas não encontra piolhos. Orientamos essa mãe a consultar um profissional pediatra para saber se o fato tem relação com o uso de algum medicamento por parte da criança”, relatou Daniele.





segunda-feira, 9 de junho de 2025

Ilhas do Conhecimento: Construindo Saúde e Consciência Ambiental na Escola 🌿📚

 


Nos dias 27 e 30 de maio, o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) – por meio do seu setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – iniciou o Programa Saúde na Escola, em parceria com o Médico de Família do Badu, no CIEP 450 - Emiliano Di Cavalcanti, bairro Badu.

A ação foi organizada em "Ilhas de Conhecimento", cada uma abordando um tema essencial: Alimentação Saudável, Gravidez na Adolescência, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e Saúde Ambiental.  As agentes do CCZ Jorgete Melo e Patrícia de Oliveira mediaram informações e orientações sobre o tema Saúde Ambiental.

Os alunos do 8º ano do ensino fundamental foram divididos em grupos e, a cada 15 minutos, alternavam entre as ilhas para garantir que todos tivessem acesso aos diferentes conteúdos. O principal objetivo dessa iniciativa foi despertar nos estudantes a importância de promover a saúde física e ambiental, além de incentivar a reflexão sobre os desafios enfrentados quando não há comprometimento com os cuidados domésticos. Pequenas ações, como eliminar excessos de objetos desnecessários, ajudam a evitar a presença de vetores e, consequentemente, a prevenir doenças.














sexta-feira, 6 de junho de 2025

Saúde Ambiental e Bem-Estar: Reflexões a partir do CRAS Badu

 


Nos dias 20, 21 e 23 de maio, o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) – por meio do seu setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – realizou uma palestra sobre saúde ambiental no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Badu, durante a realização do Cadastro Único – porta de entrada para diversos benefícios destinados à população em situação de vulnerabilidade social.

As agentes Jorgete Melo e Patrícia de Oliveira aproveitaram o momento de receptividade dos usuários, que estavam conhecendo os programas sociais, para apresentar métodos de manejo ambiental que ajudam a evitar a presença de vetores em suas casas, prevenindo doenças e tornando o ambiente doméstico mais seguro e saudável.

A equipe também levou exemplos do cotidiano de algumas famílias assistidas pelo CRAS, destacando como a falta de cuidados básicos no lar – como o acúmulo de objetos, ausência de ventilação cruzada, pouca luz natural e excessos desnecessários – pode afetar negativamente a saúde do ambiente e, consequentemente, dos moradores. Esses hábitos contribuem para recorrentes visitas às unidades de saúde, impactando a saúde física e mental da população.

A participação dos usuários foi bastante receptiva e engajada, tornando o momento ainda mais enriquecedor.







quinta-feira, 5 de junho de 2025

5 de Junho: Meio Ambiente, Ecologia e Reciclagem na Prevenção de Zoonoses 🌍♻️🦟



No dia 5 de junho, celebramos três datas essenciais para a preservação ambiental: o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Dia da Ecologia e o Dia Nacional da Reciclagem. Essas celebrações reforçam a importância de cuidar do planeta e alertam sobre os impactos da atividade humana na natureza. No contexto da saúde pública, a degradação ambiental está diretamente ligada ao surgimento e à disseminação de zoonoses, doenças transmitidas de animais para humanos. A poluição, o desmatamento e o descarte inadequado de resíduos contribuem para a proliferação de vetores como o Aedes aegypti, responsável por arboviroses como dengue, zika e chikungunya.

O Centro de Controle de Zoonoses de Niterói desempenha um papel essencial na mitigação desses riscos, promovendo ações educativas, campanhas de prevenção e controle de vetores. Com atividades como palestras, visitas comunitárias e fiscalização de áreas de risco, o CCZ reforça a importância da preservação ambiental na saúde coletiva. A conscientização sobre o descarte correto de resíduos, a eliminação de focos de proliferação de mosquitos e o controle populacional de animais contribuem para um meio ambiente mais equilibrado e seguro para todos. 💚♻️🦟

 

Dia Mundial do Meio Ambiente🌱🌍

No dia 5 de junho, celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, uma data essencial para promover a conscientização sobre a preservação dos recursos naturais e alertar sobre os impactos da atividade humana no planeta.

A importância do Dia Mundial do Meio Ambiente

Todos os anos, as Nações Unidas escolhem um tema para guiar as discussões e incentivar ações globais em prol do meio ambiente. Em 2022, ao completar 50 anos desde sua criação, o tema escolhido foi "Uma Só Terra", reforçando a ideia de que precisamos agir juntos para garantir um futuro sustentável.

Essa data nos lembra da importância de preservar a biodiversidade, reduzir a poluição, combater o desmatamento e promover hábitos mais sustentáveis. Cada pequena atitude faz diferença e contribui para minimizar os danos ambientais.

Origem da comemoração

A celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente começou em 1972, com a realização da Conferência de Estocolmo, o primeiro grande encontro global promovido pela ONU para discutir questões ambientais. O evento reuniu vários governos e ONGs e, desde então, o dia 5 de junho passou a integrar o calendário oficial das Nações Unidas como um momento de reflexão e mobilização.

Para ampliar ainda mais essa conscientização, em 1981, foi criada a Semana Nacional do Meio Ambiente, celebrada na primeira semana de junho, com iniciativas voltadas para a educação ambiental em diversas comunidades.

Como podemos fazer a diferença?

A proteção do meio ambiente é responsabilidade de todos, e pequenas mudanças de hábitos podem gerar um impacto positivo. Confira algumas ações simples que podem ser incorporadas no dia a dia:

Descarte corretamente o lixo – não jogue resíduos no chão e evite despejar óleo no encanamento.
Consumo consciente – compre apenas o necessário e evite desperdícios.
Economize energia – apague luzes desnecessárias e desconecte aparelhos quando não estiver usando.
Reutilize materiais – potes de vidro podem virar objetos decorativos ou recipientes para armazenamento.
Preserve a água – feche a torneira ao escovar os dentes e reduza o tempo de banho.
Evite descartáveis – leve seu próprio copo para o trabalho ou escola.
Separe corretamente os resíduos – faça a separação do lixo reciclável para que ele tenha o destino correto.

 



Dia da Ecologia 🌿🌎

Todo ano, em 5 de junho, celebramos o Dia da Ecologia, uma data fundamental para estimular reflexões sobre os desafios ambientais que enfrentamos e o que podemos fazer para proteger nosso planeta.

A importância do Dia da Ecologia

O objetivo dessa data é gerar debates em diversos grupos sociais sobre os problemas ambientais que já impactam nossas vidas — e aqueles que podem se agravar se não tomarmos medidas urgentes. Questões como poluição do ar, solo e água, desmatamento, diminuição da biodiversidade, destruição da camada de ozônio e extinção de espécies estão entre os temas mais discutidos, além da necessidade de práticas sustentáveis para garantir um futuro mais equilibrado.

Origem da celebração

O Dia da Ecologia surgiu em homenagem à Conferência de Estocolmo, realizada pela ONU em 1972, que reuniu 113 países e 250 organizações não-governamentais para discutir o futuro ambiental do planeta. Essa conferência foi um marco no fortalecimento da conscientização ecológica global.

Nos anos 80, o interesse pela preservação ambiental se intensificou, levando à realização da Rio-92, outra grande conferência, que aconteceu no Rio de Janeiro em 1992. Esse evento trouxe avanços importantes e envolveu governos e cidadãos na construção de políticas ambientais mais eficientes.




Dia Nacional da Reciclagem ♻️🌍

No dia 5 de junho, celebramos o Dia Nacional da Reciclagem, uma data crucial para conscientizar a população sobre a importância da coleta, separação e correta destinação dos materiais recicláveis. Esse processo é fundamental para ajudar o meio ambiente a se regenerar e evitar o esgotamento acelerado dos recursos naturais.

Por que a reciclagem é tão importante?

A reciclagem reduz a quantidade de resíduos descartados de forma inadequada, diminuindo a poluição do solo, da água e do ar. Além disso, ela contribui para a preservação dos ecossistemas, diminui a necessidade de extração de matérias-primas e incentiva a economia circular, gerando empregos e novas oportunidades.

Entre os principais materiais que podem ser reciclados estão:

♻️ Plásticos – embalagens, garrafas PET, sacos e utensílios diversos.
♻️ Papel e papelão – jornais, revistas, caixas e folhas usadas.
♻️ Vidro – potes, garrafas e frascos.
♻️ Metais – latas de alumínio, cobre e ferro.
♻️ Eletrônicos – peças de computadores, celulares e baterias.

Origem e história do Dia Nacional da Reciclagem

A data foi oficializada no Brasil pela Lei nº 12.055, de 9 de outubro de 2009, e foi escolhida para coincidir com o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho desde 1972, quando aconteceu a 1ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, em Estocolmo, na Suécia.

Além disso, internacionalmente, existe o Dia Mundial da Reciclagem, comemorado em 17 de maio e instituído pela UNESCO, reforçando a necessidade global de adotar práticas mais sustentáveis.

Como podemos contribuir para a reciclagem no dia a dia?

Cada um de nós pode fazer a diferença adotando hábitos simples e eficazes:
Separe os resíduos corretamente – plásticos, papéis, metais e vidros devem ser organizados para reciclagem.
Evite o desperdício – compre de forma consciente e reutilize materiais sempre que possível.
Reduza o uso de descartáveis – prefira itens reutilizáveis, como copos e sacolas ecológicas.
Descarte corretamente itens eletrônicos – pilhas e baterias devem ser entregues em postos de coleta especializados.
Apoie cooperativas e projetos de reciclagem – muitas iniciativas locais ajudam na destinação correta dos materiais e contribuem para a economia sustentável.





Fonte textual parcial e das três últimas imagens:  Calendarr Brasil