segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Capacitação sobre Caracol Gigante Africano: Atualização e Vigilância em Saúde para Agentes de Controle de Zoonoses e de Combate às Endemias em Niterói

 


Na última semana (dias 04 e 05 de dezembro), o setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói (CCZ) realizou capacitação sobre caracol gigante africano (Achatina fulica) para agentes de controle de zoonoses e agentes de combate às endemias que exercem função de supervisão e coordenação de equipes.

A atividade ocorreu no mini auditório do IEC, na sede do CCZ, bairro Ponta D’Areia, e teve o objetivo principal de atualizar informações e fortalecer as ações de vigilância e controle das doenças que podem ser transmitidas por esse molusco, como a angiostrongilíase abdominal e a meningite eosinofílica.

Ministrado pelos agentes Cláudio Moreira e Devylson Campos, no treinamento foram abordados diversos tópicos relevantes, incluindo:

1. Introdução ao Caracol Gigante Africano

- História e Introdução: Origem africana e introdução no Brasil.

- Características Biológicas: Morfologia, ciclo de vida e reprodução (hermafroditismo e postura de ovos).

2. Ecologia e Comportamento

- Habitat Preferido: Locais de infestação, como hortas e terrenos baldios.

- Alimentação: Plantas consumidas e impacto na biodiversidade local.

3. Saúde Pública

- Doenças Associadas: Informações sobre as doenças que podem ser transmitidas, como angiostrongilíase abdominal e meningite eosinofílica.

- Riscos à Saúde: Como o caracol pode atuar como vetor de parasitas.

4. Métodos de Controle

- Catação Manual: Técnicas de coleta com segurança, incluindo o uso de luvas e sacos plásticos.

- Eliminação Segura: Métodos para descartar os caracóis, como uso de solução de água e água sanitária e esmagamento.

5. Educação Comunitária

- Educação em Saúde: Informar sobre os riscos associados ao contato com o caracol e práticas seguras na manipulação de alimentos.

Os palestrantes utilizaram como metodologia a combinação de explanações teóricas com a apresentação de slides e vídeos. Essa abordagem dinâmica e interativa manteve os participantes atentos e engajados ao longo do evento.

“Realizamos essa capacitação exclusivamente para supervisores e coordenadores devido ao aumento de casos de meningite eosinofílica no país, que pode ser causada por vermes associados ao caracol gigante africano, bem como a outros moluscos, caranguejos e camarões. O propósito foi relembrar os participantes sobre o caracol africano, uma espécie não nativa, e discutir suas características. Essa atualização se fez necessária, pois a população tem levantado questões sobre o caracol em resposta às notícias veiculadas na mídia. Para garantir que estejam preparados para responder às dúvidas da comunidade, pedimos que os supervisores e coordenadores orientem os agentes de campo. Os feedbacks foram positivos; muitos relataram que a abordagem foi interessante e esclarecedora, pois a maioria não se lembrava dos detalhes sobre o tema”, explicou o palestrante Cláudio Moreira.








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