Na última semana (dias 04 e 05 de dezembro), o setor de
Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), do Centro de Controle de
Zoonoses de Niterói (CCZ) realizou capacitação sobre caracol gigante africano (Achatina
fulica) para agentes de controle de zoonoses e agentes de combate às endemias
que exercem função de supervisão e coordenação de equipes.
A atividade ocorreu no mini auditório do IEC, na sede do CCZ,
bairro Ponta D’Areia, e teve o objetivo principal de atualizar informações e fortalecer
as ações de vigilância e controle das doenças que podem ser transmitidas por
esse molusco, como a angiostrongilíase abdominal e a meningite eosinofílica.
Ministrado pelos agentes Cláudio Moreira e Devylson Campos, no
treinamento foram abordados diversos tópicos relevantes, incluindo:
1. Introdução ao Caracol Gigante Africano
- História e Introdução: Origem africana e introdução no
Brasil.
- Características Biológicas: Morfologia, ciclo de vida e
reprodução (hermafroditismo e postura de ovos).
2. Ecologia e Comportamento
- Habitat Preferido: Locais de infestação, como hortas e
terrenos baldios.
- Alimentação: Plantas consumidas e impacto na
biodiversidade local.
3. Saúde Pública
- Doenças Associadas: Informações sobre as doenças que podem
ser transmitidas, como angiostrongilíase abdominal e meningite eosinofílica.
- Riscos à Saúde: Como o caracol pode atuar como vetor de
parasitas.
4. Métodos de Controle
- Catação Manual: Técnicas de coleta com segurança,
incluindo o uso de luvas e sacos plásticos.
- Eliminação Segura: Métodos para descartar os caracóis,
como uso de solução de água e água sanitária e esmagamento.
5. Educação Comunitária
- Educação em Saúde: Informar sobre os riscos associados ao
contato com o caracol e práticas seguras na manipulação de alimentos.
Os palestrantes utilizaram como metodologia a combinação de
explanações teóricas com a apresentação de slides e vídeos. Essa abordagem
dinâmica e interativa manteve os participantes atentos e engajados ao longo do evento.
“Realizamos essa capacitação exclusivamente para
supervisores e coordenadores devido ao aumento de casos de meningite
eosinofílica no país, que pode ser causada por vermes associados ao caracol
gigante africano, bem como a outros moluscos, caranguejos e camarões. O propósito
foi relembrar os participantes sobre o caracol africano, uma espécie não
nativa, e discutir suas características. Essa atualização se fez necessária,
pois a população tem levantado questões sobre o caracol em resposta às notícias
veiculadas na mídia. Para garantir que estejam preparados para responder às
dúvidas da comunidade, pedimos que os supervisores e coordenadores orientem os
agentes de campo. Os feedbacks foram positivos; muitos relataram que a
abordagem foi interessante e esclarecedora, pois a maioria não se lembrava dos
detalhes sobre o tema”, explicou o palestrante Cláudio Moreira.
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