quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

CCZ treina funcionários da Defesa Civil para combater o mosquito Aedes aegypti nas comunidades




O Centro de Controle de Zoonoses de Niterói iniciou na última semana o treinamento de funcionários da Defesa Civil do município para que possam atuar junto aos seus agentes para disseminar informações nas comunidades.  O objetivo é somar esforços na luta para prevenção e controle do Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya – na cidade.

A fase inicial do treinamento consistiu na realização de duas palestras – a primeira sobre o mosquito e como ele age na propagação do vírus, e a segunda sobre a dengue, o zika vírus e a febre chikungunya, doenças provocadas pelo Aedes

Primeira palestra - 07/01/16

Vinte e cinco funcionários da Defesa Civil assistiram à primeira aula – controle do Aedes aegypti – na última quinta-feira (07/01), ministrada por Cláudio Moreira, chefe da Seção de Controle Ambiental do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde.  Além da palestra, os participantes puderam ver uma larva do mosquito com auxílio de um microscópio.  Nesta segunda-feira (11/01), o agente Hugo Costa, do Setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde, finalizou a etapa teórica, falando sobre arboviroses – destacando a situação no país e no mundo das doenças dengue, zika e chikungunya .


Segunda palestra - 11/01/16



A segunda etapa do treinamento será a atividade prática de combate e prevenção nos bairros de Niterói.  Após os funcionários que trabalham na sede da Defesa Civil serem treinados, a capacitação será dada aos voluntários que integram os Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudecs) nas comunidades.

O subsecretário de Defesa Civil, Walace Medeiros, explica que o órgão já treinou agentes do CCZ para identificar situações de risco geológico nas comunidades, e que agora a parceria é importante para que as equipes da Defesa Civil saibam identificar focos do mosquito e orientar os moradores sobre formas de prevenção. “Mais do que nunca, o foco agora é combater o mosquito, em função do aparecimento das novas doenças que ele transmite. Esse treinamento nos dá as ferramentas para que possamos agir, partindo do princípio de que a Defesa Civil entra nas residências e fala direto com o cidadão. Com a aceitação que nossas equipes têm nas comunidades, essa informação chegará com peso aos moradores, em função do grau de confiabilidade que a população tem na Defesa Civil”, afirmou Medeiros.


O chefe do Centro de Controle de Zoonoses, Francisco de Faria Neto, também ressaltou a importância desta parceria:  “A Defesa Civil tem acesso a regiões e conhecimento de problemas importantes da cidade.  Precisamos unir esforços sempre.  A campanha é contínua.  Os Nudecs são um modelo descentralizado que pode funcionar muito bem nesse trabalho.  É fundamental mudar ações dentro das residências, sensibilizar moradores para mudanças de hábitos.  Enfim, mudar paradigmas.”

Ainda segundo Francisco, o trabalho dos agentes do CCZ tem uma aceitação muito boa nas comunidades:  “A agente é sempre o mesmo nas áreas de atuação e cria vínculos não apenas com os moradores, mas com as unidades de saúde, associações e outras instituições locais, o que facilita muito nosso trabalho.”


Controle do Aedes aegypti no município

As principais estratégias de prevenção e combate ao Aedes aegypti no município atualmente, de acordo com o chefe do CCZ, incluem:
  •       Visitas mensais dos agentes em 60.000 imóveis para verificação de focos do mosquito e orientação dos moradores; 250 agentes atuam nessa tarefa;
  •     Inspeção em pontos estratégicos (ferros velhos, estaleiros, borracheiros, cemitérios), onde a capacidade de proliferação de mosquitos é alta e requer maior atenção;
  •      Pulverização de inseticida em ultra baixo volume (“fumacê”) nas localidades com alto índice de infestação de mosquitos e das doenças;
  •      Treinamento teórico e prático de 200 agentes comunitários de saúde dos Médicos de Família (12 a 15/01);
  •     Capacitação de funcionários de empresas públicas e privadas para atuarem em seus respectivos locais de trabalho;
  •         Ações educativas em escolas, condomínios e unidades de saúde. 

É sempre importante lembrar que a maneira mais eficiente de se evitar a proliferação de mosquitos é eliminando as condições favoráveis ao nascimento deles através da adoção de medidas preventivas. Estas, no caso do mosquito da dengue (o Aedes aegypti), são bem simples:  a remoção e/ou a proteção da água limpa e parada de possíveis criadouros (lugares de nascimento e desenvolvimento das larvas).



Fonte da foto "Primeira palestra" - Prefeitura de Niterói

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